Resumo de HISTORIA DE ISRAEL
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CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIA LIVRE
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES
RESUMO DA DISCIPLINA BIBLIOLOGIA
A BÍBLIA É O LIVRO DE DEUS!
Também chamado Isagoge nos cursos superiores de Teologia. A Bíblia é um livro divino, que chegou a nós por homens inspirados, tornando-se, assim, também um livro divino e humano, como também o é a Palavra Viva: Cristo, que se tornou também divino e humano (Jo 1.1; Ap 19.13). Ela menciona países, montanhas, rios, desertos, mares, climas, solos, estradas, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro, línguas, raças, usos, costumes, culturas etc.
A riqueza da Bíblia consiste no caráter essencialmente religioso da sua mensagem, que a transforma no livro sagrado por excelência, tanto para o povo de Israel quanto para a Igreja cristã. MANUSCRITO é o que é "escrito à mão". Em sentido técnico, esse nome refere-se à volumosa bagagem de rolos ou fragmentos escritos à mão com textos das Escrituras Sagradas. Particularmente, alude aos escritos do Antigo e ao Novo Testamento, desde os tempos patriarcais até à invenção da imprensa, na metade do século XV.
O texto do Novo Testamento continuou sendo escrito sobre papiro até ao século VII. Mas sabemos que a partir do século IV já se usava o pergaminho. Muitos dos manuscritos medievais do Antigo Testamen¬to exibem uma forma positivamente padronizada do texto hebraico.
Esse texto da Bíblia hebraica, chamado massorético, é o mais com¬pleto que existe. Forma a base para nossas modernas Bíbli¬as hebraicas. O livro, através da sua longa existência, apresentou duas formas bem distintas: o rolo e o códice.
O vocábulo “BÍBLIA” não se acha no texto das Sagradas Escrituras. Consta apenas na capa. Vem do grego, a língua original do Novo Testamento. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - "biblos". Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado "biblion" e vários destes eram uma "Bíblia".
Portanto, literalmente, a palavra “Bíblia” quer dizer "coleção de livros pequenos". Com a invenção do papel, desapareceram os rolos, e a palavra “biblos” deu origem a "livro", como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófilo, etc.
É consenso geral que o nome Bíblia foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV. O Novo Testamento, que ocupa menos da terceira parte do Velho, usa a expressão – Os Escritos ou as Escrituras para os livros do Antigo Testamento, em Mateus 21.42 e João 5.39. Outras Expressões: A Palavra de Deus (Hb 4.12); A Escritura de Deus (Êx 32.16); As Sagradas Letras (1Tm 3.15); A Escritura da Verdade (Dn 10.21); As Palavras da Vida (Atos 7.38); As Santas Escrituras (Rm 1.2).
Quase todos os estudantes da Bíblia sabem que o Velho Testamento foi escrito em hebraico, e o Novo, em grego, mas muitos desconhecem o fato de que há uma terceira língua na Bíblia – o aramaico. Documentos assírios mencionam o aramaico desde 1100 a.C.
Na Era Cristã, o aramaico suplantou totalmente o hebraico que se tornou a língua morta e exclusivamente religiosa. Na Ásia Ocidental, a língua aramaica se difundiu largamente, assumindo naquelas regiões e naquele tempo o mesmo papel que assumem em nossos dias o francês e o inglês.
A língua hebraica foi a língua dos Hebreus ou israelitas desde a sua entrada em Canaã. O alfabeto hebraico consta apenas de consoantes, em número de 22. O hebraico é escrito da direita para a esquerda como o árabe e algumas outras línguas semíticas.
O Novo Testamento foi escrito na Koinê, língua na qual também foi traduzido o Velho Testamento hebraico pelos Setenta. O termo Koinê significa a língua comum do povo entre os anos 330 a.C. e 330 a.D.
Com exceção da Epístola aos Hebreus e da linguagem de Lucas (Evangelho e Atos) que se encontram num Koinê mais literário, os outros escritos pertencem à língua mais comum ou Koinê vulgar.
A Bíblia é um fenômeno que só é explicável de um modo: é a Palavra de Deus. Ela não é o tipo de livro que o homem escreveria se pudesse, ou que poderia escrever se quisesse.
Outros sistemas religiosos também têm seus desvios excêntricos do curso comum do procedimento humano, desvios esses que não são muitos, e são de pequena importância; e estes, realmente, são de se esperar, considerando que o homem está sempre determinado a crer em um Deus, ou deuses, quer sua crença seja baseada em fatos ou não.
