Resumo de HERMENEUTICA
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RESUMO DA DISCIPLINA ESEGESE BÍBLICA:
A palavra está ligada a Hermes, nome que os gregos davam a Mercúrio, de uma palavra da língua grega que significa interpretação, pela razão de ser ele o mensageiro e intérprete dos deuses.
O vocábulo hermenêutica se origina da palavra grega Hermeneutike que por sua vez, é derivada do verbo ermeneuein, que possui significado similar ao de exegese, isto é, “interpretar”. Ordinariamente trata-se dos princípios que dita as regras gerais ou específicas a serem aplicadas na busca e na determinação do sentido dos textos. E, por sua vez, a exegese, como já fora supracitado, trata-se da aplicação concreta de regras hermenêuticas; portanto, ela consiste na explicação propriamente dita do texto.
O Trabalho do Exegeta
Na exegese do Antigo Testamento, o estudante encontrará os mais variados temas, os quais geralmente se alternam em um mesmo livro e, até em um mesmo capítulo, não apresentando, na maioria das vezes, uma seqüência cronológica dos fatos e temas, o que dificulta, em alguns casos, seguir a linha de pensamento do autor.
Analisemos, pois, os instrumentos de trabalho do exegeta cristão.
O objetivo da Exegese
A exegese tem como objetivo o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido.
HISTORICUDADE
História dos princípios da Exegese bíblica
Qual a razão de uma visão panorâmica da História?
Desde que Deus revelou as Escrituras, tem havido diversos métodos de estudar a Palavra de Deus.
Exegese judaica Antiga
Um estudo da história da interpretação bíblica começa, em geral, com a obra de Esdras. Ao voltar do exílio na Babilônia, o povo de Israel solicitou a Esdras que lhes lesse o Pentateuco (Ne 8.8). Uma grande vantagem estava em que os textos foram cuidadosamente preservados através dos séculos.
A exegese alegórica baseava-se na idéia de que o verdadeiro sentido jaz sob o significado literal da Escritura. 1.3. O uso do Antigo Testamento pelo Novo
Aproximadamente 10% do Novo Testamento constitui-se de citações diretas, de paráfrases do Antigo Testamento ou de alusões a ele. Dos trinta e nove livros do Antigo Testamento, apenas nove não são expressamente mencionados no Novo.
O uso que Jesus faz do Antigo Testamento
Podemos extrair diversas conclusões gerais dum exame do uso que Jesus faz do Antigo Testamento. Primeiro, ele foi uniforme no tratar as narrativas históricas como registros fiéis do fato.
Segundo, quando Jesus fazia aplicação do registro histórico, ele o extraía do significado normal do texto, contrário ao sentido alegórico.
Procedimento comum era agrupar duas ou mais profecias e atribuídas ao mais preeminente profeta do grupo (neste caso, Jeremias). Portanto, o que parece erro interpretativo na realidade é aplicação hermenêutica legítima quando considerada dentro do devido contexto.
Em cinqüenta e seis casos, pelo menos, há referência explícita a Deus como o autor do texto bíblico. À semelhança de Cristo, eles aceitaram a exatidão histórica do Antigo Testamento (At 7.9-50; 13.16-22; Hb 11).
Não obstante, essa afirmação, surge perguntas a respeito do uso que fizeram do Antigo Testamento os escritores do Novo. Primeira, diversas versões em hebraico, aramaico e grego do texto bíblico circulavam na Palestina no tempo de Cristo, algumas das quais tinham fraseado diferente das outras. Uma citação exata de uma dessas versões podia não ter a mesma redação dos textos dos quais se fazem nossas presentes traduções, não obstante ainda representem interpretação fiel do texto bíblico disponível ao escritor do Novo Testamento.
Segunda, conforme observa Wenham, “não era necessário que os escritores citassem passagens do Antigo Testamento, palavra por palavra, a menos que alegassem estar citando ipsis verbis, particularmente porque estavam escrevendo numa língua diferente dos textos originais do Antigo Testamento”.
