Resumo de PANORAMA BIBLICO
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA PANORAMA BÍBLICO
Entre o homem moderno e os escritos bíblicos existem diversos abismos: culturais, geográficos, sociais, tecnológicos, religiosos, econômicos, etc.
-Casas e telhados: Nos tempos bíblicos as casas eram constituídas de somente um cômodo. No telhado da casa muitas atividades eram feitas, por exemplo: reuniões de família, atividades sociais e em noites mais quentes a família toda dormia no telhado. Como as diferenças sociais eram poucas em meio a sociedade judaica, então as moradias não mudavam muito, eram quase todas iguais.
-Encanamentos: As técnicas de encanamento são tão antigas quanto a fundação das primeiras cidades, mas, foi só na época de Jesus que estavam tomando providências para se instalar vasos sanitários.
-Iluminação: Nos tempos bíblicos, além das casas hebraicas serem pequenas, eram também escuras, pois, a janelas eram poucas, pequenas e localizadas no alto das paredes. Os modos que haviam de iluminar a casa eram geralmente à luz do fogão, lampiões ou lamparinas; naquela época não havia as velas, portanto quando na Bíblia se lê a palavra castiçal é um erro de tradução, o que havia aparecido com castiçal era o menorá, um candelabro de ouro que tinha pavios mergulhados em azeite de oliva.
O que era chamado lâmpada naquele tempo eram tigelas de azeite com uma depressão na borda onde se colocava o pavio que geralmente era de linho ou algodão. As lâmpadas mais simples eram feitas de barro e outras mais sofisticadas de bronze ou outro metal, as lâmpadas podiam ser adornadas com desenhos ou mesmo terem formatos de animais, os judeus não gostavam de lâmpadas com formatos, pois, abominava a idolatria.
-As mobílias: Como o a maioria das casas eram pequenas e só possuíam um cômodo também não tinham muitas mobílias, o que só iria atrapalhar o pouco espaço. As refeições eram feitas em cima de uma pele ou esteira que se estendia no chão, as mesas e cadeiras eram coisas de pessoas ricas, nem sequer uma banqueta era utilizada entre os hebreus.
Uma mobília que era comum era o baú onde se guardavam coisas de diversas naturezas e ficava no canto da casa, famílias mais ricas possuíam camas e armários, no Salmo 110:1 quando se lê "colocaria os teus inimigos por escabelo dos teus pés", poucos sabem que escabelo é um pequeno baú cuja tampa é forrada para servir de assento, era também usado para se colocar os pés em cima para descansa-los.
Os colchões eram também esteiras ou peles de animais, pela manhã eram enrolados e colocados nos cantos das paredes, mas também havia os estrados de madeira que na época eram coisas sofisticadas. Não havia cobertores, pois as pessoas dormiam com a mesma roupa que usava um dia todo, se estivessem um pouco mais frio colocavam uma túnica a mais.
Os travesseiros eram feitos de pelo de cabra com enchimento de lã ou penas. Havia também os tapetes, que era coisa de casas mais ricas, assim como divãs.
Os vasilhames eram tigelas ou jarras geralmente de barro colocadas em rentes prateleiras, onde guardava de tudo, desde substâncias medicinais, azeite, a água e outros; em casas mais ricas os vasilhames poderiam ser de materiais mais caros tais como cobre, bronze, porcelana, e até decorados.
-Os alicerces: Geralmente o piso das casas era de cerâmica ou terra batida. Também era usado barro endurecido ou argamassa na construção do piso. Em casas mais ricas às vezes faziam-se pisos de pedra calcária que era mais fácil de limpar. O terreno onde era construída a casa era escolhido, pois, deveria ser firme (Mateus 7:24-27).
-As portas: Nas casas hebraicas que eram pequenas havia somente uma porta geralmente feita de madeira, não utilizavam dobradiças, eram presas em um caixa de pedras e se moviam facilmente, e apesar de serem pequenas e estreitas a sua soleira era sagrada e construída com muito cuidado, esta soleira era de pedra e durante a páscoa se passava sangue nela por causa da ocasião em que foram libertados do cativeiro egípcio.
Nas regiões rurais elas ficavam sempre abertas, mas na cidade aonde havia constantes perigos de furto possivelmente ela deveria permanecer fechada. Na ombreira da porta, ficava fixado o mezuzá, que era um tubo de metal ou uma caixinha que tinha um pergaminho contendo o texto de Deuteronômio 6:4-9, este trecho bíblico era chamado de Shema ou credo; o mezuzá é usado até hoje pelos judeus. O propósito do Mezuzá era identificar a fé dos moradores daquela casa, e proteger a casa também, quando se saía o entrava em casa era normal beijar os dedos e tocar no mezuzá. Havia fechaduras e chaves que eram imensas, as pessoas costumavam carregá-la penduradas no pescoço, também se trancava a porta com uma viga de madeira atravessada por dentro.
-As janelas: Como a região do oriente médio é bastante quente a janelas da casa tinham o único objetivo da ventilação, e não iluminação, portanto eram construídas no alto das paredes, a outra função da janela era de chaminé, portanto havia sempre uma acima e na direção do fogão, eles não utilizava vidraças embora já existissem. Apesar das casas serem escuras nestas janelas ainda utilizavam um gradeamento de madeira tipo uma persiana para controlar a entrada de luz, tais persianas eram fechadas em noites frias.
Haviam casas construídas sobre as muralhas da cidade, portanto suas janelas que eram altas em relação ao solo eram usadas também para fugas (2º Coríntios 11:33), o jovem Êutico que caiu do terceiro andar em (Atos 20:9) deve ter caído de uma destas janelas.
-Paredes: As paredes das casas hebraicas eram lisas e não podiam ter adornos, pois a lei mosaica proibia o uso de imagens, em algumas sinagogas as paredes eram decoradas com imagens que retratavam passagens da história. As paredes ou eram construídas com barro seco ou com tijolos, estes eram fabricados em buracos no chão onde era prensado barro úmido com palha seca, após os elementos misturados eram colocados para secar em formas de madeira, aonde o sol forte do oriente médio o secava rapidamente.
-Quintais: Os quintais eram a parte da casa que a família mais apreciava, o tamanho dele, o que possuía, e de que modo eram decorados variavam de acordo com a condição financeira da família, mas a maioria das casas tinham quintal pequeno.
Nos tempos bíblicos as casas não eram isoladas uma das outras a não ser que fosse em território agrícola, mas a grande maioria delas estavam agrupadas em povoados, sempre localizados próximos a nascentes ou rios, nos dias de Jesus Cristo havia aproximadamente 240 cidades somente na Galiléia.
Estes povoados eram bastante pequenos não tinham sinagogas nem tribunais, Belém e Emaús são exemplos dessas cidades, já Nazaré pelo seu tamanho nem era considerada nas listas oficiais tanto dos judeus como dos romanos. As cidades grandes eram geralmente cercadas com muralhas, Jerusalém é um exemplo de uma destas, estas muralhas tinham grandes portões, e o fluxo de pessoas durante o dia era muito intenso através dos mesmos, portanto boa parte do comércio da cidade localizava nestes portões, ali os mercadores montavam seus negócios e contratavam funcionários.
-Hospitalidade:
A hospitalidade era uma característica marcante do povo judeu, sempre que chegava uma visita a uma casa judaica esta deveria ser recebida com toda atenção os seus pés deveriam ser lavados coisa que geralmente é feito pela esposa do anfitrião, nas casas de pessoas mais ricas os escravos faziam isso.