O estudante da verdade sempre será convidado a reconhecer contra reivindicações extrabíblicas e intrabíblicas. O que é extrabíblico encampa todo o campo das religiões humanamente arquitetadas e especulações filosóficas. Já o que é intrabíblico encampa todos os cultos e declarações parciais da verdade divina que, embora professem edificar seus sistemas sobre as Escrituras, fazem-no, entretanto, através de falsas ênfases ou negligência da verdade.
Neste Livro, Deus é apresentado como o Criador e Senhor de tudo. É a revelação dele próprio, o registro do que Ele tem feito e vai fazer, e, ao mesmo tempo, a revelação do fato de que cada coisa está sujeita a Ele e que só descobre suas vantagens mais elevadas e seu destino quando se conforma à Sua vontade.
Cada palavra da Bíblia é o resultado de sublimes declarações como estas: "Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos" (1Cr 29.11). "Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo, e grande em misericórdia e fidelidade" (Êx 34.6).
Quem, entre a humanidade cega, seria o escritor de ficção capaz de criar os conceitos de um Deus triuno de toda a eternidade que se encontra nas páginas das Escrituras?
Quem, entre os homens, planejou o peculiar e perfeito equilíbrio das partes de cada Pessoa da Divindade na redenção, ou o caráter divino na sua consistente e inalterável exibição de santidade infinita e amor infinito: os juízos divinos, a avaliação divina de todas as coisas, inclusive das hostes angélicas e dos espíritos do mal?
Quem, entre os homens, já foi capaz de conceber a criação de tais noções interdependentes, além de expressá-Ias perfeitamente numa história em andamento, a qual, sendo acidental, afinal não passa de imitação: uma imitação hipócrita e dissimulada da verdade?
Que absurda é a presunção de que o homem sozinho poderia escrever a Bíblia, se assim o quisesse! Mas se o homem não deu origem a Bíblia, Deus o fez, e por causa disso sua autoridade tem de ser reconhecida.
Embora defendendo o monoteísmo sem modificação, a Bíblia apresenta o fato de que Deus subsiste em três Pessoas ou modos de ser. A doutrina bíblica da Trindade consiste em que Deus é um em essência, mas três Pessoas em identificação. Sem dúvida, este é um dos grandes mistérios.
A doutrina vai além do alcance da compreensão humana, embora seja fundamental na revelação divina. Quando consideradas separadamente, as Pessoas individuais da Divindade apresentam as mesmas evidências indiscutíveis quanto à origem sobrenatural da Bíblia.
Dizemos que Ele é o Pai de toda a criação, o Pai do Filho eterno (a Segunda Pessoa) e o Pai de todo aquele que crê para a salvação de sua alma. Esta revelação estende-se a todos os detalhes do relacionamento paternal e inclui a dádiva do Filho para que a graça de Deus pudesse ser revelada. Nenhuma mente humana poderia dar origem ao conceito de Deus Pai como Ele é revelado na Bíblia.
O registro referente à Segunda Pessoa, que, de acordo com a Palavra de Deus, é o Filho desde a eternidade, que sempre é a manifestação do Pai e que, embora esteja agora sujeito ao Pai, é o Criador das coisas materiais, o Redentor e Juiz final de toda a humanidade, oferece as evidências mais extensas e mais incomensuráveis da origem divina das Escrituras.
A Pessoa e a obra do Filho de Deus com Sua humilhação e glória é o tema dominante da Bíblia; mas o Filho, em troca, dedica-se à glória do Pai. As perfeições do Filho não podem nunca ser comparadas ao mais sábio dos homens, nem compreendidas por ele.
O Espírito Santo que é apresentado na revelação como igual em cada particular ao Pai e ao Filho, é, não obstante e para a promoção dos atuais empreendimentos divinos, retratado como sujeito a ambos, o Pai e o Filho.
A continuidade da mensagem da Bíblia é absoluta em sua inteireza. Ela se mantém coesa por sua seqüência histórica, tipos e antítipos, profecias e seu cumprimento e por antecipação, apresentação, realização e exaltação da Pessoa mais perfeita que jamais andou sobre a terra e cujas glórias são o resplendor do céu.