Como se justifica hermeneuticamente esta prática?
A discussão de Paulo da palavra descendente em Gálatas 3.16 amiúde é usada como exemplo do manuseio de uma passagem do Antigo Testamento, manuseio antinatural e, portanto, ilegítimo. Na cultura hebraica da época, a idéia de uma figura representativa do grupo (um “complexo de pensamento no qual há uma oscilação constante entre o indivíduo e o grupo - família, tribo ou nação - ao qual ele pertence”) era até mais forte do que no sentido coletivo expresso pela idéia de descendência. Os poucos exemplos em que os escritores do Novo Testamento parecem interpretar o Antigo de modo antinatural podem, geralmente, ser resolvidos à medida que entendemos mais plenamente os métodos interpretativos dos tempos bíblicos.
ESCOLAS EXEGÉTICAS
Exegese Patrística (100-600 d.C.)
A despeito da prática dos apóstolos, uma escola de interpretação alegórica dominou a igreja nos séculos que se sucederam.
Quando falamos nos Pais Apostólicos – Patrísticos, geralmente nos referimos a alguns autores cristãos do fim do primeiro século e dos primeiros séculos posteriores, cujos escritos chegaram até nós.
Escola de Alexandria
No início do terceiro século d.C., a interpretação bíblica foi influenciada especialmente pela escola catequética de Alexandria. A filosofia Platônica ainda estava em curso nas formas do Neoplatonismo e o Gnosticismo. Ambos consideravam a Bíblia como Palavra inspirada de Deus, no sentido mais estrito, e compartilhavam da opinião corrente de que regras especiais tinham de ser aplicadas na interpretação das mensagens divinas. E, embora reconhecessem o sentido literal da Bíblia, eram da opinião de que só a interpretação alegórica contribuía para o conhecimento real. Clemente de Alexandria foi o primeiro a aplicar o método alegórico à interpretação do Novo Testamento assim como à do Antigo.
Escola de Antioquia da Síria
A escola de Antioquia foi provavelmente fundada por Doroteu e Lúcio próximo do fim do terceiro século, embora Farrar considere Diodoro, o primeiro presbítero de Antioquia e depois do ano 378, bispo de Tarso, como o real fundador da escola. O último escreveu um tratado sobre os princípios da interpretação. Mas seu maior marco compreendia dois dos seus ilustres discípulos, Teodoro de Mopsuéstia e João Crisóstomo. A exegese do primeiro era intelectual e dogmática; a do último, mais espiritual e prática. Não somente deram grande valor ao sentido literal da Bíblia, mas, conscientemente, rejeitaram o método alegórico de interpretação. No trabalho de exegese, Teodoro superou Crisóstomo. Ele tinha um interesse pelo fator humano na Bíblia, mas, infelizmente, negava a inspiração divina de alguns dos livros escriturísticos. Ao invés do método alegórico, ele defendia a interpretação histórico-gramatical, na qual estava muito à frente do seu tempo. Embora reconhecesse o elemento tipológico na Bíblia e tenha encontrado passagens messiânicas em alguns dos Salmos, explicou a maioria deles do ponto de vista histórico. O valor normativo foi atribuído ao ensino da Igreja no campo da exegese. A fama de Jerônimo é baseada mais na sua tradução da Vulgata do que nas suas interpretações da Bíblia.
Exegese Medieval (600-1500 d.C.)
Durante a Idade Média, muitos, até mesmo do clero, viviam em profunda ignorância quanto à Bíblia. E os que conheciam era devido apenas à tradução da Vulgata e aos escritos dos Pais. Nesse período, o sentido quádruplo da Escritura (literal, tropológico, alegórico e analógico) era geralmente aceito, e o princípio de que a interpretação da Bíblia tinha de se adaptar à tradição e à doutrina da Igreja tornou-se estabelecido. Reproduzir os ensinos dos Pais e descobrir os ensinos da Igreja na Bíblia eram considerados o ápice da sabedoria.