-As barracas: Na época dos patriarcas era comum a vida em barracas, eram acampamentos fáceis de montar e desmontar, pois eles constantemente viajavam de uma região a outra em busca de boas pastagens para os gados de ovelhas, naqueles tempos até mesmo os homens que viviam nas tais tendas almejavam um dia habitar em residências fixas, morar em barracas não era algo desejável. Algumas passagens bíblicas usam as barracas com algum significado: 2º Pedro 1:13; 2º Coríntios 5:1-4.
Durante todo o período bíblico, de gênesis a apocalipse, a família sempre foi muito valorizada, isto foi tanto influência da lei mosaica quanto dos ensinamentos de Jesus, o cenário mais natural para o judeu era a família constituída pelo pai pela mãe e pelos filhos. O apóstolo Paulo ao descrever o relacionamento carinhoso que os crentes deveriam ter entre si usou a imagem da família em Gálatas 6:10.
Mas estas famílias também tinham seus problemas, assim como as atuais. Havia problemas de maus tratos, conflitos entre pai e filho em entre irmãos, também havia adultério, filhos não concordavam com a opinião dos pais, mas apesar destes problemas corriqueiros e relativos ao ser humano, a família sempre foi a instituição mais importante da Bíblia.
Nos tempos do Novo testamento a estrutura familiar já havia sofrido muitas alterações, os pais tinham dificuldades em manter intactas suas tradições, a Palestina já havia sofrido diversas mudanças culturais por causa dos gregos e agora com os romanos, tinham recebido forte influência externa, pais e filhos não concordavam sobre cosméticos, práticas esportivas, vestimentas, práticas religiosas e outras coisas, tínhamos uma sociedade modernista.
-O lar: A casa era sagrada para o judeu, era o seu pequeno reino mesmo que fosse pequena e simples, a santidade no lar era muito fácil de manter, pois todas as vestes eram descentes e as pessoas eram dedicadas umas às outras e a sociedade não era liberal, pelo menos entre judeus; já os gregos tinham como comum a prática de esportes nu dentro dos estádios, e as mulheres gregas e romanas eram mais audaciosas.
A igreja primitiva nasceu dentro dos lares, ás atividades inicialmente era feita dentro dos mesmos (Atos 2:46), Paulo, por exemplo: batizou na casa de Estéfanas (1ª Coríntios 1:16), mandou saudações para casa de Onesíforo (2ª Timóteo 4:19), etc. Os lares foram o início das congregações durante os primeiros séculos, e até hoje continuam sendo.
Certa vez Jesus usou a figura do dono da casa em Lucas 13:25 para falar sobre o reino dos céus.
-Roupas/Vestimentas/Vestes: As vestes já nos tempos do antigo testamento não eram sem graça, mas bonitas e bem elaboradas, desde os tempos de Moises até Jesus o traje hebreu era a túnica, que melhorou de qualidade e aspecto sensivelmente, pois sempre foram muito bonitos.
Haviam muitos pigmentos de tecidos, a túnica poderia ser toda pigmentada para receber decorações feitas com fios pigmentados de outras cores, como bordados; ou mesmo já ser feita com os fios pigmentados formando as decorações que não poderiam retratar homem ou animal algum por causa do perigo da idolatria.
Era importante que as vestes fossem confortáveis, pois as pessoas passavam o dia inteiro e dormiam a noite com a mesma túnica.
Nos tempos de Jesus, com a influência grega e romana nos costumes judaicos, a túnica poderia ter sofrido também influencias.
Quanto a origem do tecido haviam de dois tipos: animal e vegetal; os de origem animal eram por exemplos os feitos com lã de carneiro ou pelo de cabras ou camelos, ou de couro de camelo que era uma peça bastante grande. A seda já existia e era famosa e cobiçada, mas somente poderia ser adquirida por alguém muito rico, pois era caríssima, importada do extremo oriente. Os de origem vegetal eram o linho e algodão, mas este último somente chegou à Palestina após o cativeiro babilônico, portanto já era abundante nos tempos de Jesus.
As tinturas tinham origem animal, vegetal e mineral; eram extraídas de insetos tal como o carmim, ou de romãs tal como o rosa, o amarelo do açafrão, etc.
O tecido mais utilizado era o linho. As peças de roupas básicas do judeu consistiam em: bolsa de dinheiro, xale, calçados e calcados extras, túnica exterior, túnica ou veste interior, cinto, chapéus ou adornos para a cabeça, -A túnica exterior: Também era chamada de capa, era um tecido grande, quadrado ou retangular com uma abertura que seria a gola, e era usada também como agasalho para dormir a noite, aliás, você deve estar pensando porque se cobrir a noite em um lugar tão quente, mas no deserto as noites são muito frias, sabia? As túnicas eram listradas, tingidas com cores alegres e listradas, o tecido usado para faze-las poderia ser muito caro ou rústico, as melhores túnicas (ou capas) eram usadas para se ir ao templo ou as sinagogas. A capa era um motivo de orgulho, pois tinha grande valor, assim como hoje em dia mostramos nossa condição financeira pelo nosso automóvel, naqueles tempos a capa é que denotava a condição financeira de seu possuidor.
A túnica servia também para ser empenhada em troca de dinheiro, pois eram muito valorizadas, mas a lei obrigava que a túnica mesmo empenhada deveria ser devolvida ao anoitecer para o seu dono, pois ele a utilizava também como cobertor.
-A túnica interior ou interna: A veste interior não diferia muito da exterior, era geralmente uma túnica e feita dos mesmos materiais, talvez fosse menos decorada, pois não seria vista e maioria era feita de uma cor só, também deveram ser mais leves e confortáveis. Mas outras eram decoradas e bordadas. Em Lucas 3:11, João batista disse que se alguém tivesse duas capas deveria dar uma a quem não tem nenhuma, isto é abrir mão de alguns bens para beneficiar a outros.
A túnica de Jesus que foi tirada e dividida entre os soldados (João 19:23), deveria ser de boa qualidade, senão não teriam interesse nela, isto fez cumprir a profecia do salmo (Salmo 22.18).
-O cinto: Cinto ou cinta? Nas varias traduções encontramos as duas palavras, que são a mesma coisa. A cinta também com o tempo mudou de forma e se tornou mais bela e decorada, e também podiam ser trançadas ou bordadas. O material do qual era feito também podia ser pouco ou muito caro de acordo com o poder aquisitivo do comprador, podiam ser de seda ou terem até decorações com materiais preciosos como o ouro, assim como podiam ser de linho bruto.
Mas sua função sempre foi a mesma, que era prender as túnicas longas subindo-as um pouco para facilitar a caminhada ou a corrida, neste caso as pessoas ou subiam um pouco a túnica (ficando folgada do cinto para cima), ou pegavam a barra da túnica e enfiavam no cinto subindo uma das laterais e folgando o movimento das pernas.
-Chapéus e coberturas para a cabeça: A cobertura mais comum que os judeus usavam servia para proteger a cabeça e a nuca do forte sol do deserto, constituía-se num lenço quadrado e grande, dobrado em dois, de modo a formar um triangulo (como usamos os lenços atualmente), ele era colocado na cabeça com as três pontas para traz e caídas em cima da nuca, este lenço era fixado com uma corda amarrada no alto da cabeça.
Assim como em todas as outras peças de roupa este lenço poderia ser simples ou de nobre confecção, liso ou decorado.
Jesus provavelmente usava um destes além de um xale que era necessário para ir a sinagoga. Algumas mulheres judias usavam véu enrolado em torno da cabeça.
O turbante também era usado.
-Calçados: Existiam dois tipos de calçados, os sapatos e as sandálias.