A Bíblia é uma coleção de sessenta e seis livros que foram escritos por mais de quarenta diferentes autores: reis, camponeses, filósofos, pescadores, médicos, políticos, mestres, poetas e lavradores, que viveram suas vidas em diversos países e não experimentaram nenhum contato ou
2.3 A Autoridade da Bíblia
Podemos dizer que no passado Deus se revelou aos homens; inspirou os homens para que tenhamos hoje um testemunho digno de fé de sua revelação. No passado, Deus dirigiu o processo pelo qual sua revelação chegou até nós sob a forma de uma bíblia.
É evidente que de tudo isto surge claramente a autoridade da Bíblia como Palavra de Deus nos assuntos de fé e prática. Ou, como diz o pac-to de Lausanne: "Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e a autoridade de ambos os Testamentos, o Antigo e o Novo, em sua integridade, como a única Palavra de Deus escrita, e a única e infalível regra de fé e prática".
Uma nova era foi anunciada por nosso Senhor Jesus Cristo em Mt 12.47-13.52. A Igreja foi claramente profetizada por Ele em Mt 16.18 (comp. Mt 18.15-19), comprada pelo derramamento do Seu sangue no Calvário (Rm 3.24-25; 1Co 6.20; 1Pe 1.18-19), e constituída como Igreja depois de Sua ressurreição e ascensão no Pentecostes quando, de acordo com a Sua promessa (Atos 1.5), os crentes foram pela primeira vez batizados individualmente com o Espírito Santo.
Por causa da ênfase dada ao Espírito Santo, esta dispensação também tem sido chamada "dispensação do Espírito". O ponto de prova desta dispensação é o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, a mensagem das boas novas sobre a Sua morte e ressurreição (Jo 19.30; At 4.12; 1Co 15.3-5; 2Co 5.21; etc.).
A contínua e cumulativa revelação das dispensações anteriores combina com esta revelação mais completa para enfatizar a total iniqüidade e perdição do homem, e a suficiência da obra historicamente completa de Cristo para salvação, pela graça, mediante a fé, a todos os que vêm a Deus por Ele (Jo 14.6; At 10.43; 13.38-39; Rm 3.21-26; Ef 2.8-9; 1Tm 4.10; Hb 10.12-14). Deus está formando, durante esta dispensação, 'um povo para o seu nome" (At 15.14) dentre os judeus e os gentios, chamado de "a Igreja" e, portanto especialmente distinto dos judeus e gentios como tais (1Co 10.32; Gl 3.27-28; Ef 2.11-18; 3.5-6).
O Senhor Jesus advertiu que durante todo o período, enquanto a Igreja estiver sendo formada pelo Espírito Santo, muitos rejeitarão o Seu Evangelho e muitos outros pretenderão crer nEle e se tomarão uma fonte de corrupção espiritual e impedimento para o Seu propósito nesta dispensação, na igreja professa. E produzirão a apostasia, particularmente nos últimos dias (Mt 13.24-30,36-40,47-49; 2Ts 2.5-8; 1Tm 4.1-2; 2Tm 3.1; 4.3-4; 2Pe 2.1-2; 1Jo 2.18-20).
A Dispensação da Igreja chegará ao fim através de uma série de acontecimentos profetizados, o principal dos quais será:
-A trasladação da verdadeira Igreja da terra para encontrar o Senhor nos ares em um momento conhecido por Deus, mas não revelado aos homens; -Os juízos da septuagésima semana de Daniel, chamados de "a Grande Tribulação" (Ap 7) que cairão sobre a humanidade em geral, mas incluirão a parte não salva da igreja professa, que terá apostatado e por isso será deixada para trás sobre a terra, quando a verdadeira Igreja for trasladada para o céu.; e
-A volta do Senhor Jesus do céu à terra em poder e glória, trazendo com Ele a Sua Igreja, para estabelecer o Seu reino milenial de justiça e paz (Ap 19.11 e 17).
A última das dispensações ordenadas que condicionam a vida humana na terra é o Reino da Aliança feita a Davi (2Sm 7.8-17). O Filho maior de Davi, o Senhor Jesus Cristo, reinará sobre a terra como Rei dos reis e Senhor dos senhores por 1.000 anos, associando consigo mesmo naquele Reino, os Seus santos de todas as dispensações (Ap 3.21; 5.9-10; 11.15-18; 15.3-4; 19.16; 20.4,6).
Resumo das Oito Alianças:
-A Aliança Edênica (Gn 2.16) condiciona a vida do homem na inocência.
