Resumo de LIDERANCA
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Liderança
Nas definições de Liderança constantes dos Manuais de Administração é comum encontrarmos as expressões: “ser aceito e respeitado pelo grupo”; “capacidade de unir e manter coeso o grupo”; “manter um bom relacionamento com o grupo”; “Identificação com o grupo”; “levar o grupo à consecução dos objetivos”; “influenciar”; “inspirar confiança”, etc. Portanto, pode ser definida, de forma sucinta, como sendo aquela qualidade num homem, que inspira suficiente confiança a seus comandados de modo a aceitarem suas ideias e obedecerem ao seu comando”.
Por outro lado, há a liderança cristã, que pode ser definido como “uma vocação em que há uma perfeita mistura de qualidades humanas e divinas, ou um trabalho harmonioso entre o homem e Deus destinado ao ministério e bênçãos das demais pessoas”.
O Líder é aquele que aparece no grupo, o que muitas vezes vai à frente, é o que tem poder do prestígio e não da posição. É claro, em se tratando de uma liderança democrática.
O Líder é aquele que exerce uma influência, obtendo das pessoas maior cooperação e menor oposição ou nenhuma oposição.
O líder é aquele que conquista, que cativa, que doutrina, que desenvolve a automotivação. O chefe nem sempre cativa, impõe; nem sempre conquista, domina.
“Líder é todo o indivíduo que, graças à sua personalidade, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros”.
É fato observável por todos que qualquer grupo social precisa ser dirigido por pessoa que o guie para atingir os objetivos comuns ou satisfazer os interesses dos seus membros. A procura de um líder por grupo recém-formado é quase ato reflexivo, o qual tem raízes muito profundas. Desde os tempos mais remotos da tribo primitiva, os homens tiveram chefes; além disto, desde o nascimento, a criança está acostumada a obedecer aos pais e aos professores, até acabar os estudos, efetuando-se uma simples transferência da autoridade pedagógica à autoridade de grupo; as pessoas, na sua grande maioria, estão, aliás, tão acostumadas a ser dirigidas, que se sentem desajustadas quando têm de tomar decisão, apesar de se considerarem independentes, por serem adultas; elas são apenas pseudo-autônomas; as pessoas que têm autonomia real são, relativamente, poucas; e são mais frequentes entre os dirigentes que entre os dirigidos.
Os 10 mandamentos do líder
a) Respeitar o ser humano e crer nas suas possibilidades, que são imensas.
b) Confiar no grupo, mais que em si mesmo.
c) Evitar críticas a qualquer pessoa em público, procurando sempre elogiar, diante do grupo, os aspectos positivos de cada um.
d) Estar sempre dando o exemplo, em vez de ficar criticando todo o tempo.
e) Evitar dar ordens, procurando a cooperação de cada um.
f) Dar a cada um o seu lugar, levando em consideração os seus gostos, interesses e aptidões pessoais.
g) Evitar tomar, mesmo de maneira provisória, a iniciativa de uma responsabilidade que pertença a outrem, mesmo pensando que faria melhor; no caso de chefes que lhe são subordinados, evitar “passar por cima” deles.
h) Consultar os membros do grupo, antes de tomar uma resolução importante, que envolva interesses comuns.
i) Antes de agir, explicar aos membros do grupo o que vai fazer e o porquê.
j) Evitar tomar parte nas discussões, quando presidir uma reunião; guardar neutralidade absoluta, fazendo registrar, imparcialmente, as decisões do grupo.
Na liderança cristã é preciso definir qual é o objetivo e o método a ser seguido pelos líderes cristãos, e este padrão se encontra na própria Bíblia.
Na maioria das vezes pensamos que, pelo fato de termos nascido de novo, possuirmos o Espírito Santo, e conhecermos a base da doutrina cristã, já estamos capacitados a exercer funções mais complexas no reino de Deus. Porém a Bíblia mostra de uma maneira muito sutil que os grandes líderes tiveram que passar por um período ou por algum evento pelo qual foram provados e aprovados para determinadas obras. É o que sugere 2Tm 2.15. O exemplo de Davi também é muito significativo. Todos nós conhecemos o grande feito de Davi ao derrotar o gigante Golias e que se tornou um marco na sua vida como ungido de Deus, porém o próprio Davi tinha confiança nessa vitória, pois como ele mesmo conta em 1Sm 17.34-36: “... Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e vinha um leão ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho, e eu saía após ele, e o feria, e a livrava da sua boca; e, levantando-se ele contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria, e o matava. Assim, feria o teu servo o leão como o urso...”.