-Cremes e óleos hidratantes: Israel é um país quente e seco e com pouco suprimento de água, portanto o perfume era geralmente usado no lugar do banho após o dia de trabalho intenso e cansativo. A maioria das pessoas passava dos desodorantes pelo corpo ao invés de tomar banho, mas também se perfumavam mesmo quando tomavam banho; o uso do perfume faz-se a parte dos costumes do povo israelita, Jesus quando esteve entre nós naquela época não fez nenhuma proibição quanto ao uso do perfume.
Os cremes também eram bastante usados e não só por mulheres, mas, também por homens para hidratar a pele, por causa do clima seco e quente a pele ficava geralmente ressecada e rachada; para hidratar a pele se usavam cremes e óleos especiais. Tanto homens quanto mulheres os usavam em abundância, eram bastante cuidadosos com relação à sua aparência.
-O incenso e a mirra: Era largamente utilizado na época de Jesus Cristo para se perfumar o ambiente das casas judaicas, muitas eram as fragrâncias. Eles queimavam incenso dentro de casa para afastar os insetos e perfumarem o ambiente.
Alguns homens e mulheres antes de saírem de casa sentavam-se ao lado do incensário para perfumarem-se com sua fumaça, mas antes passavam óleo na pele para absorverem melhor o perfume, assim pele, os cabelos e as roupas ficavam impregnados do aroma, algumas pessoas usavam saches debaixo das roupas para se perfumarem e, esse sache na maioria das vezes era feito com material do incenso.
O incenso e a mirra eram tão preciosos que as pessoas os consideravam ofertas dignas de serem dadas a Deus. O incenso entrava na composição dos perfumes do tabernáculo (Êxodo 30:34-38), também era usado na oferta de manjares (Levítico 2:15,16). O incenso e a mirra também são citados em várias passagens românticas do livro Cantares de Salomão.
-Os perfumes: Assim como os perfumes eram usados para adorar a Deus, eram usados também em situações indignas como em provérbios 7:17 onde a prostituta perfuma sua cama com mirra, aloés e cinamomo.
O corpo do senhor Jesus Cristo foi perfumado com mirra e aloés (João 19:39).
Na cidade de Betânia, Maria derrama sobre a cabeça de Jesus um frasco cheio bálsamo de nardo puro, um dos perfumes mais caros da época, fabricado a partir de uma flor rosada cultivada no norte da Índia. Ela pegou um pequeno frasco cheio deste bálsamo quebrou o gargalo dele e derramou sobre Jesus, ao ver isto Judas ficou transtornado, pois o valor daquele frasco equivalia a um ano de trabalho para um trabalhador comum.
O Aloés também eram perfumes extraídos de flores, é produzido a partir de uma planta da família do lírio, normalmente também era misturado com mirra.
-Os unguentos: Quando alguém recebia uma visita em casa era um costume da época que o dono da casa ungisse a cabeça do convidado com óleo, isto geralmente era feito em banquetes.
Para isto, colocavam na cabeça do visitante um pequeno cone feito com algum perfume, este cone era feito à base de óleo e em contato com o calor da cabeça e ele ia se derretendo e o perfume e a sendo espalhado pela cabeça do convidado e até pingava em suas roupas.
Apesar deste costume ser dispendioso, era uma tradição de muito valor por causa da importância da hospitalidade para o povo judaico, por isto até as famílias mais pobres tinham ungüentos muito valiosos guardados para momentos especiais. Eles eram guardados em vidros, caixas, garrafas ou sacos. O tipo mais comum era o feito com óleo de azeitona. As fórmulas para fabricação de estas substâncias eram passadas de pai para filho em caráter de segredo.
O incenso e a mirra são fabricados a partir da seiva de arbustos, o seu tronco é ferido com fendas das quais escorre seiva que é colhida em pequenos potes, esta seiva cristaliza-se após uns quatro meses, quando então é transformada em pó e vendida para aromatizar óleos, incensos, cremes, cosméticos, etc.
-Os cosméticos: Todos os tipos de cosméticos que temos hoje em dia já existiam na Antiguidade, e eram bastante apreciados tanto por gentios como por judeus. As mulheres pintavam as unhas das mãos e dos pés e usavam batom, também pós faciais, rouge, e maquiagem para os olhos.
Em 870 Ac, a rainha Jesabel já se maquiava de acordo com o estilo das mulheres fenícias, os profetas Jeremias e Ezequiel falam dos cosméticos de forma depreciativa (Jeremias 4:30; Ezequiel 23:40), mas Jesus nada observou sobre isto.
-As joias: As jóias eram bastante comuns também naquela época, as mulheres e homens judeus as usavam.
Grandes grampos eram feitos só para prender o cabelo, como em nossos dias. Os acabamentos de algumas das jóias eram feitos de forma delicada e detalhada, e também havia jóias caras e bem elaboradas e outra simples, algumas feitas de material precioso e outras não.
O brinco era muito apreciado, era usado tanto por homens quanto por mulheres, eles eram usados pelos judeus como objetos decorativos, mas por outras civilizações como espécie de amuletos. Os brincos no nariz também eram muito apreciados por mulheres de outras nações, os judeus não tinham este costume.
Os judeus e cristãos tinham restrições quanto ao uso de jóias, pois os pagãos lhe atribuíam poderes sobrenaturais a elas, o que na época caracterizava seu uso como uma prática pagã, por isto Paulo e Pedro condenavam o uso (1ª Timóteo 2:9; 1ª Pedro 3:3), e o comparavam a doutrina. Os egípcios usavam jóias bastante extravagantes como largos colares, mais os judeus gostavam de correntinhas, colares, anéis e pulseiras.
As jóias também eram usadas como sinal de riqueza, os anéis dos homens deveriam ser usados na mão esquerda, somente mulheres punham anéis da mão direita.
Os braceletes também eram bastante usados desde a época do rei Saul (2º Samuel 1:10). As mulheres judias tinham o costume de confeccionar um colar com dez moedas de dracma, que era usado na ocasião de seu casamento, talvez daí venha o significado da parábola da dracma perdida (Lucas 15:8). Os espelhos na época eram de metal polido ou de vidro, eram baratos, pois havia em abundância.
-Cabelo e barba: Jesus usava barba, embora isto não tem nenhuma importância teológica, pois se tratava de um costume de seu povo, na época de Jesus a barba raspada significava que o povo fora derrotado. Os sacerdotes não poderiam entrar no templo se a barba estivesse aparada.
Mas havia os judeus que sofrerama influência greco-romana, que usavam sua barba raspada.
Jesus cresceu em Nazaré, e de acordo com alguns documentos históricos o cabelo e a barba nesta região eram usados penteados divididos no meio, e os cabelos compridos até os ombros.
Desde a época do império grego já havia na palestina, pessoas com a profissão de cabeleireiro e massagista, alguns judeus não se acostuma com o esta idéia.
As mulheres usavam alguns penteados diferentes tais como coques no alto da cabeça, caixilhos, trancinhas ou uma trança única. As mulheres mais ricas prendiam o cabelo com redes de ouro. A bela mulher de cantar de cantares usava tranças no cabelo.
Apesar dos cabelos brancos serem bastante respeitados entre os judeus, alguns preferiam-nos tingidos, pois preferiam parecerem mais jovens do que as honrarias que são atribuídas aos anciãos; o rei Herodes pintava seus cabelos de preto.
Na época de Jesus Cristo havia vários cortes de cabelos masculinos, os gregos o usavam bem aparados, já os judeus os usavam compridos até os ombros ou muito comprido.
