Resumo de O PECADO ORIGINAL
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA PECADO ORIGINAL.
A doutrina do Pecado Original tem sido uma das doutrinas mais fundamentais e importantes das Escrituras, pois é o alicerce de muitas outras! As Escrituras não deixam espaço algum para alguém negar essa doutrina grande que é muito importante, pois uma das primeiras revelações é com relação ao pecado original, e todas as Escrituras presumem a verdade desse conceito.
Todo homem que não é cristão está hoje sob esta maldição e pena do pecado. Não precisamos a prova Bíblica para afirmar que o homem é um ser depravado. A história da raça comprova isso!
Nossa experiência comprova isso. Não há homem algum no mundo que não saiba que as inclinações do homem natural são para o mal. É uma luta andar em direção contrária. A tendência natural é para com aquilo que é mau. Isso se aplica a toda a raça humana, em todas as partes do mundo. Nos confins da terra!
O livro de Gênesis é, como indica seu título, um livro de “começos”, e apresenta no terceiro capítulo o início do pecado na raça humana; aqui encontramos o “pecado original”, e o grande caos que o primeiro pecado do homem operou. Ao considerar os ensinos de Gênesis 3, percebemos várias coisas apresentadas que mostram que o homem de fato caiu no Éden e que ele assim se tornou uma criatura totalmente depravada. Portanto, ele possui uma natureza pecaminosa por causa de seu pecado original, e essa condição foi transmitida a todos os descendentes de Adão, que estavam nele, em sua semente, no momento de seu pecado, e tiveram parte nesse pecado com ele.
Podemos observar em Gênesis:
-HÁ IMPOSIÇÃO DE RESTRIÇÕES: É evidente que deve ter havido algum tipo de imposição legal em Adão desde o começo, pois não teria sido possível que ele pecasse de outra forma. “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
A própria certeza da pena pela violação dessa lei não deixava espaço algum para Adão alegar que não a conhecia, e nem podem os homens de hoje alegar que ignoram a responsabilidade deles diante de Deus, pois embora a ignorância suavize o grau de culpa, não afeta o fato dessa culpa.
Temos de compreender que Deus é soberano, e Ele tem o direito de impor qualquer restrição que bem entender sobre Sua criação. Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos (Salmo 135:6). Ao mesmo tempo, temos de entender que todas as restrições que Deus coloca sobre o homem são para o seu bem maior, pois “Porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na retidão” (Salmo 84:11). Por que, então, o homem transgrediu esse mandamento claro do Senhor e comeu desse fruto proibido?
-HOUVE INCITAMENTO À REBELIÃO: Satanás, usando a serpente como instrumento, foi o agente nessa tentação: “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gênesis 3:1).
Que Satanás foi a força incitadora nessa tentação é inquestionável, pois uma referência em Apocalipse 12:9 o menciona como “o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás”. Essa astúcia da serpente é citada em outras passagens também: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia…” (2 Coríntios 11:3). “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Efésios 6:11).
Tanto “astúcia” quanto “ciladas” indicam uma sabedoria que se usa para o mal, e esse sentido descreve com precisão o diabo, pois em sua criação ele foi uma das criaturas mais sábias, mas perverteu sua sabedoria para finalidades malignas com seu orgulho e ambição: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ezequiel 28:17).
-A REVOLTA INDUZIDA. O diabo de fato o incitou a pecar, mas foi uma transgressão voluntária do homem, pela qual apenas ele tem de dar contas no tribunal final diante de Deus. Ele não foi enganado. Ele sabia o que Deus havia dito e que o que o diabo sugeriu para Eva era o que Deus não tinha dito. Ele cria que se ele comesse desse fruto significava morte. Ele nunca duvidou da palavra de Deus. Mas ele, deliberadamente, comeu desse fruto porque a mulher assim o pediu.
O pecado de Adão foi maior do que o de Eva. A morte que reinou sobre este mundo não veio porque ela pecou. Veio porque Adão pecou. A raça humana não caiu em Eva. Eles se recuperaram em Eva mediante o Salvador que é semente dela, mas não do homem.
