Resumo de GEOGRAFIA BIBLICA
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Faculdade Teológica das Assembleias de Deus
Curso Livre de Graduação
Aluno: Francisco de Paula Mesquita
Curso: Bacharelado em Teologia
Disciplina: Geografia Bíblica
RESUMO
As localizações Geográficas é uma constante na Bíblia, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento. As principais passagens Bíblicas vêm sempre apontando algum lugar; uma região, um País, um monte, a indicação de um mar, ou rios. Eis, a importância do conhecimento de geografia Bíblica, ainda que de forma superficial, vez que não há como fazer um curso completo de geografia, o que levaria no mínimo, uns três a quatro anos de estudos com afinco. O módulo desta disciplina da forma apresentado pelo autor da presente apostila, nos dará um norte dos principais pontos abordados pela Bíblia o que nos levará a um melhor discernimento quanto à interpretação da Palavra, no que diz respeito à sua tradução do original, oferecendo-nos uma visão imediata das tradições de cada povo; uma visão panorâmica dos costumes, das dificuldades, forma de governo e outras culturas de cada região de onde nasceu às verdadeiras estruturas para chegarmos até à Bíblia como a Palavra de Deus.
Dos cinco primeiros Livros, por exemplo, os chamados Pentateucos ou as leis poderiam comparar as narrativas históricas quanto a um dos principais Países do Oriente Médio, o Egito, quando da história de José, onde viveu pacificamente o povo até sua morte (a vida de José apresenta alguns tipos notáveis de Cristo. O Amor de seu pai para com ele é o tipo de quê? Gênesis, 37.3. “E Israel amava a José do que a todos os seus filhos porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores”; João 5. 20: “Porque o pai ama o filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis”. O ódio dos irmãos de José Mateus, 27. 1,22, e 23; sua tentação, Mateus, 4.1; sua paciência no sofrimento, Tiago, 5. 11; sua elevação por Faraó, Marcos, 16.19; seu matrimônio com a mulher gentílica, durante a rejeição por seus irmãos, Atos, 15.14; e, a revelação de si mesmo a seus irmãos, no encontro pela segunda vez, Zacarias, 12.10). E, daí uma mudança brusca no sistema político administrativo quando o povo passa a viver sob o regime de escravidão e servidão, mas foi liberto por Moisés, sob a ordem de Deus. (Gênesis, 46, e êxodo 19).
Dividida em quatro partes, a geografia Bíblica nos trás o demonstrativo de:
a) – O estudo da geografia como disciplina, bem como o uso no conhecimento geográfico para os estudos bíblicos e sua utilização do conceito teológico;
b) – traz-nos um estudo genérico referente ao conhecimento geográfico, do ponto de vista suas terras, suas regiões e consequentemente seus períodos quanto ao que se refere à Bíblia;
c) – Uma referência histórica geográfico da criação, das civilizações, seus conflitos e sistema de comunicação, bem, como, os respectivos idiomas (línguas); Os primitivos ante Diluvianos, o Dilúvio, a nova geração por Noé, sua mulher, seus filhos e suas noras. Marcado ainda pelo mundo Bíblico, os Impérios desde seu inicio até ao Império Romano, os Egípcios, os Babilônicos, Assírios, Medo Persa, os Gregos, os Selêucida, Macabeus, Ptolomeus e Romanos; bem como a história e geografia marcada e apontada nos registros do Novo Testamento;
d) – Finalmente, um estudo minucioso sobre os acontecimentos no período da nossa era, a era Cristã.
Cada parte, cada ponto deste estudo se faz de suma importância para o estudioso da Bíblia e, principalmente para o aspirante ao conhecimento teológico, pois não seria possível a verdadeira compreensão das profecias sem um conhecimento mínimo em geografia do mundo antigo.
O Inicio – O conhecimento da geografia, Inicialmente, na Europa, não era assim, muito conhecida, bem, como, o era quase tudo no mundo científico, dominado pela Igreja Católica, altamente conservadora e (de certa forma fanática e sanguinária, pois a intolerância era uma constante entre as autoridades de igreja); As navegações iniciaram-se por Portugal e Espanha, Inglaterra, França e, com isto, muda-se a cultura do ponto de vista da geografia. Novas terras foram descobertas e mapeadas dando novos impulsos aos estudos de cartografia e topografia com o objetivo das expansões na área dessa conhecimento.