-A Aliança Adâmica (Gn 3.15) condiciona a vida do homem caído e dá a promessa de um Redentor.
-A Aliança Noética (Gn 9.16) estabelece o princípio do governo humano.
-A Aliança Abraâmica (Gn 12.2) inaugura a nação de Israel e confirma, com acréscimos específicos, a promessa adâmica da redenção.
-A Aliança Mosaica (Êx 19.5) condena todos os homens, "pois todos pecaram" (Rm 3.23; 5.12).
-A Aliança Palestiniana (Dt 30.3) garante a restauração final e a conversão de Israel.
-A Aliança Davídica (2Sm 7.16) estabelece a perpetuidade da família davídica (cumprida em Cristo, Mt 1.1; Lc 1.31-33; Rm 1.3), e do reino davídico sobre Israel e sobre toda a terra, a ser cumprida em e por Cristo (2Sm 7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31-33; At 15.14-17; 1Co 15.24).
-A Nova Aliança (Hb 8.8) repousa sobre o sacrifício de Cristo e garante bênção eterna, sob a Aliança Abraâmica (Gl 3.13-29), de todo aquele que crê. É absolutamente incondicional e, considerando que nenhuma responsabilidade é por ela consignada ao homem, ela é final e irreversível.
A mensagem da Bíblia é completa. Os sessenta e seis livros, que por disposição divina formam este todo incomparável, estão divididos em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento.
Os livros do Antigo Testamento estão classificados em históricos: de Gênesis a Ester; poéticos: de Jó aos Cantares de Salomão; e proféticos: de Isaías a Malaquias.
Os livros do Novo Testamento se classificam em históricos: de Mateus a Atos; epistolares: de Romanos a Judas; e proféticos: o Apocalipse.
No que se refere à Pessoa de Cristo (que é o tema central de toda a Escritura), o Antigo Testamento é classificado como preparação; os quatro Evangelhos como manifestação; os Atos como propagação; as Epístolas como explanação; e o Apocalipse como consumação.
São cinco os Livros do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Esses primeiros cinco livros da Bíblia são chamados "a Lei". Podemos considerá-los como um único livro, embora incluam toda sorte de escritos: narrativas, leis, instruções sobre o culto e as cerimônias religiosas, sermões e genealogias.
São 12 livros os livros históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Esta seção, que na Bíblia hebraica vai de Josué a Ester, abrange o tempo da conquista, o tempo dos reis, o exílio e o retorno. Está dividida em duas partes:
-A primeira, isto é, Josué, Juízes, Samuel e Reis, têm o título de "Primeiros Profetas" da Bíblia hebraica; e
-A segunda parte, ou seja, Crônicas, Esdras e Neemias, estavam incluídos nos chamados “Escritos".
As duas partes juntas cobrem cerca de 800 anos da história de Israel, do século XIII ao século V a.C. Estes livros foram escritos não simplesmente como história da nação, mas para mostrar como o plano e a mensagem de Deus foram cumpridos na vida de Israel.
Poéticos, são 5 livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. São chamados poéticos, não porque sejam cheios de imaginação e fantasia, mas devido ao gênero do seu conteúdo. Alguns também os chamam de “Livros Devocionais”.
No Antigo Testamento os livros dos Provérbios, Jó, Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria são comumente conhecidos como livros sapienciais.
São 17 os livros chamados proféticos, que vão de Isaías a Malaquias. Estão subdivididos em Profetas Maiores e Profetas Menores, sua composição é: Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel; Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
O Novo Testamento tem 27 livros. Foi escrito em grego, não no grego clássi¬co dos eruditos, mas no do povo comum, chamado Koiné. Seus 27 livros também estão classificados em 4 grupos, conforme o assunto a que pertencem:
-BIOGRAFIA. São os 4 Evangelhos;
-HISTORIA. É o livro de Atos dos Apóstolos.
-EPÍSTOLAS. São 21 as epístolas ou cartas. Vão de Romanos a Judas. 9 são dirigidas a igrejas (Romanos a 2 Tessalonicen¬ses); 4 são dirigidas a indivíduos (1 Timóteo a Filemom); 1 é dirigida aos hebreus cristãos; 7 são dirigidas a todos os cristãos, indistintamente (Tiago a Judas); e
-PROFECIA. É o livro de Apocalipse ou Revelação. Trata da volta pessoal do Senhor Jesus a Terra e das coisas que precederão esse glorioso evento.
