Resumo de HISTORIA DE ISRAEL
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RESUMO
PENTATEUCO
Também chamado de Livro da Lei pelos judeus, ou às vezes referido como a Lei de Moisés, este é a famosa TORAH judaica. Existem dois elementos que compõe este conjunto de cinco livros:
(1) História – embora não seja um compêndio de história, o Pentateuco remonta à origem da raça humana e fala das regiões pelas quais ela se espalhou.
(2) Lei – Este ponto é de tal modo proeminente no Pentateuco que recebeu o apelido de Livro da Lei (ou Torah). O 3º livro - Levítico – é inteiramente composto de leis (especialmente leis litúrgicas), os outros tem leis e discursos e história misturados. O Gênesis é o livro que narra os tempos primitivos de Adão a Noé, e de Noé a Abraão.
As leis no Pentateuco dizem respeito a todas as relações da vida humana, seja com Deus, ou seja, com o próximo. Impressionante é que toda a legislação do Antigo Testamento está contida nestes cinco livros.
Podemos classificar os temas de cada um dos cinco livros da seguinte forma:
Gênesis – A fundação da nação hebraica;
Êxodo – O Concerto com a nação hebraica;
Levítico – As leis da nação hebraica;
Números – A viagem para a Terra Prometida;
Deuteronômio – As leis da nação hebraica.
O valor intrínseco do livro de Levítico consiste em 4 realidades:
a) Levítico é uma revelação do caráter divino a nós hoje tanto como naquele tempo.
b) É uma exposição simbólica dos princípios básicos que são base para o relacionamento entre Deus e os homens, tão verdadeiro no passado como hoje.
c) Levítico fornece um corpo de uma Lei Cível para a teocracia; apesar de alguns detalhes estarem ociosos nos dias atuais, os seus princípios permanecem válidos e deveriam nortear as legislações de hoje.
d) O livro é um tesouro de ensinos tipificados e simbólicos. As maiores verdades espirituais estão entesouradas aqui como símbolos vívidos. É uma pré-revelação da pessoa e obra de Jesus Cristo.
DEUTERONÔMIO - Os ensinos.
O nome Deuteronômio quer dizer “Segunda Lei” ou “Repetição da Lei”. Isto se fez necessário porque a geração que recebera e ouvira a exposição da Lei Sinaítica já não existia mais. Uma nova geração estava no amanhecer da entrada na Terra Prometida. Deste modo esta nova geração tinha a necessidade de ouvir a exposição renovada da Lei e ouvir o recontar da história do surgimento do povo e da própria Lei. Paralelamente com esta renovada apresentação da história e Lei de Deus, incluiu-se um desafio para decisão diante da obra de Deus (o que será visto na terceira parte deste estudo).
A Mensagem Central desta parte de Deuteronômio é a fidelidade divina. Isto é demonstrado na revisão da vida desde o Sinai: Jeová tem sido (passado) e sempre será (futuro) fiel às Suas promessas, Seus propósitos e Seu povo! Isto se constitui num fundamental princípio da nossa fé e confiança em Deus – Ele nunca falha!
Temos também nesta parte do livro um fato básico, que na realidade está por baixo de tudo o mais, e com o qual vai o comando básico da Lei declarado no 6:4-6.
A estrutura desta parte de Deuteronômio é a seguinte:
1. 1:1-5 = O contexto da Aliança; leva a memória do povo a um tempo 38 anos antes – no Sinai.
2. 1:6-4:43 = O 1º sermão: Aprendendo da história do povo de Deus;
a. 1.6-3.29 = Falhas e vitórias no caminho da Terra Prometida – importante revisão para reconhecimento da ação de Deus na história.
b. 4.1-40 = Guardar os mandamentos de Deus; evitar a idolatria; maravilhar diante dos atos salvíficos de Deus.
c. Estabelecendo as Cidades Refúgio – fundamental instrumento de preservação do povo e demonstração da misericórdia divina.
3. 4.44 – 6.25 = Princípios Básicos da Aliança;
a. 4.44-49 = Introdução que situa a Aliança no contexto entre o Êxodo do Egito e a conquista do território além do Jordão.
b. 5.1-21 = O coração da Aliança: os 10 mandamentos – nunca anulados no contexto bíblico.
c. 5.22-33 = O papel desempenhado por Moisés como Mediador da Aliança – exemplo de Cristo como Mediador da Nova Aliança.
d. 6.1-25 = O princípio mais fundamental: O amor completo e exclusivo a Deus.