Existiam já também as perucas postiças feitas com pêlos de animais e até mesmo com cabelo natural.
Geralmente tanto gentio como judeu gostavam sempre de estar com o cabelo muito bem arranjado penteado e perfumado.
Jesus também não fez nenhuma proibição quanto a este assunto.
Cozinha/Alimentos: Nos tempos bíblicos as famílias tinham alimento em abundância, eles tinham hortas nos quintais, criavam galinhas, e gados, tinham árvores frutíferas, e sempre uma vinha. O que faltava era adquirido na maioria das vezes em permutas, com negociantes de outros tipos de mercadorias, tais como peixes e cereais. A alimentação de quem havia saído do judaísmo para o cristianismo sofria uma forte mudança, pois, ao passo que os judeus tinham muitas restrições para alimentarem-se os cristãos gozavam de uma ampla liberdade, principalmente após os escritos de Paulo. Para os judeus, comer e beber bem eram uma das alegrias da vida que devia ser muito cultivada, a maioria dos lideres religiosos deliciavam-se de bons alimentos em quantidade e qualidade.
Jesus apreciava bastante as refeições e os banquetes, e por isto era criticado por seus adversários (Mateus 11:19; Lucas 7:34).
-Peixes: Como naquela época não havia refrigeração os pescados deveriam ser consumidos frescos ou salgados, o processo de salgar era muito comum, havia muitas salgas. Alguns tipos de peixes eram consumidos somente por gentios, pois, os judeus pela lei de Moises somente poderiam comer peixes de escamas, então as raias, bagres e enguias eram consumidas somente por gentios. A pesca descrita pela Bíblia era feita tanto no mar da Galiléia quanto no rio Jordão.
A pesca era abundante e gerava divisas para o estado, pois havia uma porta de Jerusalém conhecida como a porta do peixe, e era por lá que os peixes entravam após serem comprados no porto, lá também ficava sempre um dos coletores de impostos do estado romano.
A forma mais comum de preparar o peixe era assa-lo sobre braseiro e isto é muito saudável, é o que conhecemos por churrasco.
O peixe mais comum do cardápio judaico era um pequeno parecido com uma sardinha, que se costumava comer com pães de centeio.
-Sal: O sal nos tempos bíblicos era usado por todos os povos de várias maneiras: Para salgar alimentos, conservando-os. As ofertas queimadas e de manjares deveriam ter sal (Levítico 2:13; Ezequiel 43:24). Para esfregar em recém nascidos como anti-séptico.
Embora outros povos tinham com isto uma intenção supersticiosa, que o sal representava alguma espécie de proteção espiritual. Inutilizar a terra semeando sal nela (Juízes 9:45), sabemos que se o sal for espalhado sobre a terra nada mais poderá nascer neste lugar. Isto era feito por exércitos inimigos para enfraquecer por longíssimo prazo a nação invadida, ao deixa-la saberiam que não se recuperaria e não representaria ameaça nunca mais. Era usada em alimentos em geral, e até amassa do pão tinha sal. O Judeu não tinha problemas em encontrar sal, muito pelo contrário tinham em abundancia no mar morto, e até exportavam. Jesus citou diversas vezes o sal em seus ensinamentos (Mateus 5:13; Marcos 9:50; Lucas 14:34, 35).
-Mel: O mel é um alimento usado pelos judeus desde os tempos mais antigos, os irmãos de José levaram mel ao Egito em Gênesis 43:11. Ele era ingerido como remédio, usado como adoçante, no confeito de doces, em bolos, etc. Calcula-se que deveria haver muito mel em Israel, pois em Êxodo 3:8 foi descrita como a terra que emana leite e mel, e não se sabe se havia apicultura naquela época em Israel ou se todo mel era selvagem. Os escritores de salmos e provérbios usaram a figura do mel para ilustrar verdades espirituais (Salmo 19:10; Provérbios 16:24).
Nem sempre quando a Bíblia fala sobre mel trata-se de mel de abelhas, pois algumas vezes o termo mel refere-se a um néctar doce retirado de uvas e tâmaras, e este tipo era exportado em sua maioria.
-Figos: O figo era muito apreciado não somente nos tempos de Jesus, mas em toda história bíblica, ele já estava presente no jardim do Éden (Gênesis 3:7). Nos dias de Jesus era uma fruta muito apreciada e facilmente encontrada, era muito cultivada em plantações próprias e sua produção visava não somente o consumo da fruta fresca, mas também a produção de pastas, figos secos e vinho coisas que eram exportadas.
-Leite: O leite sempre foi um alimento muito consumido mundialmente em todas as eras. Nos tempos bíblicos o povo consumia leite de vaca, cabra, ovelha e camelo (fêmea). Como não havia um modo de conservar o leite, ele era consumido em forma de coalhadas, iogurtes e queijos. Também costumavam coser cabrito em leite, mas a lei proibia coser cabrito no leite de sua mãe (Deuteronômio 14:21).
-Tâmaras: As tâmaras eram também muito consumidas, e dela era feito xarope, mel, vinho ou pasta, ou tâmaras secas, era um dos alimentos básicos. A região de Jericó era famosa por sua produção, quase tudo era exportado após a secagem.
-Ovos: Os ovos eram um alimento comum, nos tempos de Jesus quase todos judeus tinham suas galinhas no quintal (Mateus 23:37; Marcos 13:35). Os comiam fritos ou cozidos como fazemos hoje, e também passavam ovos mexidos sobre peixes ao fritá-los os assa-los.
-Azeitonas: óleo de oliva era utilizado para diversos fins:
1. Na preparação de alimentos.
2. Para banhos de óleo.
3. Tratamento de doenças.
4. Iluminação.
5. Temperar saladas.
6. Untar assadeiras para pães ou bolos.
7. O óleo era encontrado em quase todas as casas de Israel.
As oliveiras crescem lentamente e demoram quinze anos para começarem a dar frutos, mas depois produzem por séculos, um exemplo disto são as oliveiras do Getsemani, algumas são dos tempos de Jesus e continuam produzindo até hoje. Elas adaptam-se perfeitamente ao clima do oriente médio seco e rochoso.
-Vinho: O vinho era muito apreciado por muitos e rejeitado por outros. Ele sempre foi alvo de muitas discussões, alguns os proíbem terminantemente e outros os consomem moderadamente. Acontece que muitos são os termos bíblicos que designam os vinhos, pois os vinhos eram feitos de muitas frutas (uvas, tâmaras figos, romãs, etc). Os judeus consideravam o vinho uma dádiva de Deus, e criam que o próprio Deus ensinou a Noé o segredo de sua fabricação.
-Verduras: Nos tempos bíblicos eram usados a cebola, alface, alho, beterraba, pepino, vagens, lentilhas e alho porro. Estas verduras eram consumidas cruas cozidas ou temperadas em saladas.
-Carne: Já as carnes não eram muito consumidas, as carnes vermelhas eram mais utilizadas em banquetes, casamentos e festas. Eles evitavam abater os animais por causa dos seus outros produtos e utilidades, tais como leite, lã, transporte, etc. As carnes consumidas eram de vacas, ave domestica, cabras, cordeiros, ou aves selvagens como codornas, perdizes e gansos, também comiam caças como veados, gazelas, corça, etc. Os Judeus não poderiam comer carne de porco, lebre, camelo e muitos outros animais.
-Temperos: Os judeus apreciavam bastante os temperos, os mais usados eram o alho, mostarda, hortelã e canela. Costumavam misturar condimentos na massa de pães e bolos.Tudo era bem temperado, todo os alimentos tinham seu modo especial de ser temperado.
