Resumo de MISSIOLOGIA
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CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA MISSIOLOGIA
Após a queda do homem, Deus toma a iniciativa de ajudar o homem. Tendo infringido a ordem divina que proibia o homem de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Apesar da gravidade desse ato de desobediência, Deus se inclinou por ajudá-lo, prometendo um Redentor vindouro (Gn 3.15). A humanização de Jesus se constitui num grande milagre na Bíblia, Jesus, o verdadeiro e eterno Deus (1Jo 5.20).
“Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.7). Era o verbo eterno assumindo carne humana (Jo 1.14; 1Tm 3.16). Este milagre foi possível devido à ação soberana do Espírito Santo no ventre de Maria (Lc 3.15). “Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei” (Gl 4.4,5).
Apesar da salvação ganha por Jesus ser de alcance universal, a maior parte do mundo, ainda não conhece o benefício do qual tem direito de gozar.
Lembremo-nos de que a mesma Bíblia que diz que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), também diz: “IDE por todo o MUNDO, pregai o evangelho a toda a criatura”(Mc 16.15).
A ordem missionária foi dada a Igreja hodierna. A Igreja de hoje está ligada à Igreja primitiva, não apenas por suas raízes históricas. Esta se identifica com aquela na responsabilidade de evangelizar os povos em todas as nações. Por isto, os seus membros devem ser treinados para serem testemunhas de Jesus até aos confins da terra (At 1.8).
A primeira palavra da ordem missionária de Jesus é “ide”. Esta palavra é um verbo no modo imperativo, exigindo uma ação decisiva. Apesar disto, muitas vezes o trabalho de evangelização não vai além de projetos e de planejamento.
“Batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Como se vê, o batismo em água fazia parte da ordem missionária de Jesus. Os salvos devem, pelo batismo, unir-se à Igreja. Os apóstolos praticavam esta ordem. Deste modo “foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” (At 2.41-47).
“Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”. A palavra “ensinando” aqui usada vem da palavra grega “didasko” e significa dar instrução. Ensinar aos crentes é uma ordem de Jesus.
Quanto à abrangência da ordem missionária, Jesus disse: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15). Conforme Lucas, Ele também disse que eles pregassem a todas as nações, começando por Jerusalém (Lc 24.47; At 1.8)
Para Deus o mais importante é que todos os homens venham ao conhecimento da verdade (1Tm 2.4), estejam eles perto ou longe. Se cada crente hoje obedecesse à ordem missionária de Jesus, e se cada Igreja estivesse disposta a ouvir Deus falar e a obedecer-lhe (Mt 13.1-4), enviando aqueles que Deus chamou para anunciar a sua Palavra, então o mundo inteiro receberia a Palavra salvadora.
Quando Jesus deu a ordem missionária Ele terminou dizendo: Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28.20). Portanto a ordem missionária continuaria até à consumação dos séculos. Por isso a ordem missionária tem hoje a mesma atualidade e vigência como no dia em que Jesus subiu ao céu.
Jesus deu a ordem missionária para que todos os homens conheçam o seu convite à salvação (1Tm 2.4). Fica, portanto, bem claro que enquanto existirem pessoas ou nações que ainda não ouviram o evangelho da graça, esta ordem continua a ter vital importância.
A Bíblia diz: “Uma geração vai, e outra geração vem” (Ec 1.4). Está assim bem claro que ainda que a geração que foi tenha sido evangelizada, a outra geração que vem também precisará do evangelho. A obra missionária significa o privilégio de levar, da parte de Cristo, a mensagem de reconciliação com Deus aos povos que vivem além das nossas fronteiras. Jesus entregou esta incumbência à sua Igreja confiando que ela prontamente atenderia a sua orientação.
Pode-se bem dizer que a expressão bíblica “Livra os que estão destinados à morte” (Pv 24.11), descreve de modo expressivo o significado da obra missionária. Os homens no mundo estão debaixo do juízo de Deus por causa dos seus pecados (Rm 3.9,19; Gl 3.10).
Eles estão a caminho da condenação eterna. Jesus porém, pela sua morte vicária na cruz, abriu a porta do perdão e da anistia, para toda a humanidade (Tt 2.11,12).