4. 7.1-11.32 = Princípios auxiliares da Aliança.
a. 7.1-26 = A total destruição dos canaaneus – nenhuma aliança ou casamentos eram admitidos. Isto era necessário para que Israel permanecesse a salvo da idolatria e das abominações praticadas por este povo.
b. 8.1-9.6 = Jeová como fonte das bênçãos em Canaã, demonstrado no passado através da providência do maná, do não envelhecer e gastar das sandálias e do não inchar dos pés (8.2-5)
c. 9.7-10.11 = Moisés como Mediador da Aliança e Intercessor – lembrança dos incidentes de rebelião do povo e das várias vezes em que Moisés funciona como intercessor diante de Deus e como isto resultou no renovo da aliança Sinaítica.
d. 10.12-22 = Amor a Jeová e amor aos desamparados – a fidelidade e amor a Deus não podem estar divorciados desta mesma demonstração aos desamparados.
e. 11.1-32 = Obediência como prova do amor a Deus – o amor tem que se manifestar e, em termos da aliança, isto tinha que ser demonstrado com obediência.
O Gênesis é um livro, a rigor, separado dos demais, pois relata toda a história da raça humana e dos Patriarcas. A história do povo de Israel começa em Êxodo, e é a partir deste livro que temos toda a história de Israel, especificamente falando. Na realidade poderíamos dizer que Gênesis é a história da criação da raça humana e o estabelecimento das raízes do povo de Israel através dos patriarcas. Os demais livros são a história da formação do povo de Israel, pois termina antes de sua entrada na Terra Prometida. O estabelecimento final e definitivo da nação só acontece com Josué.
A divisão entre Êxodo e Levítico é marcada pela finalização da construção do Tabernáculo (Ex 35-40) e a inauguração do culto litúrgico oficial (Lv 1-10). Números é a história da partida final do Sinai e a preparação para a entrada em Canaã. Deuteronômio fica como que separado dos outros anteriores pois é o livro que contém os maiores sermões da toda a Bíblia. O primeiro sermão de Moisés (Dt1-30) cobre os 30 primeiros capítulos do livro. São os sermões Mosaicos preparatórios para a entrada em Canaã sob o comando de Josué. É claro que dentro de cada livro há assunto suficiente para subdivisões mais específicas e que estudamos nos nossos encontros anteriores. Apesar do Pentateuco ser chamado de Lei ou Torá, a lei propriamente dita ocupa apenas uma pequena parte do texto todo. Os 10 Mandamentos, que freqüentemente são chamados de Lei, não são lei no sentido técnico, pois não possuem nenhuma sanção ou penalidade para a violação das mesmas. Elas são exatamente o que o nome diz: “Mandamentos”, ordens ou regras de conduta. Mas temos outros grupos de “Lei” que são:
- o Livro da Aliança – (Ex 20.22-23.19)
- as Leis do Sacrifício – (Lv 1 – 7)
- as Leis da Pureza – (Lv 11 – 15)
- o Código de Santidade – (Lv 17 – 26), e
- o Código Deuteronômico – (Dt 12 – 26).
Temos assim que nenhuma lei aparece em Gênesis, dos 40 caps em Êxodo apenas 4 são de lei (20-23), a maior parte de Levítico e uma pequena parte de Números se referem a leis, e 14 dos 36 caps de Deuteronômio consiste de material legal.
O Livro da Aliança (Ex 24.7), com suas 65 leis, inclui regras acerca de imagens e tipos de altares (20:22-26), escravos hebreus (21.1-11), ofensas penalizadas com a morte (21.12-27), injúrias corporais (21.18-24), ofensas contra propriedades (21.25-22.17), e leis miscelâneas sociais e de culto (22.18-23.9), um calendário de cultos (23.10-19) e bênçãos e maldições (23.20-33).
O Código de Santidade (Lv 17 a 26) é chamado assim devido à expressão “Sede santos porque Eu, vosso Deus, sou santo” (Lv 9.2). Este código reforça as leis morais e cerimoniais (não as leis civis e criminais). Este código trata do sacrifício de animais e do próprio sacrifício, relações sexuais proibidas, relacionamento com vizinhos, penalidades, regras de vida pessoal dos sacerdotes, a qualidade dos sacrifícios, o calendário de cultos, regras para as luzes no santuário e os pães asmos , blasfêmias, o ano sabático e do jubileu e finalmente bênçãos e maldições. Expressões do tipo “Eu sou o Senhor vosso Deus” e similares ocorrem 46 vezes em Lv 18 a 26!
O Código Deuteronômico (Dt 12 a 26) é parte do discurso de Moisés ao povo de Israel justamente antes de cruzarem o rio Jordão, sob liderança de Josué, para entrarem em Canaã. Estas são leis sob forma de mensagem pregada ou sermões – leis sermônicas; estão repletas de admoestações e exortações a obedecerem e respeitarem as leis, afim de que o Senhor os possa abençoar e possam viver na Terra Prometida. Muitas desta 80 leis são novas porque se dirigiam a uma nova geração (veja o estudo de Números e Deuteronômio). A restrição do culto e sacrifício a apenas um altar legítimo é limitada ao Código Deuteronômico, como também é a expressão “o lugar onde farei habitar o meu Nome”. A permissão para matar e comer animais, a nível particular, é dada apenas aqui em Deuteronômio (12.15). As leis para os juízes, profetas, sacerdotes e reis ocorre apenas aqui neste Código.