-Cereais: Os cereais mais comuns eram o trigo, a cevada, o centeio e o painço (uma espécie de capim comestível). Quase todos os pães eram feitos de trigo e cevada, também eram feitos pães de centeio.
-Frutas: Muitas frutas eram consumidas, tais como uva, figo, romã, tâmara, amora, pistácio (uma espécie de noz), castanhas, melão, melancia, etc.
-Refeições: Os judeus oravam antes e depois das refeições, era uma exigência da lei (Dt 8.10), não havia um procedimento exato para esta oração, o pai orava ou todos juntos ou mesmo o convidado.
-Lavagem das mãos: Para os judeus era muito importante lavar as mãos antes e depois das refeições, já que pegavam os alimentos com as mãos.
Naqueles tempos, (assim como hoje) existiam os médicos formados em escolas altamente capacitadas, o que equivaleria para a época, a um curso superior, mas também havia os charlatões que ministravam porções mágicas e outras coisas mais. Quem necessitasse de um atendimento deveria confiar sua vida na mão de um médico, e eles eram muito mal vistos, pois, a medicina na época era muito limitada e não tinha cura para muitas doenças, o que o médico podia fazer na maioria das vezes era melhorar o padrão de vida de um enfermo, mas não cura-lo.
Nos evangelhos vemos que naquela época não faltavam os doentes, aonde Jesus ia faziam-se filas de enfermos para serem curados.
Também naquela época quem tinha melhores condições financeiras era melhor e mais rapidamente atendido, enquanto que os pobres morriam e acabavam vitimas de suas enfermidades. Algumas pessoas apreciavam os médicos, mas a maioria tinha medo ou desprezo por eles, muitos os achavam os piores criminosos da terra.
Havia provérbios naquela época que mostravam bem isto:
a) Todos os médicos até mesmo os melhorem mereciam o geena (inferno).
b) Não more numa cidade governada por um médico.
c) Médico cura-te a ti mesmo (este era um ditado conhecido até entre os chineses, gregos, egípcios, etc, e foi usado pelo Senhor Jesus em Lucas 4:23).
d) Abençoados sejam os médicos que não cobram preços elevados.
A maioria das pessoas busca o casamento, porque necessitam da companhia da pessoa amada, porque desejam se satisfazerem sexualmente e também porque desejam constituir família.
Apesar do casamento ser uma instituição estabelecida por Deus, ele tem tido diversos problemas ao longo da história, e tem sido constantemente maculado pela humanidade, pois, muitos traem o cônjuge, e muitos outros casados se tratam mal ou com indiferença. Mas o fato é que muitas pessoas casam-se sem se conhecerem bem, ou sem saberem que uma vida a dois inclui ambas as partes abrirem mão de algumas coisas, ai é que surgem os desacordos.
Nos tempos bíblicos o casamento era tão importante que quem não se casasse ficava levemente excluído da sociedade, desconfiava-se que aquela pessoa tinha problemas físicos ou mentais, e as mulheres solteiras tinham suas vidas seriamente limitadas; mas Paulo ao aceitar a ajuda de solteiros e casados ajudou a quebrar muito desde estigma dentro da comunidade cristã.
-Poligamia: Nos tempos do AT isto era uma prática comum. Todos os homens mais ilustres tinham mais de uma esposa, e os que não tinham era somente por motivos financeiros, porque não podiam sustentar mais de uma família, já que Deus exigia que todas as esposas e os filhos fossem tratados com a mesma dignidade e importância (Deuteronômio 21:15-17; Êxodo 21:10).
A poligamia era normal e legal Deuteronômio 25:5-10. O costume era tão comum que a própria Sara, mulher de Abraão lhe sugeriu que tomasse a Hagar (a escrava egípcia) por mulher, havia também uma forte pressão cultural para que o homem tivesse muitos filhos.
Este costume não durou somente até os tempos de Salomão ou Davi, mas alem dos dias de Cristo. Nos dias de Jesus era bem provável que um homem com melhores condições tivesse duas ou mais esposas, mas os lideres judaicos protestavam contra esta prática, os lideres e o povo não tinham uma opinião unânime sobre o assunto.
-O dote: Eram três os tipos de dotes que se praticavam nos tempos bíblicos:
A) Poderia ser um presente de grande valor dado pelo noivo ao pai da noiva.
B) O pai dava um presente a filha que saia de casa e geralmente 10% deste dote era usado pela noiva no ato, para comprar para si presentes, roupas, perfumes, jóias, etc.
C) O noivo e a noiva trocavam presentes, e este era o dote mais comum dos três.
-O noivado: O noivado geralmente acontecia em um período de um ano, e para que este compromisso fosse oficializado era então feita uma grande festa (de acordo com as possibilidades financeiras dos pais) e uma cerimônia. Se um homem viesse a ter relações com a noiva de outro, devia ser apedrejado até a morte por crime de adultério (Deuteronômio 22:23, 24), mas se a moça não fosse comprometida devia pagar ao pai dela a indenização, o dote e se casar com ela.
-A virgindade: Em sua noite de núpcias, o noivo esperava ver sangue nas roupas de cama e se isto não acontecesse a noiva poderia ser apedrejada, ou o casamento anulado o que iria expor a família da noiva a um terrível constrangimento, por este motivo muitas noivas guardavam seus lençóis de núpcias para mostrar a quem pudesse acusa-las no futuro; esta pratica vem desde os tempos de Moisés (Deuteronômio 22:13-21).
Se não houvesse sangue nas núpcias os pais da noiva poderiam contestar se eles tivessem certeza de que sua filha casara virgem, e isto acontecia muitas vezes, pois sabemos que nem sempre o hímem se rompe na primeira relação.
-O casamento: Um ano após o noivado outra grade festa acontecia, era o casamento, esta festa era geralmente marcada para o outono (depois da colheita) para que todos pudessem comparecer até os parentes que morassem nos locais mais distantes. Esta festa poderia durar uma semana ou mais, as testemunhas de ambas as partes eram muito numerosas e o noivo tinha por costume escolher um amigo para ser seu padrinho que o novo testamento chama de “o amigo do noivo” (João 3:29).
-Separação: O VT estabelece uma regra geral para o divorcio em Deuteronômio 24:1, mas o caso relatado por esta passagem não engloba todos os motivos que realmente poderiam surgir.
Nos dias Jesus havia duas interpretações acerca desta passagem; A escola do Rabi Shammai interpretava que Deuteronômio 24:1 referia-se somente a casos de adultério, já a escola do Rabi Hillel dizia que Deuteronômio 24:1 permitia ao homem separar-se por qualquer motivo, até mesmo se queimasse a sopa ou simplesmente se encontrasse outra que lhe agradasse mais.
Apesar da igreja evangélica não permitir o divorcio, Jesus abordou esta questão em Mateus 5:27-32; 19:3-12 e Marcos 10:2-12, passagens onde parece que aprova somente em casos de adultério, mas isto também é condicional porque a parte prejudicada pode optar pelo perdão. A carta de divorcio de que fala Moisés e Jesus, dava direito à mulher casar-se novamente. Os divórcios eram muito comuns entre os gregos e romanos.
-O amor: Todos esperavam que o casal “viesse a ser amar” depois de casados, amar tal pessoa ou não era uma questão de decisão pessoal. Sendo assim eles tinham muitas possibilidades de serem felizes e de que seus relacionamentos fossem duradouros; o que não acontece na sociedade ocidental atual que não sabe distinguir amor de paixão.