O Período da Reforma
A Renascença foi de grande importância para o desenvolvimento dos princípios sadios da Hermenêutica. Nos séculos XIV e XV, a ignorância densa prevaleceu quanto ao conteúdo da Bíblia.
Os Reformadores criam na Bíblia como sendo a Palavra Inspirada de Deus. Em oposição à infalibilidade da Igreja, colocaram a infalibilidade da Palavra. O caráter essencial da sua exegese era o resultado de dois princípios fundamentais: (1) a Escritura é a intérprete da Escritura; e (2) todo o entendimento e exposição da Escritura deve estar em conformidade com a analogia da fé. Embora não desejasse reconhecer nada além do sentido literal e falasse desdenhosamente da interpretação alegórica não se afastou inteiramente do método desprezado. Viu, no método alegórico, um artifício de Satanás para obscurecer o sentido da Escritura. Acreditava firmemente no significado simbólico de muito do que se encontra no Antigo Testamento, mas não compartilhava da mesma opinião de Lutero de que Cristo deveria ser encontrado em toda parte da Escritura. O Concílio de Trento enfatizou (a) que a autoridade da tradição eclesiástica devia ser mantida, (b) que a autoridade suprema tinha de ser atribuída à Vulgata, e (c) que era necessário conformar a interpretação de alguém à autoridade da Igreja e do consenso unânime dos Pais. Ao descrever os teólogos daquela época, Farrar diz que eles liam “a Bíblia à luz do fulgor antinatural do ódio teológico”.
Pietismo
O pietismo surgiu como reação à exegese dogmática e muitas vezes amarga do período confessional. Philipp Jakob Spener (1635- 1705) é considerado o líder do reavivamento pietista. Num folheto intitulado Anseios Piedosos ele pedia o fim da controvérsia inútil, o retorno ao interesse cristão mútuo e às boas obras; melhor conhecimento da Bíblia por parte dos cristãos, e melhor preparo espiritual para os ministros.
Além de ser erudito, lingüista e exegeta, ele foi ativo na formação de muitas instituições destinadas ao cuidado dos
desamparados e dos enfermos. Além disso, envolveu-se na organização do trabalho missionário para a Índia.
Por uso ministerial da razão ele se referia ao emprego da razão humana para ajudar-nos a compreender e a obedecer mais plenamente à Palavra de Deus. Por uso magisterial da razão ele se referia ao emprego da razão humana como juiz sobre a Palavra de Deus. 2.14. Exegese Moderna (1800 até ao Presente)
Liberalismo
O racionalismo filosófico lançou a base do liberalismo teológico. Ao passo que nos séculos anteriores a revelação havia determinado o que a razão devia pensar, no final do século XIX a razão determinava que partes da revelação (se houvesse alguma) deviam ser aceitas como verdadeiras. Pelo contrário, a inspiração referia-se à capacidade da Bíblia (produzida humanamente) de inspirar experiência religiosa.
Era freqüente a mudança do próprio foco interpretativo: A pergunta dos eruditos já não era “Que é que Deus diz no texto?”, e, sim “Que é que o texto me diz a respeito do desenvolvimento da consciência religiosa deste primitivo culto hebraico?”
Neo-ortodoxia
A neo-ortodoxia é um fenômeno do século XX. Rompe com a opinião liberal de que a Escritura é tão-só produto do aprofundamento da consciência religiosa do homem, mas detém-se antes de chegar à perspectiva ortodoxa da revelação.
Os que se encontram dentro dos círculos neo-ortodoxos geralmente crêem que a Escritura é o testemunho do homem à revelação que Deus faz de si próprio. Quando alguém lê as palavras da Escritura e reage com fé à presença divina, ocorre a revelação. As histórias bíblicas da interação entre o sobrenatural e o natural são vistas como mitos - não no mesmo sentido dos mitos pagãos, mas no sentido de que não ensinam história literal.
