Resumo de HISTORIA DE ISRAEL
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA LIVROS HISTÓRICOS.
O Pentateuco registra o nascimento do povo de Deus. Essa narrativa continua na segunda parte do Cânon, conhecida como "Livros Históricos".
Os Livros Históricos começam descrevendo a conquista da terra prometida (Josué). Então, essa parte da Bíblia continua com o relato do período antes de Israel ter reis, quando os juízes governavam o povo (Juízes, Rute). Eles também cobrem o período da monarquia.
O reino unido de Saul, Davi e Salomão acabou sendo dividido em Israel, ao norte, e Judá, ao sul (1-2 Sm, 1-2 Rs). Crônicas, Esdras e Neemias contam a história de uma perspectiva teológica posterior e continuam a narração até o período de restauração pós¬exílio. Ester ilustra o papel do povo de Deus sob o domínio persa.
Além de seu valor histórico, esses livros também são importantes por aquilo que ensinam teologicamente. Eles descrevem a história de Israel, mas são mais que uma simples história ou um mero registro de fatos históricos. Eles são a palavra de Deus nos dias de hoje para os cristãos.
A igreja sempre afir¬mou o valor desses livros "para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2Tm 3.16).
O livro de Josué foi escrito para mostrar o valor insuperável da obediência. Ele cria um retrato do sucesso de Israel na conquista da terra prometida, destacando a importância do comprometimento total com a palavra de Deus e dependência de seu poder.
Apesar de haver alguns exemplos de desobediência, de um modo geral, o livro de Josué não contrasta a obediência com a desobediência como fazem os livros de Reis.
Juízes, por outro lado, relata o estado quase irremediável de Israel depois da conquista. A nação foi vítima de transigência religiosa. Israel parecia incapaz de manter períodos prolongados de obediência à vontade de Deus e parecia condenada ao fracasso. Períodos temporários de obediência traziam paz e sucesso, mas sempre de novo a nação caía em pecado. O livro de Juízes foi escrito para justificar a necessidade de um rei para Israel.
O livro de Rute está inserido depois do livro de Juízes, pois os acontecimentos nele relatados ocorreram durante o mesmo período. Esse pequeno livro ilustra o cuidado soberano de Deus por indivíduos fiéis que vi¬viam em um tempo de apostasia religiosa. Deus usou a fidelidade de uma única família para realizar um milagre e dar a Israel seu maior rei, Davi.
Os livros de Samuel traçam a história do início da monarquia em Israel. Samuel foi um profeta e juiz que liderou Israel na transição do governo dos juízes para a monarquia. Os livros contam a história dos dois primeiros reis: Saul e Davi.
O segundo livro de Samuel dedica-se especialmente a descrever os principais acontecimentos do reinado de Davi.
Os livros de Reis contam em detalhes a história da monarquia de Salomão até a queda de Jerusalém. Eles contrastam a obediência e a desobediência para ilustrar os resultados de ambas. A princípio, tudo corria bem para Salomão. Mas quando ele deixou de ser fiel a Iavé, o resultado foi um reino dividido, Israel ao norte e Judá ao sul.
Os demais Livros Históricos são do período pós-exílio.
Os livros de Crônicas constituem o primeiro comentário das Escrituras. Esses livros relatam as histórias de Davi, Salomão e do reino de Judá, histórias já conhecidas dos livros de Samuel e Reis. Mas o cronista não estava simplesmente relembrando notícias antigas.
Ele ressaltou a obra de Deus em meio ao seu povo por meio da linhagem de Davi. Ele desejava seguir uma linha reta de fé e salvação, sem os desvios dos fracassos do passado.
Seus leitores no exílio sabiam muito bem a história do colapso moral e da derrota de sua nação. Sua geração precisava ser lembrada das vitórias da herança de Israel como meio de dar-Ihes esperança para o futuro.
Os livros de Esdras e Neemias, que provavelmente foram escritos como uma só obra, apresentam os acontecimentos da restauração, na metade do século 5º a.C. Sob o governo persa, os judeus que viviam na Babilônia receberam permissão para voltar para sua terra natal e reconstruí-Ia.
O pequeno livro de Ester demonstra o cuidado soberano de Deus e a proteção dele sobre seu povo, mesmo quando eles estavam vivendo no exílio persa. O livro é um conto histórico sobre a rainha Ester e seu primo Mordecai. Ao contrário de qualquer outro livro bíblico, Ester mostra que mesmo quando Deus está em silêncio, ele está trabalhando para cumprir suas promessas para o seu povo.
A fé que a Bíblia define e expressa é explicitamente uma fé histórica. Ela está enraizada e baseada na historicidade de certos acontecimentos passados. Historicidade é um ingrediente necessário para a fé bíblica, apesar de, por si só, não ser uma base correta para a fé. No Antigo Testamento, a fé é definida em termos de acontecimentos passados, assim como também o é no Novo Testamento, onde a fé é baseada na ressurreição (1Co 15.12-19).