-O sexo: Nos tempos bíblicos os casais tinham uma vida sexual satisfatória, praticavam sexo por desejo de procriação e por prazer também.
Em 1ª Coríntios 7:1-7, Paulo aconselha que o casal deveria manter relações sexuais, recomendou o domínio próprio e também aconselhou que a o homem deveria satisfazer a mulher e vice versa. O livro bíblico que mais expressa livremente acerca do sexo é Cantares. Nele, podemos ler que “ele admira os seios de sua amada”, “fica fascinado com seus doces beijos”, “ela admira suas pernas” e “aprecia seus abraços”. Não há na Bíblia restrições sobre sexo para pessoas casadas. A lei proibia as relações sexuais com mulheres menstruadas (Levítico 18:19).
Nos dias de Jesus, os adúlteros sofriam outras penas e não eram mais punidos com execução; portanto, o caso da mulher adúltera que iria ser apedrejada foi criado como cilada para tentar pegar o Senhor em alguma contradição, mas Jesus colocou cada um daquela multidão diante de um espelho, e com isto esvaziou o caso, nada respondendo sobre a questão. Somente disse para aquela mulher que fosse E não pecasse mais. Logo, não aprovou o pecado dela e nem a atitude deles. Com isto ele nos mostrou que podemos perdoar uma pessoa adultera.
Quanto às mulheres, Jesus não só deu muitos direitos as mulheres, mas também às prostitutas que se convertiam e eram admitidas em seu grupo; por estas e outras foi alvo de muitos comentários ruins.
As prostitutas eram tratadas como cães pelos religiosos. Eles achavam que elas não deveriam ter nenhum apoio ou direito, mas de modo bastante enrustido, utilizavam-se de seus serviços.
Em meio aos judeus mais rígidos, as mulheres não podiam participar do culto e deveriam sentar no fundo e manter distância dos homens. Não podia ler na sinagoga, não tinham direito a educação, não eram consideradas inteligentes, e tinham no templo uma área destinada a elas chamada “pátio das mulheres”.
Seguindo o pensamento do mestre, o apostolo Paulo de Tarso também observa que as mulheres deveriam ser amadas e agradadas (1ª Coríntios 7:1-7; Efésios 5:25); já Pedro declara que se o homem não tratar bem sua esposa Deus não atenderia as suas orações (1ª Pedro 3:7).
Quanto ao trabalho, quem não trabalhasse era muito era mal visto. Você até poderia ser um negociante de sucesso, mas deveria trabalhar do amanhecer ao anoitecer. Os judeus consideravam que o homem foi feito para o trabalho. O conceito de que trabalhar é honroso manteve-se no NT. Veja que o que Paulo aconselha, em Colossenses 3:22, era mais trabalho. Na mente israelita, isto agradava a Deus e, portanto, sempre trabalhavam louvando e agradecendo ao Senhor.
Nos dias de Jesus, já havia na Palestina aproximadamente 500 mil pessoas e, em Jerusalém, umas 25 mil, mas estes números podem ser maiores, pois era uma sociedade complexa, que consumia muitos tipos de produtos e serviços. Havia corporações para cada tipo de atividade e elas funcionavam como sindicatos e também como cooperativas. Havia várias corporações para cada atividade, mas a maioria se concentrava nas mais conceituadas.
Nos tempos de Jesus, havia centenas de bibliotecas pelo mundo conhecido e em cada uma destas bibliotecas centenas ou milhares de livros. Havia bibliotecas de literaturas de vários assuntos, e também nelas guardavam-se contratos, cartas, recibos, registros de transações comerciais, etc.
Na biblioteca de Sargão, rei da Assíria (governou de 722 a 705Ac – Isaías 20:1), arqueólogos encontraram 25.000 volumes; Já o rei Assurbanipal (662Ac) possuía 20.000 placas escritas. A biblioteca de Nippur (400Ac) possuía 50.000 volumes. A maior biblioteca de todas da antiguidade era a de Alexandria que, segundo alguns historiadores, possuía em torno de 250.000 volumes. Sua destruição implicou na perda de informações preciosas que nunca mais serão recuperadas.
Nos dias anteriores a Moisés, já havia escolas no Egito (Atos 7:22), mas em meio ao povo de Israel não temos certeza em que época começaram a existir, ou se não havia ainda nos tempos de Jesus.
A maioria dos jovens judeus era alfabetizados e educados em sua própria casa por seus pais, onde também lhes era ensinada uma profissão, mas algumas famílias de melhores condições financeiras inscreviam seus filhos nas escolas gregas e romanas, para que fossem sábios na aritmética, matemática, filosofia, retórica, etc., e isto poderia ser ruim, pois, ao passo que se tornavam conhecedores, eram influenciados por culturas que negavam a fé no Deus de Abraão.
Nos dias de Cristo, as pessoas normalmente falavam aramaico e grego e conheciam palavras ou expressões de outros idiomas.
O hebraico era o idioma natural dos judeus, e foi trocado pelo aramaico nos cativeiro babilônico; portanto, o hebraico já havia se tornado uma língua presente somente nas sinagogas. Era o idioma oficial do culto. Só se podia ler as escrituras em hebraico, e todo o culto era nesta língua; por isto havia os tradutores que traduziam o culto para o aramaico ou grego para que todos entendessem.
O aramaico era a língua mais comum entre os judeus antes de Cristo, mas na época de Jesus o povo falava mais o aramaico. Com alguma exceção, o grego (koiné) já era a língua comum mais culta e se tornava cada vez mais popular.
Para que o povo da época pudesse ler as escrituras sagradas elas foram traduzidas do hebraico para o aramaico e para o grego.
A versão em aramaico causou muito desprazer em algumas pessoas, Gamaliel, por exemplo, chegou a esconder um exemplar numa parede. A versão em grego era chamada se Septuaginta e foi feita por setenta tradutores no Egito, em II Séc Ac. Esta tradução foi rejeitada por todos os judeus e rabinos; pois, nela foram acrescentados os livros apócrifos presentes hoje na Bíblia católica.
O latim era uma língua pouco falava na Palestina, mas popular nas imediações de Roma, ela era usada para tratar de assuntos do governo.
O mestre Jesus: O fato do povo chamá-lo de Rabi denotava que era tido como um mestre ou doutor, alguém que fosse digno de respeito. Mas provavelmente ele fosse mais conhecido como professor, pois na maioria das vezes em que Jesus é citado no NT, ele estava sempre ensinando. Fazia isto sem cessar. Jesus falava com autoridade e isto ficava notório ao povo, pois era do povo que vinha este comentário (Mateus 7:28-29; João 7:46). Jesus pregava o que vivia e quando falava algo falava seguro de si, e este era um tremendo contraste entre ele e os mestres e religiosos. Ele utilizava as coisas do cotidiano para ilustrar seus ensinos, eram citações acerca de profissões, natureza, família, etc.
O povo de Israel era em sua maioria pobre, podemos dizer que 50% tinham o suficiente para viver e que mais 40% não tinha nem este suficiente e viviam em condições de extrema pobreza. Na maioria da história bíblica a pobreza sempre foi o cenário mais comum na maioria do território, mas também sempre houve os locais que gozavam de abundancia.
Na verdade, estes parecem fazer um papel importante na missão de Jesus, visto que a Palavra frisa que o evangelho deveria ser pregado aos pobres e isto nos parece bastante estranho, pois Jesus pregou para pobres e ricos; O texto profético de Isaias (61:1, 2), lido por Jesus, afirma que ele deveria vir evangelizar os pobres, vide em Lucas 4.18.