EXEGESE GRAMATICAL
No estudo do texto, o intérprete pode proceder da seguinte maneira. Começar com a sentença, com a expressão do pensamento do escritor como uma unidade e, então, descer aos particulares, à interpretação das palavras isoladas e dos conceitos. O pecado ou o pecador é coberto pelo sangue expiatório de Cristo, que foi tipificado pelo sangue dos sacrifícios do Antigo Testamento.
Uso corrente das palavras
Para interpretar corretamente a Bíblia, o intérprete deve ter conhecimento dos significados que as palavras adquiriram no curso do tempo e do sentido em que os autores bíblicos as usaram. Na maioria dos casos, isso se aplica perfeitamente.
A maioria das palavras tem muitos significados, alguns literais e outros figurados; O estudo comparativo de palavras análogas em outras línguas requer uma discriminação cuidadosa e nem sempre ajuda a fixar o significado exato de uma palavra, uma vez que palavras correspondentes em Línguas diferentes nem sempre têm, exatamente, o mesmo significado original e derivativo.
No estudo das palavras do Novo Testamento, é imperativo que a avaliação do koiné escrito e também do falado, seja considerada.
A interpretação do pensamento
A explicação do pensamento é algumas vezes chamada de “interpretação lógica”. Ela procede da suposição de que a linguagem da Bíblia é, como qualquer outra linguagem, um produto do espírito humano, desenvolvida sob direção providencial. no tocante à esperança e à ressurreição dos mortos sou julgado” (At 23.6). O sentido é: “por causa da esperança da ressurreição...”. Em 1Ts 1.3, Paulo fala “da firmeza da vossa esperança”, quando queria dizer sua esperança firme, esperança caracterizada pela paciência.
Algumas figuras promovem uma representação viva da verdade
Comparação. Quão viva é a figura da completa destruição no Sl 2.9: “...Ao fornecer as palavras que faltam, o intérprete deve tomar muito cuidado a fim de não mudar o sentido do que foi escrito.
A litote afirma algo pela negação do oposto. A palavra “parábola” é derivada do grego paraballo (jogar ou colocar ao lado de), e sugere a idéia de colocar alguma coisa ao lado de outra para comparação.
O escopo da parábola ou do assunto a ser ilustrado. É de importância fundamental que o propósito da parábola sobressaia-se claramente na mente do intérprete. Mt 20.1ss. O versículo 14 de Mt 18 contém uma sugestão valiosa;
Em muitos casos, no entanto, o intérprete terá de descobrir o propósito da parábola por meio de um estudo cuidadoso do seu contexto.
Representação figurada da parábola. O objetivo exato da comparação deve ser detectado.
INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA
Outro instrumento de trabalho do intérprete bíblico é a exegese histórica. Devemos aplicar ao texto os conhecimentos da época do autor, fornecidos pela arqueologia, geografia, cronologia e história geral. Somente assim seremos capazes de entrar no cenário do texto.
A Palavra de Deus teve a sua origem de uma forma histórica e, conseqüentemente, só pode ser entendida à luz da História. Como revelação sobrenatural de Deus., ela, naturalmente, abriga elementos que transcendem os limites do histórico.
É impossível entender um autor e interpretar corretamente suas palavras sem que ele seja visto à luz da sua experiência histórica. Por exemplo, ele é filho do seu povo, de sua terra e de sua época;
O lugar, o tempo, as circunstâncias e a visão prevalecentes do mundo e da vida em geral irão naturalmente alterar os escritos produzidos sob tais condições. Isso também se aplica aos livros da Bíblia, particularmente aos históricos e aos de caráter ocasional. III, No. II).