As Epístolas Paulinas foram os primeiros escritos do Novo Testamento. São 13 Epístolas na sua totalidade, de Romanos a Filemom. As mesmas fo¬ram escritas entre 52 e 67 d.C.
Pela ordem cronológica, é consenso entre teólogos, que o primeiro livro do Novo Testamento é o de 1 Tessalonicenses, escrito por volta de 52 d.C.; 2 Timóteo foi escrita em torno de 67 d.C., pouco antes do martírio do apóstolo Paulo em Roma.
Essas Epístolas foram também as primeiras aceitas como canônicas. Pedro chama os escritos de Paulo de "Escrituras" - título aplica¬do somente à Palavra inspirada de Deus! (2Pe 3.15,16). Paulo é um personagem tão importante no Novo Testamento e na história da igreja que tem sido chamado de o segundo fundador do cristianismo. É claro que isso não é a verdade, pois desconsidera a continuidade entre Jesus e Paulo e menospreza injustamente as contribuições de homens tais como Pedro, João e Lucas.
Mas não há dúvida de que Paulo desempenhou um papel vital no crescimento e estabelecimento da igreja e na interpretação e aplicação da graça de Deus em Cristo.
O próprio Senhor Jesus Cristo deu seu apoio de legitimidade a todo o Antigo Testamento; fez citações de cada uma de suas divisões; porém, nunca citou qualquer outro livro, nem deu a entender que existam outros livros inspirados. No Novo Testamento, encon¬tramos Jesus reconhecendo as Escrituras judaicas pelos seus diversos títulos conhecidos e aceitando as três seções do cânon judaico e a ordem tradicional de seus livros. Desco¬brimos também que para a maioria dos livros é individual¬mente imputada autoridade divina - mas não para qual-quer um dos livros apócrifos.
Nas Bíblias de edição da Igreja Católica Romana, o total de li¬vros é de 73, porque essa igreja, desde o Concílio de Trento, em 1546, incluiu no cânon do Antigo Testamento 7 livros apócrifos, além de 4 acréscimos ou apêndices a livros canô¬nicos, acrescentando, assim, ao todo, 11 escritos apócrifos.
A palavra apócrifo significa, literalmente, escondi¬do, oculto, isto em referência a livros que tratavam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso, o termo significa "não genuíno", "espúrio", desde sua apli¬cação por Jerônimo. Os apócrifos foram escritos entre Ma¬laquias e Mateus, ou seja, entre o Antigo e o Novo Testa¬mento, numa época em que cessara por completo a revela¬ção divina; isto basta para tirar-Ihes qualquer pretensão de canonicidade.
Os 7 livros apócrifos constantes das Bíblias de edição católico-romana são: TOBIAS (Após o livro canônico de Esdras), JUDITE (após o livro de Tobias) SABEDORIA DE SALOMÃO (após o livro canônico de Cantares), ECLESIÁSTICO (após o livro de Sabedoria), BARUQUE (após o livro canônico de Jeremias), 1 MACABEUS, 2 MACABEUS (ambos, após o livro canônico de Ma¬laquias).
Os 4 acréscimos ou apêndices são: ESTER (a Ester, 10.4 -16.24), CÂNTICO DOS TRÊS SANTOS FILHOS (a Da¬niel, 3.24-90), HISTÓRIA DE SUZANA (Daniel, cap.13), BEL E O DRAGÃO (a Daniel, capo 14). Os livros rejeita¬dos são: 3 ESDRAS, 4 ESDRAS, A ORAÇÃO DE MANASSÉS.
Cristo nem os apóstolos citaram os livros apócrifos!!!.
Quanto à tradução da Bíblia, temos:
-Tradução literal é uma tentativa de expressar, com toda a fidelidade possível e o máximo de exatidão, o sentido das palavras originais do texto que está sendo traduzido. Trata-se de uma transcrição textual, palavra por palavra. O resultado é um texto um tanto rígido.
-Transliteração é a versão das letras de um texto em certa língua para as letras correspondentes de outra língua. É claro que uma tradução literal da Bíblia fica sem sentido para uma pessoa de pouca cultura.
-Versão, tecnicamente falando é uma tradução da língua original (ou com consulta direta a ela) para outra língua, ainda que comumente se negligencie essa distinção. O segredo para a compreensão é que a versão envolve a língua original de determinado manuscrito.