Quando João Batista lhe enviou mensageiros para se certificar de que Ele era o Messias, Jesus mandou lhe responder que o evangelho estava sendo pregado aos pobres, vide em Mateus 11:5.
-Jesus era pobre?
Jesus era o primogênito (1º filho) de Maria (Mateus 1:25) e, além dele a Bíblia enumera mais quatro: Tiago, José, Simão e Judas, além de irmãs (Mateus 13:55, 56). É obvio que Ele sempre teve uma casa enquanto estava com sua família, mas quando saiu a fazer sua missão, vemos na Bíblia que quando ele não se hospedava na casa de alguém, então dormia com seus seguidores em locais públicos mesmo, tal como no jardim das oliveiras.
Sabe-se que, durante sua pregação, Ele não teve nenhuma atividade profissional, mas era sustentado pelo auxilio financeiro de seus seguidores!
O povo de Israel em sua maior parte vivia da agricultura. Por isso, muitos de seus conceitos sobre Deus estavam relacionados com esta atividade. Se houvesse chuva ou seca, atribuíam a Deus estes fatores. Deus prometeu a Abraão a terra que emana leite e mel, e devido à proximidade deste povo com a terra, Jesus por várias vezes usou figuras provenientes destas atividades em seus ensinos.
Mas um dos grandes problemas de Israel é com água, dada à irregularidade de chuvas. Outra dificuldade é que a maioria das chuvas se precipita em forma de tempestade e escoa rapidamente causando erosão e destruindo plantações. Em Israel existia e ainda existem duas épocas de chuvas. Em Maio e Outubro, em Dt 1.14, estão registradas como “primeiras chuvas” e “últimas chuvas”; as chuvas de outubro eram a época do plantio e as de maio tinham sua importância, pois era época de colheita. Outras fontes de água que eles possuíam eram: nascentes, rios, poços e orvalho.
A pecuária, nos tempos bíblicos, em sua grande maioria era de criação de ovelhas; mas, de um modo geral, quem optar se por essa atividade estaria escolhendo para ser uma atividade muito trabalhosa, pois todos os tipos de animais davam, e ainda dão hoje, muito trabalho para serem mantidos saudáveis. De todos os animais que se poderia criar, a ovelha era a mais trabalhosa, pois ela é absolutamente inofensiva. Se atacada, não se defende, se perdendo com facilidade; por isso, poderia ser facilmente roubada e não tinha a capacidade para encontrar alimento por si, mas deviam ser levadas pelo pastor a algum lugar que tivesse pasto.
Durante muitos séculos a pecuária constituiu uma atividade importante para economia de Israel. Produzia carne, leite, ovos, lã, couro, subprodutos, etc.
-Ovelhas: Em Nm 31:32, quando o povo hebreu derrotou os midianitas, levou como despojo 675.000 delas. Em 1ºRs 8:63, vemos Salomão dando 120.000 ovelhas para o sacrifício. E o rei Asa também ofereceu 7.000 delas em sacrifício (2º Crônicas 15:11). O pastor de ovelhas cuidava delas como um pai, pois são animais muito afetuosos e se apegam a seu pastor como uma criança, e inocentes também a ponto de chegarem perto de um precipício e caírem dele.
Esta dependência da ovelha para com o pastor é usada por Jesus frequentemente. Ele dizia que as multidões eram ovelhas exaustas e desorientadas, que precisavam de um pastor que pudesse orientá-las (Mateus 9:36); Ele se dizia também o bom pastor!
Os israelitas eram povos que sempre gostaram imensamente de musica, e naqueles tempos qualquer espécie de reunião já era motivo para tocarem e dançarem a noite toda. Até mesmo durante o trabalho eles cantavam coletivamente. Eles tocavam seus instrumentos e cantavam todos juntos. O próprio Deus providenciou isto desde o inicio, veja em Gênesis 4:20-22.
O povo israelita tinha um profundo respeito pelos seus mortos; não praticavam o desprezo que os gregos tinham pelo corpo nem também cultuavam seus mortos como os egípcios. O método de sepultamento em meio ao povo de Israel foi se modificando vagarosamente ao longo do tempo, e na época de Cristo a lavagem e preparação para o sepultamento era bastante importante nos costumes judeus. Para os israelitas o morto deveria ser enterrado no prazo de tempo mais rápido possível. O corpo não era embalsamado, pois, eles entendiam que deveria se tornar em pó naturalmente. Já no Egito o período para o embalsamamento era de 40 dias.
Entre os judeus o cadáver era lavado, e enfaixado com tiras de linho juntamente com especiarias e perfumes. O corpo era carregado num féretro também chamado de andor, que nada mais era que uma tábua aonde o corpo ia em cima enfaixado e a multidão o carregava, alguns féretros eram muitos luxuosos já outros simples tábuas.
Não havia caixões naqueles tempos, mas sim caixas ossuárias.
A PÁSCOA JUDAICA: Esta festa está ligada à história do povo de Israel. Páscoa é a transliteração da palavra hebraica pessash que significa passar, ou passar por cima. A data em que ela é comemorada é 14 de nisã, corresponde entre março e abril. Ela relembra e comemora o dia em que Deus livrou os israelitas da morte dos primogênitos e os retirou do Egito, livrando da escravidão. A Páscoa era uma festa familiar comemorada em casa e não era comunitária; mas após 600 Ac, criaram costume de imolar um cordeiro em Jerusalém, E, por causa disto, esta festa foi deixando de ser familiar e passou a ser comunitária.
-Pentecostes: Cinquenta dias após a páscoa, tinha inicio a festa de Pentecostes, que era a época da colheita do trigo; pentecostes ou festas das semanas. A lei manda que seja cumprida em Êxodo 34:22. Em Levítico 23:15-22, temos a especificação dos diversos componentes das ofertas e como e quando deveriam ser oferecidos. Era outra festa alegre com muitas compras, comidas e bebidas.
A igreja nasceu, oficialmente, no dia de pentecostes, quando o Espírito Santo veio sobre os que estavam ali reunidos, apóstolos e seguidores de cristo – Atos 2:1-4; aliás, isto é interpretação de alguns.
-Festa dos tabernáculos: Esta é a terceira festa relacionada à agricultura. Esta festa também tem os seguintes nomes: Festa das tendas, Festa da colheita, e Festa do Senhor. Comemorada no inicio do Outono, ele celebra a colheita das uvas e azeitonas. O povo era chamado às ruas pelo toque das trombetas, para assistirem à marcha dos sacerdotes que iam ao tanque de Siloé colher água derramá-la no altar de Deus, para agradecer pela água e pedir chuvas.
O povo levava, nas mãos, ramos de palmeiras e, à noite, tochas de fogo, sempre dançando e cantando pelas ruas. Nestas festas não havia um lugar para o festejo, pois vários grupos numerosos iam cantando e dançando pelas ruas da cidade.
-O ano novo ou Rosh Hashana (cabeça do ano): Não se sabe se nos tempos bíblicos os judeus comemoravam o ano novo, mas hoje isto é um fato!
-O Moderno calendário judaico de festas ano:
A COMUNIDADE JUDAICA ESTÁ NO ANO DE 5775 (2016)!
Quando Jesus esteve fisicamente entre nós, haviam muitos grupos religiosos entre os judeus. Tais grupos eram considerados políticos e religiosos. Estes grupos eram muito fechados em si mesmos, e tiveram muita dificuldade em ver Jesus como o Messias, porque temiam mudanças; eles já tinham muitos problemas com os costumes pagãos que insistiam em entram no judaísmo.