Por isso, para os que aceitarem aquilo que Jesus fez por eles, não há mais nenhuma condenação (Rm 8.1; Jo 5.24). É, portanto, indispensável que todos os povos venham a conhecer a possibilidade que têm de alcançar por meio de Jesus, a anistia geral de todos os seus pecados.
A Bíblia diz que somos “despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10), e “despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1). Ele deu à sua Igreja a incumbência de ministrar aquilo que Deus, pelo evangelho, oferece aos Povos.
Depois de ter fundado várias Igrejas e visitado outras, Paulo regressou à Jerusalém onde foi tratar de assuntos referentes à obra do Senhor. Pretendendo partir para uma segunda viagem missionária, era seu propósito visitar as Igrejas já fundadas e levar palavras de estímulo e confiança aos crentes.
Nos Atos lemos como nos rastros da Igreja missionária levantaram-se muitas Igrejas. Na Ásia Menor lemos a respeito das Igrejas em Éfeso, Colossos, Filadélfia, Esmirna, Sardes, etc. Na Europa lemos sobre Tessalônica, Filipos, Corinto etc. Mas temos exemplos muito mais próximos de nós. No Brasil o trabalho foi iniciado pela obra missionária. E o trabalho missionário, realizado pelas Igrejas brasileiras, tem o prazer de ver como várias Igrejas poderosas foram levantadas.
Os três “canais principais” da ação missionária são:
-O envio de missionários ao campo;
-A intercessão com cooperação eficiente; e
-A contribuição para o suporte material da obra.
A Evangelização de todos os seres humanos é a grande prioridade, finalidade e a mais sublime tarefa confiada pelo Senhor à sua Igreja. A ordem imperativa de Jesus. “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15), deve ser obedecida na íntegra, pois o desafio atual das almas ainda não alcançadas pelo Evangelho de Jesus é muito grande, ou seja, cerca de 46% da população mundial, 2,6 bilhões de habitantes, ainda não ouviram a palavra de Deus uma única vez na vida, conforme demonstram as estatísticas atuais.
Cito, abaixo, algumas das qualificações para que ele possa alcançar êxito no desempenho desta tarefa. Vejamos:
Espirituais; Ser nascido de novo - Jo 3.3,5; Lc 22.32; 1Tm 3.7; Profundo amor e comunhão com Deus - At 5.41; 21.13- 22.15; 2Co 5.11,14; 1Jo 1.1,3;Vocação missionária - At 20.23,24; 21.13; 1Cr 9.16-1 8; Plena convicção da sua chamada - Gl 1.15; 2Tm 1.1; Conduta irrepreensível – 2Tm 2.15; Rm 2.22; 1Co 9.27; Ardente amor pelas almas perdidas e preocupação em ganhá-las - 1Co 9. 1 9-22; Conhecimento da Palavra de Deus - At 8.35; 6.10; 18.28; 2Tm 2.1; Cheio do Espírito Santo e de fé - At 4.8,31; 6.3,8; 7.55; 2Co 10.4-6; Liderança eficaz para dirigir, motivar, planejar e distribuir responsabilidades a seu grupo de trabalho Jz. 7.1-21; Domínio próprio - Pv 16.32; 25.28; Gl 5.22; Imaginação, criatividade e iniciativa; Humilde, serviçal e hospitaleiro - At 20.1 9; Lc 9.48; 1Tm 3.2; Vida devocional diária - Mt 26.41; Lc 18. 1; At 10.9, 10; Maturidade espiritual e emocional; Sensibilidade às necessidades, sofrimentos e temores do ser humano - Mt 9.36; Capacidade de discipular - Mt 28.19; 2Tm 2.2; Relacionamento e ética humana - Rm 12.18; Curso Teológico; e boa saúde física, emocional e mental.
As Igrejas locais constituem as principais pedras de construção do Reino de Deus, sobre a terra. Nas Igrejas locais a dinâmica do poder espiritual se move eficazmente. São nelas onde o Espírito Santo reparte os dons aos crentes, de modo que a unidade completa pode funcionar como representante do amor e do poder de Deus no lugar que foi fundada.