-Revisão, ou versão revista, é termo usado para descrever certas traduções, em geral feitas a partir das línguas originais, que foram cuidadosa e sistematicamente revistas, cujo texto foi examinado de forma crítica, com vistas em corrigir erros ou introduzir emendas ou substituições.
-Paráfrase é uma tradução "livre" ou "solta".
A Septuaginta, que é bastante conhecida através da sigla LXX, é a mais importante tradução grega do Velho Testamento. A tradução foi feita na ilha de Faros, situada no porto da cidade. Essa Bíblia teve a mais ampla difusão entre as nações, especialmente naquelas onde estavam os judeus da dispersão oriunda do cativeiro.
A Septuaginta foi a primeira tradução completa do Antigo Testamento, do original hebraico, e situou e di¬vidiu os livros por assuntos como os temos hoje: Lei, Histó¬ria, Poesia, Profecia. Sua primeira aparição impressa é a cons¬tante da Complutensiana Poliglota publicada em Alcalá, província de Madri, em 1514-1517, e distribuída em 1522 pelo Cardeal Ximenes.
Foram nas regiões ocidentais ao sul da Gália e na África do Norte que apareceram as primeiras traduções da Bíblia em latim.
A primeira tradução que se fez em castelhano foi o Novo Testamento surgido em 1543. Foi obra do jovem reformador Francisco de Enzinas.
A segunda tradução para o espanhol é a conhecida "Bíblia de Ferrara" que em realidade não contém senão o Antigo Testamento.
A primeira tradução completa da Bíblia para a língua castelhana foi obra de Casiodoro de Reina, que nascera ao sul da Espanha.
A primeira harmonia dos Evangelhos em língua portu¬guesa, foi preparada em 1495 pelo cronista Valentim Fernandes, e intitulada De Vita Christi, eteve os seus custos de publicação pagos pela rainha Dona Leonora, esposa de D. João II.
Há 300 anos (1681) João Ferreira de Almeida traduziu o Novo Testamento, em Amsterdã; e daí avante, sua publicação (Batávia, 1693), novamente em Amsterdã (1712); em Trangambar,1760; e outra vez em Batávia, 1773. Incansável no trabalho, traduziu também o Antigo Testamento, mas até o versículo 12 do capítulo 48 de Ezequiel.
Faleceu em 1691, todavia João Ferreira de Almeida até hoje influi com as traduções que deixou da Bíblia. A mais antiga versão usual no Brasil, entre os evangélicos, mereceu da Sociedade Bíblica do Brasil certa atualização na linguagem, pois dista três séculos a tradução do Almeida.
Na seção de Livros Raros da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, há um exemplar do Novo Testamento impresso em Amsterdã (1712). Por um decreto de 1757, no tempo do Papa Bento XIV, a Bíblia era reconhecida como útil para robustecer a fé.
Esta nova atitude da Igreja Católica Romana deu impulso à tradução da Bíblia com a Vulgata como base. Entre estes se encontrava o Padre Antônio Pereira de Figueiredo. A principal objeção que se faz à Bíblia de Figueiredo é esta: apresenta deficiências que se verificam numa tradução de tradução.
Em 1943, as Sociedades Bíblicas Unidas encomenda¬ram a um grupo de hebraístas, helenistas e vernaculistas competentes uma revisão da tradução de Almeida. A comis¬são melhorou a linguagem, a grafia de nomes próprios e o estilo da Bíblia de Almeida. Em 1948 organizou-se a Sociedade Bíblica do Brasil, destinada a “Dar a Bíblia à Pátria”.
Esta entidade fez duas revisões no texto de Almeida, uma mais aprofundada, que deu origem à Edição Revista e Atualizada no Brasil, e uma menos profunda, que conservou o antigo nome “Corrigida”. Mais recentemente, em 1988, a Sociedade Bíblica do Brasil tra¬duziu e publicou a Bíblia na Linguagem de Hoje. Portanto, João Ferreira de Almeida, português, foi quem primeiro traduziu a Bíblia para o nosso vernáculo!!!
Nunca é demais lembrar, que a Bíblia é a palavra de Deus escrita. Que os profetas do Antigo Testamento e os apóstolos do Novo Testamento frequentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor.
E que o próprio Jesus assegurou que a sua palavra condenará os que o rejeitarem (Jo 12.48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de Deus julga “os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12).