EXEGESE TEOLÓGICA
Elementos para a Interpretação Teológica
Os elementos que podem ajudar o expositor na interpretação teológica são compostos de duas partes: (1) Paralelos Reais ou Paralelos de Idéias; e (2) Analogia da Fé ou da Escritura. Ambos procedem do pressuposto de que a Palavra de Deus é uma unidade orgânica na qual todas as partes são mutuamente relacionadas e, juntas, subservientes ao todo da revelação de Deus; e que, em última análise, a Bíblia é a sua própria intérprete.
Citações do Antigo Testamento no Novo
Em um certo sentido, essas citações são paralelas. As citações no Novo Testamento não servem, todas, ao mesmo propósito.
Algumas têm o propósito de mostrar que as predições do Antigo Testamento, diretas ou indiretas, foram cumpridas no Novo Testamento. Em Rm 3.9-19, Paulo cita várias passagens dos Salmos para provar a depravação universal do homem; Outras, ainda, são citadas para refutar e repreender o inimigo.
Conseqüentemente, elas são alvos especiais de ataques dos racionalistas.
A Analogia da Fé ou da Escritura
O termo “Analogia da Fé” é derivado de Rm 12.6, onde lemos: “tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé (kata ten analogian tes pisteos)”.
Há dois graus de analogia da fé com os quais o intérprete da Bíblia deve se preocupar
Analogia Positiva. O segundo grau é chamado analogia geral da fé. Ela não repousa nas declarações explícitas da Bíblia mas na extensão óbvia e importância dos seus ensinamentos como um todo, e nas impressões religiosas que deixam na humanidade.
Assim, é claro que o espírito da lei Mosaica como também do Novo Testamento é inimigo da escravidão humana.
Ao usar a analogia da fé na interpretação da Bíblia, o intérprete deve se lembrar das seguintes regras
Uma doutrina claramente amparada pela analogia da fé não pode ser contradita por uma passagem obscura e contrária. a doutrina assim estabelecida não tem a mesma força da que é baseada na analogia da fé;
Quando uma doutrina é amparada apenas por uma passagem obscura da Escritura, e não encontra apoio na analogia da fé só pode ser aceita com grande reserva. Considere as doutrinas da predestinação e do livre-arbítrio, da total depravação e da responsabilidade humana.
O Sentido Místico da Escritura
O estudo do sentido místico da Escritura nem sempre tem sido caracterizado pela precaução necessária. Alguns expositores defendem a posição insustentável de que cada parte da Bíblia tem, além do seu sentido literal, também um sentido místico. Estudiosos mais cuidadosos, no entanto, preferiram adotar uma posição intermediária de que certas partes da Escritura têm um sentido místico que, nesse caso, não constitui um segundo sentido mas o sentido real da Palavra de Deus. Por exemplo, é sabido que o Novo Testamento interpreta messianicamente várias passagens do Antigo Testamento e que, ao fazer isso, não somente aponta para a presença do sentido místico nessas passagens particulares, mas também sugere que as passagens dessa categoria devam ser interpretadas de maneira similar.
Extensão do Sentido Místico
O sentido místico da Bíblia não é limitado a qualquer livro da Bíblia nem a qualquer uma das formas fundamentais de revelação de Deus como, por exemplo, profecia.
Interpretação Simbólica e Tipológica da Escritura
Deus se revelou não somente em palavras, mas também em fatos. A síntese perfeita dos dois é encontrada em Cristo, porque nele a Palavra se fez carne.
Interpretação dos tipos
Na interpretação dos símbolos e tipos se aplicam as mesmas regras gerais que regem a interpretação das parábolas. Conseqüentemente, o modo adequado de se entender um tipo é pelo estudo do símbolo. Dessa maneira, os limites na interpretação do tipo já se encontram estabelecidos. Por exemplo, alguns intérpretes encontraram no fato de a serpente de bronze ter sido feita de um metal inferior uma figura da insignificância externa de Cristo ou sua aparência humilde; na sua solidez, um sinal da sua força divina; e no seu brilho ofuscado, uma prefigura do véu da sua natureza humana.