Kant e Varenius,
Varenos – um jovem gênio alemão residente em Amsterdã, falecido aos vinte e oito anos, contrastava com os escritores de sua época, subdividia seu campo de estudos em geografia geral: o universal, que trata de fatos e fenômenos geográficos que ocorrem na terra; e geografia especial: uma geografia regional no campo moderno.
Kant – Este filósofo estudou a geografia como conhecimento empírico do mundo (1756-1796) ditou na universidade de Konigsberg aulas de geografia física, era conhecedor de Varenius por quem foi influenciado, explicava que o conhecimento científico organizado pode ser encarado no sistema lógico, sem considerar o lugar ou época de ocorrência, dando origem à ciências sistemáticas que classificam os fatos de seu campo em espécies, gêneros, família e outros.
Planícies – A geografia moderna divide a terra de Israel em cinco principais Planícies:
Planície Acre – Fica no extremo noroeste da costa Israelense, e estende-se até o monte Carmelo, em toda a sua expansão, corta de forma irregular a Bahia do Acre. O nome Acre (akko) significa areia quente. (Josué 19.25-28) menciona essas terras como terras de Canaã.
Planície de Sarom – Sarom não é o nome semítico, localiza-se ao sul do monte Carmelo e Pope. Sua extensão é de oitenta quilômetros de comprimento, por uma largura que vai de quinze a vinte e dois quilômetros. É mencionada em Isaias, 35.2 e em Cantares, 2. 1-3.
Planície da Filístia – Situa-se entre Jope e Gaza, no sudeste de Israel, tem tetenta e cinco quilômetros de comprimento, por vinte e cinco quilômetros de largura, ali habitavam os Filisteus, grandes inimigos dos Israelitas.
Planície da Sefelá – Entre a Filístia e as montanhas da Judéia, caracteriza-se por uma séria de baixas colinas, solo muito fértil, com grandes colheitas de trigo, uva e azeitonas.
Planície de Armagedom – É também conhecida pelos nomes de Jezreeel ou Esdrelom, possui características pela quais é considerada por alguns estudiosos por Vale ao invés de Planície.
VALES
(Deuteronômio, 1.10 e 11) – “O Senhor vosso Deus, já vos tem multiplicado; e eis que já hoje em multidão sois como as estrelas dos céus. O Senhor Deus de vossos pais vos aumente, como sois, ainda mil vezes mais; e vos abençoe como vos tem falado”.
A chuva na Palestina cai somente certo período do ano e a paisagem é cortada por muitos vales estreitos e leitos de rochas que somente tem água nos períodos chuvosos.
Vale do Jordão – O maior vale de Israel inicia-se no pé do monte Hermom e vai até o mar morto, é cortado longitudinalmente pelo rio Jordão.
Vales de Jezreel que começa nas nascentes do ribeiro de Jalud e finda no vale do Jordão próximo a Bete-Seba.
Vale de Acor – Onde ocorreu o apedrejamento de Acã, (Josué 7. 24-26). Localizado entre as terras Judá e de Benjamim, ficavam as fortalezas de Midim, Secacá e Nibsom.
Vale de Aijalom – Onde Josué deteve o sol sobre os amorreus, fica próximo de Seféia a uns dezoito quilômetros a noroeste de Jerusalém.
Vale de Escol (cacho) – Região fértil e abundante em vinhas. Os espias enviados por Moisés atravessaram este vale e cortaram dele os enormes cachos de uvas que foram trazidos atravessados em uma vara.
Vale do Hebrom – Identifica muito à história de Abraão, neste vale que Abraão morou por determinado tempo, onde construiu um altar, e recebeu a promessa de Deus que teria um filho.
Vale do Sidim – Localiza-se ao sul do Mar Morto onde eram as cidades de Sodoma e de Gomorra. Havia ali muitos poços (Gênesis, 14. 3-8).
Vale do Siquém – Onde se encontrava o poço de Jericó.
Vale de Basam – Por onde corre o Rio Yamurque no noroeste da palestina.
Vale de Moabe – É o maior entre os três vales que desembocam na Planície de Moabe , e fica a nordeste do mar morto.
Ainda há na geografia destas regiões os Planaltos e os Montes que são de certa forma muito importantes para esse mundo antigo do Velho Testamento, bem como para o entendimento do Novo Testamento.