O Livro de 2Reis:
I. O Reino Dividido: Israel e Judá (1.1 — 17.41).
A. Continuação do Reinado de Acazias (Israel) (1.1-18; cf. 1 Rs 22.51-53).
B. Reinado de Jorão (Israel) (2.1—8.15).
1. Transição Profética de Elias para Eliseu (2.1-25).
2. Uma Análise de Jorão (3.1-3).
3. Jorão Derrota Moabe (3.4-27).
4. O Ministério Milagroso de Eliseu (4.1—8.15).
C. Reinado de Jorão (Judá) (8.16-24).
D. Reinado de Acazias (Judá) (8.25-29).
E. Reinado de Jeú (Israel) (9.1—10.36).
1. Jeú Ungido por Eliseu (9.1-10).
2. Jeú e Seu Expurgo Sangrento de Israel (9.11—10.36).
F. Reinado de Atalia (Judá) (11.1-16).
G. Reinado de Joás (Judá) (11.17—12.21).
H. Reinado de Joacaz (Israel) (13.1-9).
I. Reinado de Jeoás (Israel) (13.10-25).
J. Reinado de Amazias (Judá) (14.1-22).
K. Reinado de Jeroboão II (Israel) (14.23-29).
L. Reinado de Azarias (Judá) (15.1-7).
M. Reinado de Zacarias (Israel) (15.8-12).
N. Reinado de Salum (Israel) (15.13-15).
O. Reinado de Menaém (Israel) (15.16-22).
P. Reinado de Pecaías (Israel) (15.23-26).
Q. Reinado de Peca (Israel) (15.27-31).
R. Reinado de Jotão (Judá) (15.32-38).
S. Reinado de Acaz (Judá) (16.1-20).
T. Reinado de Oséias (Israel) (17.1-41).
1. Análise e Prisão de Oséias (17.1-4).
2. Colapso Final de Israel (17.5-23).
3. Cativeiro de Israel e Repovoamento da Terra (17.24-41).
II. O Reino Único: Judá Depois do Colapso de Israel (18.1—25.21).
A. Reinado de Ezequias (18.1—20.21).
1. Avivamento e Reforma (18.1-8).
2. Sumário da Queda de Israel e Libertação de Judá por Deus, de Duas Invasões Assírias (18.9—19.37).
3. Enfermidade e Cura de Ezequias (20.1-11).
4. A Insensatez e Morte de Ezequias (20.12-21).
B. Reinado de Manassés (21.1-18).
C. Reinado de Amom (21.19-26).
D. Reinado de Josias (22.1—23.30).
1. Avivamento e Reforma (22.1—23.25).
2. Adiada a Ira de Deus sobre Judá, Mas Não Evitada, e a Morte de Josias (23.26-30).
E. Reinado de Joacaz (23.31-33).
F. Reinado de Jeoaquim (23.34—24.7).
G. Reinado de Joaquim (24.8-16).
H. Reinado de Zedequias (24.17—25.21).
1. Queda de Jerusalém (25.1-7).
2. Destruição do Templo e dos Muros da Cidade (25.8-10, 13-17).
3. Deportação Final do Povo para Babilônia (25.11-21).
III. Epílogo (25.22-30).
Os livros de Primeiro e Segundo Reis são, no original, um tratado indiviso, portanto, as informações contidas na introdução a Primeiro Reis são importantes aqui.
Segundo Reis retoma a história do declínio de Israel e Judá, a partir de cerca de 852 a.C.
Narra as duas grandes calamidades nacionais que conduziram à queda dos reinos de Israel e de Judá: A primeira, a destruição da capital de Israel, Samaria, e a deportação de Israel à Assíria em 722 a.C. e a segunda, a destruição de Jerusalém e a deportação de Judá para Babilônia em 586 a.C. Segundo Reis abarca os últimos 130 anos da história de Judá, que teve 345 anos de duração.
A grande instabilidade política de Israel (isto é, as dez tribos do Norte) é notória nas suas constantes mudanças de reis (dezenove) e de dinastia (nove) em 210 anos, em comparação com os vinte reis e uma dinastia (com breve interrupção) de Judá, em 345 anos. Muitos dos profetas literários do Antigo Testamento ministraram durante o período decorrido em Segundo Reis.
Eles relembravam, advertiam e exortavam os reis concernentes às suas responsabilidades diante de Deus como seus representantes teocráticos. Amós e Oséias profetizaram em Israel, ao passo que Joel, Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias profetizavam em Judá. Nos livros desses profetas, temos importantes revelações históricas e teológicas que não se acham em 2Rs, no tocante ao declínio moral das duas nações.
Esdras e Neemias são os únicos registros históricos da Bíblia sobre a restauração pós-exílica dos judeus que retornaram à Palestina. Uma característica notável deste livro é que entre suas duas divisões principais (1-6 e 7-10) há um intervalo histórico de aproximadamente sessenta anos. O livro todo abrange uns oitenta anos. Esdras demonstra claramente como Deus vela sobre a sua palavra para cumpri-la (confronte Jr 1.12; 29.10).
O modo de Esdras tratar as mulheres pagãs com as quais os judeus (inclusive sacerdotes) casaram, transgredindo os mandamentos de Deus, ilustra amplamente o fato de que Deus requer que o seu povo viva separado do mundo pagão, e às vezes Ele emprega medidas radicais para tratar da perigosa transigência com o mal no meio do seu povo.