Resumo de LIDERANCA
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Resumo ECLESIOLOGIA
A eclesiologia é o ramo da teologia cristã que trata da doutrina da Igreja: seu papel na salvação, sua origem, sua disciplina, sua forma de se relacionar com o mundo, seu papel social, as mudanças ocorridas, as crises enfrentadas, suas doutrinas, a relação com outras denominações e sua forma de governo.
Igreja - (do grego ekklesia), etimologicamente significa “alguém que é chamado para fora”; O termo pode vir a designar uma congregação local, uma denominação, uma causa, uma igreja com caráter universal e “invisível”, ou até um prédio onde se reúna um grupo de adoradores. Embora, tratando-se de algo absolutamente elementar a todo apologista/apologeta, um breve resgate etimológico, “via de regra”, elucida ou, lança maior visibilidade sobre determinado conceito ou expressão; vejamos aqui “No florescer da civilização grega, a partir o século V a.C., ekklesia representava a convocação de cidadãos efetivos de uma cidade (polis) para reuniões populares”. Essas reuniões serviam para anunciar oficialmente as notícias do Império, da cidade ou apresentar problemas de cunho administrativo e político, as ekklesia, nessa época, tinham como propósito resolver, discutir ou anunciar questões relacionadas à vida de todos os indivíduos de uma comunidade local. Na Septuaginta (versão grega do A.T.), a palavra ekklesia traduz a palavra hebraica Qahal, que designava a congregação de Israel, uma nova comunidade teocrática convocada do cativeiro para adorar e servir a Yahweh e demonstrar seu senhorio em meio dos povos (Nm 10.7; Dt 31.30). Vejamos também assim “EKKLÉSIA” pode (com as devidas restrições) ser aplicada como correlata à SINAGOGA (heb: sunagoge), salientando-se, todavia, que está última possui alcance menos abrangente, “Ekklesia” geralmente indica uma parcela de elementos “convocados” mais “seleta” que “sunagoge” (Thayer).
A IGREJA É UM ORGANISMO! E NÃO UMA INSTITUIÇÃO
Na Bíblia, a igreja não é uma instituição, e sim um organismo vivo que se vai transformando em termos organizacionais. Conforme implicação de Rom. 9.25 e I Pedro 2.9-10, a igreja é o povo de Deus em desenvolvimento, logo, ao tratar da igreja, é necessário tratar de dois aspectos da mesma: O organismo e a estrutura organizacional que se vem desenvolvendo naturalmente.
O FUNDADOR DA IGREJA
A igreja começou quando dois discípulos de João Batista. Ouviram-no dizer, - Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1;29), fala João de Jesus que por ali passava, e logo os dois discípulos de João uniram-se a Jesus (Jo 1.37). É importante notar que antes já havia a Igreja judaica ou congregação, por todo o tempo no AT. Porem o termo "igreja" só é encontrado, pela primeira vez nos lábios do Senhor, em Mt. 16.18, e em Mt 18.17, são essas as únicas ocasiões em que se menciona a palavra nos Evangelhos. Conclui-se então que foi intenção de Jesus fundar uma sociedade de caráter permanente; A promessa feita em vida por Jesus, "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." (João 14 : 26)
Quarenta dias depois de sua ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At 1.1-11). Obedecendo os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para jejum e oração, aguardando o envio do prometido Espírito Santo o consolador , o qual Jesus disse que enviaria; Cerca de 120 pessoas aguardavam o cumprimento da promessa. O que aconteceu depois daquele dia eles jamais seriam os mesmos. Jesus cumpriu a sua promessa (At.1:5). Pedro cheio de poder anunciou a Palavra e três mil pessoas se converteram. Era a Igreja que nascia, reunindo-se no templo e de casa em casa. Como podemos ver em At.5:42.