O que não entendemos muitas vezes é que Deus vai nos provar até que nos tornemos suficientemente preparados para determinada obra. Em 2Tm 2.20-21 o apóstolo diz que “... numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata, há também de madeira e de barro. Alguns para honra, outros, porém, para desonra. Assim se alguém a si mesmo se purificar... será utensílio para honra... estando preparado para toda boa obra”. Em Rm 9.21 o apóstolo também diz que “... não tem o oleiro direito sobre a massa para do mesmo barro fazer um vaso de honra e outro para desonra.” O problema é que o Oleiro, para transformar alguém em vasos de honra precisa quebrá-lo para retirar dele as impurezas contidas no barro e refazê-lo para que esteja pronto para ser cozido no fogo sem quebrar, ou seja, o Senhor precisa constantemente quebrar-nos para retirar de nós as coisas que não o agrada e que futuramente seriam determinantes para o nosso fracasso. Só assim poderemos suportar o fogo da provação.
Líder Cristão é o tipo de líder que se espelha em Cristo e em seus ministros procurando um padrão de conduta para exercer o ministério. É o líder que procura ganhar a confiança de seus liderandos atendendo aos requisitos bíblicos sem desmerecer sua responsabilidade, sabendo aproveitar a capacidade dos outros e acima de tudo se entrega com amor ao seu ministério. O líder cristão não segue os padrões e estilos de liderança do mundo. São humildes, mas não enfraquecidos; dependentes de Deus, mas não sem iniciativa; ousados, mas em moderação; confiantes, sem perder a perspectiva; se precaver de seus liderados, mas sem perder a confiança neles; enfim, não se baseia em suas experiências de liderança, mas tem a direção do Senhor.
Como no caso de Abrão (Gn 22.1-19), a nação de Israel, a Igreja (1Pe 4.12-19) e tantos outros exemplos, o próprio Deus criou situações para que seu servo fosse provado e a partir daí aprovado por ele. Nesse caso o que temos que fazer é exercitar nossa fé e confiar que aquele que criou tal situação tem um propósito bom para nós através da provação.
Algumas pessoas acreditam que não devem planejar nada para o futuro por causa de interpretações errôneas de alguns versículos como Tg 4.13-14, porém o que a Bíblia condena é a presunção de contar com a própria força para traçar seus caminhos sem considerar o propósito de Deus; ao contrário disso o Senhor Jesus nos exorta a planejar nossos passos (Lc 14.28-32), pois assim poderemos compreender melhor a vontade do Senhor; como pôr em prática essa vontade, e ter fé quando as provações chegarem.
Em princípio devemos procurar na Bíblia os quesitos básicos para se escolher um bom líder. Para isso podemos recorrer primeiramente às chamadas epístolas pastorais, que são as que foram escritas pelo apóstolo Paulo a Timóteo e a Tito, seus colaboradores. São estes os principais:
• Qualificações sociais
Modesto; hospitaleiro; ter bom testemunho.
• Qualificações morais
Ser irrepreensível; esposo de uma só mulher; temperante; não dado ao vinho.
• Qualificações pessoais
Hospitaleiro; não cobiçoso; apto a ensinar; não violento; cordial; não avarento; não arrogante.
• Qualificações de maturidade
Bom pai e marido; não pode ser novo convertido; sóbrio apto a ensinar e a exortar.
O papel de líder surge em dois planos. Um é o que, naturalmente, foi designado ao líder ou obreiro. O outro é o que surge, espontaneamente, entre os membros do grupo. Neste caso, a liderança adquire cores muito diferenciadas, desde os líderes construtivos que exercem o importante papel de integradores e que ajudam na unidade do grupo, até os líderes negativos, nos quais prevalece uma excessiva necessidade de mandar e controlar as pessoas.