ÁSIA – Nas Escrituras Gregas Cristãs, o termo Ásia é usado para se referir, não ao continente da Ásia, mas à província romana que ocupava a parte ocidental da Ásia Menor.
A província Romana da Ásia – A Província romana da Ásia incluía os países mais antigos da Mísia, da Lídia, da Cária, e ás vezes parte de Frígia, bem como as ilhas adjacentes. Era assim limitado pelo Mar Egeu e pelas e pelas províncias da Bitínia, da Grécia (que abrangia parte da Frígia) e da lícia. As fronteiras precisas, contudo, são difíceis de definir, devido a repetidas alterações.
Canaã – É uma faixa de terras estreitas e montanhosa entre a costa do Mediterrâneo e a orla do deserto, desde Gaza, no sul, até Emat, no notre às margens do Orontes.
Assim, conhecido todo o território da Palestina desde os tempos de Abraão, equivale a Fenícia, Judá e parte da Síria. “Tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos Caldeus, a fim de ir para a terra de Canaã; e vieram até Harã, e ali habitaram (Gênesis, 11.31).
“Abrão levou consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhes acrescentaram em Harã; e saíram a fim de irem à terra de Canaã; e à terra de Canaã chegaram” (Gênesis, 12.5).
Movido pelos interesses comerciais, na região do Rio Nilo, fez com que essas terras se tornassem de suma importância no mundo antigo.
Região da Galiléia – Região setentrional da antiga Palestina, corresponde à parte norte do atual Estado de Israel, a Galiléia foi palco de muitos episódios da vida de Cristo. São imprecisas suas fronteiras bíblicas, mas sabe-se que fazia parte do território ocupado pela tribo dos naftalitas. A Galiléia atual limita-se ao sul pela Samaria e pela região do Carmelo, a leste pelo rio Jordão, a norte pelo rio Leontes e a oeste pelo mar Mediterrâneo. Divide-se geograficamente em duas áreas, a alta e a baixa. Integram a alta Galiléia, que de certo modo é uma continuação do Líbano, montanhas separadas por desfiladeiro e gargantas estreitas. A baixa Galiléia é uma região de colinas. Ambas são bem servidas de chuvas e têm clima ameno e temperado.
Mesopotâmia – Berço de uma das mais importantes civilizações entre a humanidade, a Mesopotâmia viu surgir os primeiros impérios, as primeiras cidades da antiguidade e algumas importantes invenções do homem, como escrita e legislação.
A Mesopotâmia que em grego quer dizer (entre rios), ficam situadas na região delimitada pelos Rios Tigre e Eufrates, no sudoeste da Ásia. Embora seus limites variassem em diferentes períodos de sua história, de modo geral a Mesopotâmia abrangia, na antiguidade, o território do Iraque, ficando ao norte da cordilheira dos Taurus, que separa da Armênia, ao sul o golfo Pérsico, a oeste da Assíria e a leste a Síria.
A Bíblia – O relato de Heódoto e os textos de sacerdote babilônico Berossos, este datados de aproximadamente trezentos anos antes de Cristo (300 a.C), eram, até o fim do século dezenove (19), as únicas fontes de informações sobre a história da Mesopotâmia. As escavações iniciadas em meados do mesmo século, no território do Iraque, e a decifração dos caracteres cuneiformes permitiram avaliar o papel desempenhado pela Mesopotâmia na criação de sociedades urbanas mais evoluídas.
Resenha histórica – Os primeiros imigrantes chegaram à Mesopotâmia no quarto milênio antes de Crista (a.C). Fixaram-se no sul e ali criaram o que teria sido, segundo a tradição suméria, seu primeiro núcleo urbano, Eridu. P povoamento tornou-se mais intenso no milênio seguinte, com um novo movimento migratório, procedente do leste.
Babilônicos e Assírios – O mais poderoso soberano da Babilônia foi Hamurabi, responsável por uma nova unificação da Mesopotâmia. Seu Império se estendeu do golfo Pérsico até o norte de Nínive, e das montanhas elamitas até a Síria. A região logo voltaria a ser dividida, entretanto, entre o sul e o norte, depois que os reis cassistas derrubaram a sua dinastia de Hamurabi.
Fontes:
Apostila do curso;
Apostila do IBETE (Instituto Batista de Educação Teológica);
A Bíblia Sagrada.
Francisco de Paula Mesquita
franciscopmesquita@outlook.com