A IGREJA É PENTENCOSTAL
A "igreja pentecostal", e "crente pentecostal" ou "movimento pentecostal" é a continuidade da manifestação sobrenatural do Espírito Santo, no dia de Pentecostes em Jerusalém; O pentecoste! ocorreu no quinquagésimo dia depois do segundo dia da Páscoa, isso foi na solenidade chamada pelos judeus de "a Festa das Semanas". Grifo - (A festa das Semanas foi instituída para obrigar os israelitas a dirigirem-se ao templo, reconhecerem o domínio do Senhor e comemorarem a entrega da Lei a Moisés, no monte Sinai, 50 dias depois da saída do Egito). Voltemos o assunto! - Por ocasião do pentecostes o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, e estes ao receberem o dom do Espírito Santo logo passaram a falar em “outras línguas”; Segundo narra o texto bíblico, era visto línguas de fogo pousarem sobre cada um deles, e estes logo começavam a falar em idiomas diferentes, conforme o Espírito Santo os capacitava. É narrado que os Judeus visitantes estrangeiros, ficaram perplexos e surpresos ao ouvir estes falarem em suas próprias línguas, alguns zombaram, dizendo que deviam estar embriagados, conforme o que se encontra escrito (At 2.13).
Assim nasceu o Pentecoste!
E dá-se o nome de PENTECOSTAL a denominação religiosa ou ao crente que crê na contemporaneidade do batismo no Espírito Santo. Para nos pentecostais aquela experiência sobrenatural vem se repetindo ao longo de dois mil anos, baseamos na bíblia. "porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" (Atos 2.39). Grifo - Todavia sabemos de denominações que recusam a manifestação do Espírito de Deus (pentecoste) em dias atuais, para estes o pentecoste foi um acontecimento isolado único, restrito e específico.
QUEM DIREGE A IGREJA
É o espírito quem dá início à ação do Corpo de Cristo no mundo, que é a Igreja, como já foi dito é na manhã de Pentecostes que Deus funda o Novo Povo da Aliança, não já “da carne” (circuncisão, sinal judaico da antiga Aliança) mas “do Espírito”; não mais “escrita em tábuas de pedra, mas inscrita nos corações” (Jer 31, 31-33). É o Espírito quem conduz a Igreja pelo caminho da fidelidade e da novidade permanente a que Deus convida aqueles que se deixam guiar pela Sua vontade. Sabemos que o Espírito Santo trabalhava dentro da igreja primitiva, dirigindo os apóstolos ordenando líderes para o ministério, e coordenando os trabalhos da igreja. O novo testamento não oferece um quadro esclarecedor do governo da igreja primitiva; todavia sabemos que havia um ou mais Presbíteros, que presidiam os negócios de cada congregação (Rm 12.6-8; 1Ts 5.12: Hb 13.7,17, 24), exatamente como os anciões faziam nas sinagogas judaicas. Não podemos afirmar que o mesmo ocorra hoje em sua totalidade. Uso a igreja primitiva como exemplo, por entender que ela é a raiz e a semente da igreja, e que temos que buscar em nossos dias o seu exemplo, assim na igreja primitiva encontra-se alguns ministros chamados de Evangelistas que parece terem viajado de uma congregação para a outra, como faziam os apóstolos. O título Evangelista significa: “ Homens que manuseiam o evangelho “. Algumas cartas do novo testamento referem-se a bispos na Igreja Primitiva, visto que esses "bispos" não formavam uma ordem superior na liderança eclesiástica como ocorre em algumas igrejas onde o título é usado hoje. Percebe-se que a igreja primitiva não possuía um centro terrenal de poder, todavia houvesse lideranças reconhecidas estes eram os apóstolos de Cristo e mais tarde seus posteriores sucessores, Assim os cristãos entediam que Cristo era o centro de seus poderes (At 20.28). O ministério significava! Servir em humildade, em vez de governar de uma posição elevada (Mt 20.26-28), um exemplo para todos nos.
A igreja não enganava o povo por meio de rituais, poderes mágicos e qualquer outro modo. Negavam que os indivíduos pudessem obter poderes especiais de Cristo para seus próprios fins (At 8.9-24; 13.7-12). Os cristãos primitivos conquistavam prosélitos para fazerem parte do "corpo de Cristo" (Ef 1.23). Pregavam que Cristo voltaria para buscar seu povo, a "noiva" de Cristo. (Ap 21.2; 22.17). Será que é esta a mesma mensagem pregada nos púlpitos das igrejas em nossos dias? Concluo este trecho dizendo a igreja existe na comunhão única de vida divina a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé. Todo poder da igreja para adorar e servir, é dom de Deus. A igreja é sem via de dúvida uma entidade viva e ativa. É através, e é da responsabilidade da igreja, praticar a unidade, o amor e mostrar que Cristo verdadeiramente vive naqueles que são membros do seu corpo, quero dizer na menbresia da igreja.