Jesus para eles era somente mais uma ameaça, era um forasteiro que tinha ideias novas, dizia ser filho de Deus e possuir um reino; por isto, muitos o consideravam louco (Isaías 53:4b).
-Jesus era admirado e temido entre os judeus!
Admirado pela autoridade com que ensinava e pelos sinais que produzia.
Temido, o povo achava que Jesus era um profeta exatamente como aqueles que eles tinham escutado falar que exista no Antigo Testamento, e também por causa disto os políticos o temiam, pois se fosse profeta Ele iria falar a verdade, e estava fazendo isto, então deveria ser morto.
Para os políticos ele era extremamente irritante, pois com toda sua influência com relação ao povo, ele não defendeu nenhuma causa política, mas ausentou-se disto; se Jesus defendesse alguma causa política, isto seria a garantia de ter todo o povo de seu lado, mas durante toda sua pregação ele se ateve a causas espirituais.
Os judeus esperavam o messias com ansiedade; mas, nos seus padrões, ele deveria ser um líder político e religioso, e poderoso, que libertasse Israel das mãos do império romano.
Eles já haviam passado por muitas coisas, inúmeras perseguições, exílios, divisões, guerras e agora justamente quando zelavam por uma estabilidade, muitos homens chegavam, afirmando que era o ungido de Deus (Atos 5:34-38).
Justamente nesta mesma época, Satanás, já sabendo da encarnação do Messias, começava a levantar muitos homens que se diziam o Messias; e tudo isto gerou um clima de desconfiança e resguardo. Estavam simplesmente fechados para qualquer novidade. Mas eles tinham a esperança do Messias poder chegar a qualquer instante, como em João 10:24.
Hoje em dia, já existe o movimento “Judaico Messiânico”, com suas sinagogas messiânicas. Trata-se de um movimento judeu que já aceita o Senhor Jesus como O Messias, e este movimento está se multiplicando, e hoje, é tão grande que quase divide o judaísmo em 50% messiânico!
Se formos a um culto numa destas sinagogas, não perca, é parecido com um culto cristão, bem fundamentado no texto bíblico, mas com inúmeras citações da Torá, Tamulde e termos hebraicos.
Os judeus tinham plena certeza da existência do mundo espiritual que o homem não poderia explicar ou alcançar com sua mente limitada, que era um mundo onde as forças que estavam em ação não poderiam ser dominadas.
Tanto os judeus primitivos como os cristãos modernos eram muito parecidos com os cristãos de hoje. Muitos creem em Deus; mas, por falta de informação, acham por bem aplacar forças sobrenaturais, recorrendo à magia ou à superstição. Também, não era possível saber se a maioria se tornava cristão por amor a Cristo ou por medo do inferno.
Na tradição judaica, o livro do Sabá aconselhava que se você fosse viajar, deveria levar um pé de raposa ou um ovo de gafanhoto. Os macabeus tinham cada um o seu amuleto. A igreja cristã, ao longo dos tempos, não conseguiu se livrar disto. Em poucos séculos os cristãos já estavam adorando pedaços de madeira, pensando serem pedaços da cruz de Cristo; ossos, pensando serem os ossos dos primeiros cristãos; e os bispos também eram adorados, ao passo que se atribuía a eles mais e mais poder. Foi a reforma protestante que nos libertou de tudo isto.
-Necromancia: É a pratica de consulta ou comunicação com os mortos. Na verdade esta é uma suposta comunicação, quando Deus proíbe de consultar os mortos, na verdade ele proíbe esta tentativa. Um sábio teólogo certa vez disse – “nunca procure experiências espirituais fora da Bíblia, pois o diabo está pronto para fazer com que você as ache”.
Mas em todos os lugares do mundo, pessoas procuram este tipo de coisas por diversos motivos: saudades de entes queridos, para preverem o futuro, para pedir auxílios diversos e/ou mesmo com más intenções.
A comunicação espiritual que Eva teve no jardim do Éden foi uma experiência que resultou na desgraça da humanidade!
Quando Saul, em 1º Samuel 28:7-20, consultou um médium, o espírito lhe disse três mentiras e nada do que foi dito se cumpriu. Muitos católicos discordam disso mais ao tentarem se comunicar com os cristãos do passado (santos) eles também praticam necromancia.
-Sonhos: A Bíblia afirma que Deus também informa, orienta e previne através de sonhos em diversas passagens.
Mas a sabedoria para interpretá-los vem do Senhor. José e Daniel foram usados por Deus com este propósito!
Nos tempos bíblicos em meio ao povo de Israel, toda a espécie de crime era punida com rigor, e para alguns tipos de crime, a sentença era a morte; por isso, não havia muitos crimes.
Os crimes que eram reprimidos pela lei eram os comuns: roubar, matar, caluniar, adulterar, etc, mas se um judeu batesse e matasse um samaritano, os homens do Sinédrio fingiam que não houve nada, assim como se um rico desobedecesse à lei e cobrasse juros de um pobre, isto também era desconsiderado; e os saduceus estavam acima da lei, eram os intocáveis.
As penas geralmente eram:
-Punição física, se houvesse dano físico a vitima.
-Pena de morte, se fosse pecado ou traição contra Deus.
-Indenizações – neste caso o condenado continuava trabalhando e vivendo em sua comunidade para indenizar a vítima.
-Tribunais: Ao longo de sua história, Israel passou por profundas modificações no seu sistema judiciário. De inicio o povo mesmo executava as punições, segundo uma tradução literal da lei; depois veio Moisés, que julgava a todos no deserto até que seu sogro Jetro o aconselhou a estabelecer anciãos que fizessem isto, e este sistema se estendeu até a época dos juizes.
Já no reinado de Davi e Salomão, eles eram a suprema autoridade judiciária e indicaram outros seis mil juizes para cuidarem de todas as causas (1º Crônicas 23:4).
O rei Josafá incluiu levitas, sacerdotes e chefes de família no sistema judiciário (2º Crônicas 19:8).
Na reconstrução de Israel, após o exílio babilônico, o rei Artaxerxes aconselhou a Esdras que nomeasse juízes para ministrar a lei (Esdras 7:25).
Na época de Jesus, o Sinédrio era o tribunal, e lá havia setenta anciãos, que julgavam, e como já vemos havia muitos sumos sacerdotes entre estes 70.
Estes se reuniam no templo no salão das pedras polidas, e eles reivindicavam autoridade sobre todos os judeus da terra. Enquanto isso, os galileus, chamados de “rústicos” e “selvagens”, ignoravam as decisões do Sinédrio e continuavam a fazer justiça com as próprias mãos.
Israel era uma nação pequena; portanto, estava sujeita à ocupação de todos os impérios, que assumiam o controle da região.
Assim, foi com os assírios, babilônicos, persas, gregos e romanos. Estes impérios não só ocupavam as terras, mas também maltratavam os povos que já havia nelas.
-A destruição de Jerusalém: Durante o reinado de Nero, os judeus já haviam deixado o império muito saturado com suas rebeliões para libertação do domínio do império romano. Isto fez com que Vespasiano logo após a morte de Nero, enviasse seu filho Tito à Jerusalém para tomá-la. Tito sitiou o Jerusalém de 66 a 70 e a cidade caiu.
Houve uma horrenda história, que se passou dentro das muralhas enquanto a cidade estava sitiada.
Relata-se que as mães cozinhavam seus bebês mortos para terem o que comer.
Quando se abriram as portas para o exército entrar, só havia muitos mortos e pessoas extremamente debilitadas.
Depois deste fato, Israel só veio a reerguer-se em 1948, quando foi reconstituído estado de Israel pela ONU!