Caímos em Adão!
Logo que Eva comeu esse fruto, ela se colocou sob a maldição da morte espiritual, e Adão não podia aguentar ficar separado dela, então ele escolheu de modo semelhante comer do fruto proibido e morrer com ela; ele preferiu sua esposa a seu Deus!
-OS RESULTADOS INCORRIDOS: Adão pecou, não como indivíduo, mas como o cabeça natural da raça humana, pois toda a humanidade estava nele como semente no momento de sua revolta contra Deus, e consequentemente, aos olhos de Deus, todos eles tiveram parte em sua transgressão. O primeiro e maior resultado do pecado do homem foi a morte que havia sido ameaçada desde o início por comer do fruto da árvore proibida. No entanto, isso não foi principalmente morte física, embora seja evidente que a morte física é consequência desse pecado.
Que a morte física não era a ideia imediata expressa pela palavra morte na pena da lei é ainda mais evidente a partir de várias considerações. Se esse foi o sentido, nossos pais que pecaram tinham realmente de retornar ao pó no dia da transgressão.
A lei era: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Mas Cristo foi colocado debaixo da lei, “para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hebreus 2:14-15).
Ele “aboliu a morte” (2 Timóteo 1:10); e assegura à enlutada Marta: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” (João 11:25-26).
Ao comer do fruto da árvore proibida, Adão imediatamente se tornou uma criatura pecadora e caída, que estava debaixo da ira de Deus, e isso parece ser o que quer dizer principalmente a palavra “morte” em Gênesis 3.
É verdade que Adão e Eva, ao comerem do fruto proibido, se tornaram imediatamente mortais; isto é, criaturas que morrem, e é também certo que eles foram julgados espiritualmente mortos até que nascessem de novo pela fé no prometido Redentor.
Numerosas outras calamidades resultaram do pecado do homem, e essas encontram-se enumeradas em Gênesis 3:
- Deus multiplicou a dor e a concepção da mulher de modo que ela daí em diante concebesse mais frequentemente (Gênesis 3:16), e essa parte da maldição evidentemente envolvia, para a mulher sofrimento, conforme sugere a palavra “dor”.
-Maldição também sobre o homem, pois a maioria dos homens sofre mentalmente quando vê a esposa sofrendo fisicamente.
-A mulher foi subordinada ao homem de um jeito e grau diferente do que era inerente na criação (1 Timóteo 2:12 13; 1 Coríntios 11:8 9). Não se sabe exatamente o que se quer dizer com “o teu desejo será para o teu marido” (Gênesis 3:16).
A própria terra estava amaldiçoada, de modo que, dali em diante, já não tinha disposição de dar seu fruto, e esse fruto só viria em resposta aos cansativos trabalhos do homem na lavoura. “maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gênesis 3:17).
-A queda do homem trouxe como consequência a dor. Dor para a mulher em sua esfera de vida (Gênesis 3:16), e dor para o homem em sua esfera de vida (Gênesis 3:17). Antes de pecarem, nem Adão nem Eva tinham em momento algum chorado, nem tinham seus corações sofrido de tristeza e pesar, mas depois de pecarem, essa condição se tornaria uma experiência de vida permanente com breves pausas ocasionais. Doença, pecado, morte, desapontamento, privação e muitas outras coisas tornam essa vida atual uma vida de muita tristeza no coração.
-Como consequência da maldição sobre o solo, haveria o perigo constante de frustração na tentativa do homem de arrancar da terra indisposta seu meio de sustento de vida. “Espinhos, e cardos também, te produzirá” (Gênesis 3:18a). Sem dúvida essa maldição não estava restrita só à ocupação da lavoura, mas tem aplicação a todas as ocupações. Contudo, em nenhuma outra ocupação essa maldição é mais evidente do que na lavoura, pois todas as boas colheitas têm de receber todo o cuidado a fim de que produzam, enquanto há a batalha constante contra todos os tipos de ervas daninhas, que sempre estão florescendo e se reproduzindo de forma extraordinária, sufocando as plantas boas.
