Exegese Bíblica

É uma análise, interpretação ou explicação detalhada e cuidadosa de uma obra, um texto, uma palavra ou expressão.
É também definida como comentário para esclarecimento ou interpretação detalhada de texto, enquanto a hermenêutica é a ciência da interpretação a exegese é a aplicação dessa ciência à Palavra de Deus.
Exegese termo grego, narração, guiar, dirigir, governar, descrição ou apresentação. É a exegese a extração dos pensamentos que assistem ao escritor sagrado quando este redige determinada porção da Escritura, devem ser entendidas e aplicadas corretamente para se descobrir o sentido exato de determinada passagem bíblica.
Durante o período do Exílio, os Israelitas provavelmente perderam a compreensão do hebraíco. Estes e seus ajudantes traduziam o texto hebraico e liam em voz alta em Aramaico, acrescentando explicações para esclarecer o significado.
A exegese patrística é fortemente marcada por três escolas; Alexandria foi um importante local de aprendizado onde a religião judaica e a filosofia grega se encontraram e exerceram influência uma sobre a outra. A escola de Antioquia, Teodoro de Mopsuéstia e João Crisóstomo, estes dois homens diferiram grandemente em cada aspecto visões preferencialmente liberais a respeito da bíblia, infalível, dogmática, espiritual e prática.
Escola Ocidental, o valor normativo foi atribuído ao ensino da igreja no campo da exegese, este tipo de exegese foi representado por Hilário e Ambrósio, mas especialmente por Jerônimo e Agostinho.
Durante a idade média muitos, até mesmo do clero, viviam em profunda ignorância quanto a bíblia, neste sentido o livro era cheio de mistério e entendido de forma mística, havia o sentido quádruplo para a escritura, literal, tropologia alegórico e analógico.
As histórias bíblicas da interpretação entre o sobrenatural e o natural eram vistos como mitos, não no sentido dos mitos pagãos, mas no sentido de que não ensinam história literal; Os mitos bíblicos como a criação a queda e a ressurreição visam a apresentar verdades teológicas na forma de incidentes históricos.
Quando alguém lê as palavras da escritura e reage com fé a presença divina, ocorre a revelação. A revelação não é considerada como algo ocorrido em um ponto histórico, o qual agora nos é transmitido nos textos bíblicos, mas uma experiência presente que deve fazer-se acompanhar de uma reação existencial e pessoal.
Outro instrumento de trabalho do intérprete bíblico é a exegese histórica; Aqui o autor deve ser interpretado de acordo com o seu contexto histórico. Devemos aplicar ao texto os conhecimentos da época do autor fornecido pela arqueologia, geografia, cronologia e história geral.
A palavra de Deus teve sua origem de forma histórica e tem de ser entendida à luz da história, não significando que tudo o que ela tem possa ser historicamente explicado como revelação sobrenatural de Deus, ela naturalmente abriga elementos que transcendem os limites históricos. Consiste daqueles ensinamentos da bíblia que são clara e positivamente expressos e amparados por tantas passagens que não pode haver dúvida quanto ao seu significado e valor. Tais verdades são as de existência de Deus de perfeição infinita, Santo e Justo, mas também, misericórdia e gracioso, do governo providencial de Deus e seu propósito benefício para com o pecador, da graça redentora, revelada em Jesus Cristo, de uma vida futura e retribuição.
Na exegese temos de evitar um dispensacionalismo com demasiada rigidez que ignore a unidade da revelação divina e ao mesmo tempo compreender que, de fato Deus opera por tempos e estações e que os evangelhos indicam a importância transição do regime preparatório à idade do cumprimento em Cristo, o Prometido, A cruz se erigiu na consumação dos séculos.
O Evangelho de Mateus, na forma como nos foi transmitido no Novo Testamento é o texto completo e acabado de um autor .
Nem os manuscritos e nem observações no conteúdo permitem dúvidas quanto a sua unidade.
Atenção entre o particularismo e a universidade nos ensina que este Evangelho é escrito por uma testemunha de Jesus Cristo, que sabe que o Senhor dedicou a sua vida aqui na terra aos judeus, mas que os discípulos têm a tarefa de levar o evangelho a todas as pessoas. O seu testemunho agiu principalmente sobre a ala helenística dos cristãos de origem judaica.
Mateus tem o seu objetivo de mostrar e demonstrar aos seus patrícios que Jesus era o Messias de Israel, eles tinham consciência que o reino de Deus também era para os gentios.