Tratando-se de Igrejas fundadas por um ministério intercultural, necessitamos usar princípios autóctones, desde o começo da fundação. É muito mais fácil iniciar uma Igreja em forma apropriada, que transformá-la em uma Igreja autóctone depois que já está estabelecida.
AUTÓCTONAS: Quer dizer original de um país, ou um lugar em particular, “nativo, aborígene, indígenas”. Quando se comunica bem a mensagem do evangelho, em qualquer cultura há a possibilidade de arraigá-la no coração das pessoas, muda- se a forma de ver a Deus, as outras pessoas, e o mundo de forma geral. Para fazer com que o evangelho seja autóctone de qualquer cultura, é necessário que haja Igrejas autóctones..Igrejas autóctones são aquelas cujos membros praticam as verdades espirituais, sociais e morais do Cristianismo Bíblico segundo as pautas culturais da sua própria sociedade, e percebem como o evangelho vai transformando suas vidas como resposta às suas necessidades, atendidas por Deus mediante a direção do Espírito Santo e da palavra ensinada.
O comportamento dos seus membros, não parece estranho ao povo da sua comunidade, a conduta social e moral dos crentes se ajusta às normas gerais da sociedade, porém exibem normas mais elevadas conforme as da Santa Palavra de Deus.
O Missionário deve estar preparado para permitir que a nova Igreja, seja parte da Organização Nacional, evitando que seja chamada ou identificada como uma Igreja Estrangeira !
Porque fazer missões?
-Para expansão do Reino: “A Igreja que representa o Reino de Deus na terra, é comparada a Rede - Mt 13-47; Grão de mostarda - Mt 13-31.32; Fermento - Mt 13.33; Semente - Mt 13-4.8.
-Para que o mundo saiba das boas novas (Mt 24-14): Os despenseiros das boas novas estão na Igreja; 1Co 4-1.2.
-Para testemunho a todas as gentes (Mc 16.15 1 At 1.8 4): Preparação da chegada do “fim”.
“Quem realiza a obra do ministério não são os ministros, mas os membros da Igreja, segundo escreveu Paulo em Ef 4.11.13. Eles são treinados e aperfeiçoados para a obra do ministério. É a Igreja que evangeliza, prega e ora pelos doentes..Podemos ser uma Igreja evangelística se realizarmos nossas estratégias. Infelizmente estamos discutindo o ontem, enquanto o amanhã se apresenta para nós hoje. Os métodos mudam, mas a mensagem permanece. Precisamos dispor de métodos adequados à realidade atual.
Ao determinar a grande comissão em (Mc 16.15) entre os anos 32 a 33 AD a população mundial era de aproximadamente 175.000.000 de habitantes; mais de 2000 anos depois somos mais de 6 bilhões de pessoas.
Este crescimento populacional não é correspondido com o crescimento do evangelho no mundo. Vejamos alguns dados:
Somente a unção do Espírito Santo, derramada no coração da liderança das Igrejas Nacionais, pode minorar este quadro desolador. Esta responsabilidade é de cada um de nós também. Está escrito: ... Até aos confins da terra (At 1.8).
Há urgência da Igreja de Jesus Cristo tomar uma posição ativa na evangelização. A Igreja em Antioquia, colocou todo o seu potencial à serviço das missões, dali o apóstolo Paulo partiu para suas três viagens missionários, daqui foram fundadas todas as Igrejas da Ásia Menor. O apóstolo Paulo diz: “Mais em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da Graça de Deus” (At 20,24).
Está escrito no Sl 96.3 “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos povos as suas maravilhas”. Metade da população terrestre não têm chance de ouvir as boas novas do Evangelho. Esta responsabilidade não foi dada aos anjos, mas aos homens mais precisamente a sua Igreja (Mt 28-18-20).
Esta é a visão panorâmica de um mundo que vive sem Deus, sem paz e sem salvação, a espera da esperança libertadora e salvadora do Evangelho de Cristo Jesus. Não podemos nos conformar, nem encarar tal fato de maneira natural, este fato é inquietante, para os que amam a Cristo Jesus e querem ver cumprido o escrito em Ap 7.9:
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão a qual ninguém podia contar, de todas as nações e tribos, e povos, e línguas que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos”.