A IGREJA E SUA ADMINISTRAÇÃO
A igreja primitiva sempre será o nosso farol. Não podemos perde-la de foco, diz a palavra que a igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos tiveram de nomear sete homens para distribuir víveres às viúvas necessitadas. O dirigente desses homens era Estevão, "homem cheio de fé e do Espírito Santo" (At 6.5). Aqui vemos o começo do governo eclesiástico. Os apóstolos tiveram de delegar alguns de seus deveres a outros dirigentes. À medida que o tempo passava, os ofícios da igreja foram dispostos numa estrutura um tanto complexa. Paulo descreve a igreja como "um só corpo em Cristo" (Rm 12.5) e "seu corpo" (Ef 1.23), em outras palavras, a igreja encerra numa comunhão única de vida divina todos os que são unidos a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé, esses participam da ressurreição (Rm 6.8), e são a um tempo chamados e capacitados para continuar seu ministério de servir e sofrer para abençoar a outros (1Co 12.14-26). A igreja não está limitada por questões de sangue, linhagem, raça, língua ou cultura! Todos os que tiverem coração capaz de se abrir à verdade de Jesus anunciada pelos Apóstolos, todos os que escutarem a sua palavra e se deixarem Batizar (O termo transliteração do grego "βαπτισμω" (baptismō) para o latim (baptismus), conforme se vê na Vulgata em Colossenses 2:12.) É também substantivo e apresenta como "βαπτισμα" (baptisma) e "βαπτισμός" (baptismós), sendo derivado do verbo "βαπτίζω" (baptizō), o qual pode ser traduzido por "batizar", "imergir", "banhar", "lavar", "derramar", "cobrir" ou "tingir", conforme utilizado no Novo Testamento e na Septuaginta, assim no seu Espírito, tornam-se membros da igreja de Deus! Desta forma estamos ligados numa comunidade que personifica o reino de Deus no mundo.
A MISSÃO DA IGREJA
Jesus de Nazaré dera à Igreja o mandato do anúncio do Evangelho: “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo! ” (At 1;8). Por isso, o Espírito Santo prometido por Jesus como “força do Alto” para Realização desta missão, inspira os Apóstolos à Palavra:
“De pé, com os Onze, Pedro ergueu a voz e dirigiu-lhes a Palavra… E todos, ao verem o desassombro de Pedro e João e percebendo que eram homens iletrados e plebeus, ficaram espantados…” (At 2, 14; 4, 13) E em Mat. 28.19 utiliza-se o verbo discipular (maqhteuvw) no imperativo plural (maqhteuvsate), que equivale a um imperativo para o grupo inteiro de discípulos reunidos como um todo, o imperativo aqui não é de evangelizar, como no sentido costumeiro, mas sim de discípular, converter e ensinar todas as nações, como parte dessa tarefa, vem incluída a questão de batizar (ritual de ingresso a uma nova confissão e vida religiosa—conversão) e de ensinar (incluindo aqui a aplicação quotidiana de todo o ensino de Jesus à vida do indivíduo). Larry Pate, em seu livro “Missiologia”, diz “O amor de Deus é o princípio fundamental da história da redenção. Seu amor não está confinado a uma raça, nação, ou grupo cultural. Ele ama a todos os povos. Ama tanto aos pigmeus africanos, quanto aos homens de negócios asiáticos. O amor de Deus ultrapassa todas as fronteiras culturais, raciais e linguísticas. Ele quer que todos tenham uma oportunidade para seguir a Cristo”. Dessa forma podemos dizer que a missão da igreja é:
- Levar a mensagem do evangelho
- Formar novos prosélitos
- Instruir e doutrinar o povo de Deus
Parte do texto foi copiado da Fonte:https://cristoquerteversorrir.wordpress.com/2012/10/21/aula-eclesiologia-parte-1-a-4/