-O trabalho do homem seria cansativo e desagradável a sua existência terrena inteira (Gênesis 3:19): “Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás”. Nunca foi a intenção de Deus que o homem ficasse ocioso, e por esse motivo até mesmo antes da queda, o homem tinha a tarefa de cultivar o jardim (Gênesis 2:15), e mesmo depois que a terra tiver sido redimida e purificada de todas devastações de pecado, o homem estará ainda ocupado, servindo a Deus (Apocalipse 22:3); mas isso é uma disparidade desapontante do trabalho cansativo que é o destino da humanidade caída por causa da maldição.
-A morte física foi consequência da maldição, pois está escrito: “…até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gênesis 3:19). A morte é a consequência natural do pecado, e o segue certamente, exatamente como escreve Tiago: “Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1:15). A morte física não é a pior parte da maldição, mas é um lembrete muitíssimo claro e constante ao homem de sua condição caída.
-A INTERVENÇÃO DA REDENÇÃO: Por seu pecado o homem mereceu a morte eterna, mas Deus em Sua graça e misericórdia planejou a redenção; isso e mais, Ele a supriu antes da fundação do mundo. A queda do homem não pegou Deus de surpresa, pois a provisão da redenção do homem foi feita antes que o homem chegasse a existir, e assim antes que surgisse a necessidade. Assim está escrito que Cristo é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8). Não só isso, mas também está escrito que “…nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:4).
A provisão de Deus envolvendo redenção antedata a existência do homem, e também a sua necessidade, mas foi proclamada imediatamente quando surgiu a necessidade, pois a primeira promessa acerca do Redentor que viria se registra em Gênesis 3:15: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
Mas não só houve a proclamação de uma provisão de redenção, mas também houve a provisão de um lugar de adoração em que Deus se encontraria com o homem e aceitaria sua oferta:
“E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gênesis 3:24).
Os querubins simbolizam a presença de Deus, e o lugar em que Ele se encontraria com o homem, conforme está escrito: “E ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do testemunho” (Êxodo 25:22).
A redenção não é pela graça, pois foi Cristo quem a realizou, ao pagar o preço total pelo resgate do homem da maldição da lei.
A redenção é a grande realização de Cristo para resgatar o homem da queda, enquanto a salvação é o grande resultado disso que se dá ao homem caído gratuitamente.
Assim, o homem não tem nenhuma necessidade de tentar fazer uma redenção para si pelas seguintes razões:
-É impossível para ele em sua condição caída e depravada fazer qualquer coisa que seria aceitável a Deus.
-Cristo já realizou tudo o que era necessário para a redenção do homem.
-A tentativa de realizar uma redenção para si é negar ou a eficácia ou a disponibilidade da redenção de Cristo, e assim apresentar uma afronta ao Pai também.
Soluciona-se isso de forma bem simples:
O homem tem de ou gratamente aceitar a redenção que se fez, ou ficar sem redenção e entrar na eternidade sem Cristo.
Não há qualquer outra alternativa!
As Escrituras apresentam as coisas seguintes acerca da redenção:
-A Redenção Proposta.
-A Redenção Prefigurada (nos sacrifícios do Antigo Testamento).
-A Redenção Comprada.
-A Redenção Pregada.
-A Redenção Aperfeiçoada (completada no Arrebatamento).
A Redenção Louvada (a canção dos santos na eternidade).
O pecado original do homem foi um pecado de toda a humanidade, e atirou a raça humana inteira a um estado de caos do qual só havia recuperação mediante a sabedoria e operação de Deus, mas a verdade bendita é que o homem ganha mais com a redenção que está em Cristo Jesus, do que ele perdeu com sua queda em Adão.
Contudo, isso ele ganha não por suas próprias obras ou esforços, mas exclusivamente pelo favor imerecido e imerecível de Deus!