O batismo administrado por João Batista
Alguns supõem que João Batista fazia parte do grupo dos essênios. Sabe-se que os essênios, consideravam apóstata o resto do judaísmo. O batismo de João, estritamente falando, não era cristão. João impunha esse batismo para reforçar sua mensagem de que a verdadeira espiritualidade não depende do legalismo e nem da identificação com alguma nacionalidade.
João censurava os fariseus por dependerem de sua nacionalidade como garantia da salvação (Mt 3.8,9; Lc 3.7,8).
O rito do batismo
O rito (a palavra rito vem do hebraico Nahar, que significa um conjunto de cerimônias), do batismo não era desconhecido entre os judeus, mas eles o observavam, com algumas exceções, unicamente no caso de um gentio querer tornar-se judeu.
Origem do Batismo de João
O uso do batismo de João data dos primórdios do cristianismo.
Reino dos céus
Em conformidade com o uso judaico que evita pronunciar o nome de Deus, Mt diz Reinado dos céus preferivelmente a Reino de Deus (só Mt 12.28; 19.24; 21.31,43). Instruído pelo AT, Mt sabe que o reino sempre pertenceu ao Senhor (Sl 22.29; 103.19; 145.11-13 etc.); mas ele entende anunciar que este Reinado de sempre se aproximou dos homens na pessoa de Jesus. entrar no...: Substituem uma estrada para nossa Deus (= YHWH, Senhor, ARC) por suas veredas, tornando com isso possível a aplicação do texto ao próprio Jesus, proclamado pelos cristãos como “Senhor”.
Frutos de Arrependimento
João falava da intenção aparente, e exigia provas. Lc 3.11-14 acrescenta detalhes à história e ilustra os “frutos” do arrependimento como generosidade a pessoas mais necessitadas; honestidade no manuseio do dinheiro; tratamento misericordioso para com outros; respeito às autoridades e satisfação nas coisas materiais. Assim como o “fruto” é o produto característico da árvore, assim também a palavra aplicada aos homens indica o resultado característico da natureza. O - arrependimento pois, deve incluir a mudança da natureza, apesar do fato que a palavra, em si mesma, não significa tal coisa.
MACHADO à raiz das árvores
Sem dúvida essas palavras foram usadas muitas vezes, por João, para indicar que, apesar do fato do Messias vir da nação de Israel, cada árvore, cada indivíduo, deve apresentar evidências (e a natureza transformada por trás dessas evidências) de uma relação verdadeira com Deus.
Neste texto, a promessa de Jesus em batizar com o Espírito Santo é reforçada pela lembrança do testemunho de João Batista. João meramente alegara que batizava com água, ao passo que profetizou da vinda dAquele que batizaria como o Espírito Santo. Ao passo que em Atos 1.5, Lucas está enfatizando o momento em que Jesus, antes da ascensão, determina aos discípulos que não se ausentem de Jerusalém, antes que recebam a promessa do Pai (At 1.4). É neste contexto, de igreja embrionária, que Lucas pronuncia as mesmas palavras, com uma diferença, elas não partem da boca do profeta João Batista, mas fluem dos lábios daquele de quem João, conforme seu próprio testemunho, não podia, nem mesmo, desatar as alparcas. Mt 3.11; Lc 3.16).
12), e que o fogo é símbolo daquele juízo;
ou, como alguns relacionam, esse fogo é fogo do purgatório;
ou, o ministério do Espírito seria com “fogo” assim como o ministério de João foi com “água”;
o Cristo tem o ministério de limpar, purgar, e isso será para aqueles que aceitarem o ministério do Espírito Santo;
a interpretação mais difundida entre os pentecostais, hoje, é de que o do vs. 11 indica o caráter do batismo do Espírito Santo. O símbolo do batismo do Espírito (fogo) e o caráter e os resultados desse batismo mostram a superioridade do ministério de Jesus, em contraste com João;