Resumo de PANORAMA BIBLICO
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DISCIPLINA: PANORAMA BÍBLICO
RESUMO
CONCEITO GERAL
Ao lermos a Bíblia nos deparamos com milhares de termos e expressões de época que torna o texto por vezes indecifrável, isto se deve ao fato de que a Bíblia foi escrita a dezenas de séculos atrás, em uma sociedade de hábitos peculiares, ou seja, próprios da época e dos costumes desse tempo.
Entre o homem moderno e os escritos bíblicos existem diversos abismos: culturais, geográficos, sociais, tecnológicos, religiosos, econômicos, etc.
O ignorar que o conhecimento dos contextos dos tempos bíblicos (a este contexto chamamos de Panorama) é uma necessidade faz com que muitas pessoas obtenham a pior interpretação possível de suas leituras bíblicas.
Mesmo vivendo na mesma época é bem provável que pessoas de diferentes regiões do mundo não se entendam mesmo falando a mesma língua, pois as expressões que usam são diferentes; neste caso existem bem menos abismos entre estas duas pessoas do que entre um escritor bíblico e nós.
Um missionário quando vai a campo já sabe antecipadamente que sofrerá um choque cultural e terá um tempo de adaptação na nova cultura em que vive, terá de compreendê-la para fazer com que aquelas pessoas compreendam o evangelho.
Imagine você conversando com um cidadão inglês, você diz a ele que vai "tomar o ônibus", então ele responde "como pode? Em um ônibus caber muito líquido", ele entendeu que você iria beber (tomar) um ônibus; então ele lhe pergunta "você quer dizer que vai ter um ônibus" e você responde "não eu não vou comprar um". A confusão aconteceu porque o brasileiro diz que vai tomar um ônibus já o americano diz "I will have a bus", ou seja, eu vou ter um ônibus.
Aqui está o porquê desta Disciplina, ela lhe dará conhecimento sobre os contextos sociais, econômicos, culturais, tecnológicos, religiosos, etc. que você necessitará ter para compreender muitas coisas ao ler a Bíblia. Se às vezes é difícil conversar com um vizinho que veio de outra região do mesmo país por que você não conhece a sua sociedade, imagine então que para compreender muitas coisas escritas há dezenas de séculos atrás é realmente necessário um estudo das sociedades dos tempos bíblicos.
Para se realizar este estudo é necessário ter a mente aberta para poder compreender a mente de outras pessoas que viveram na antiguidade, muita pesquisa, assim como também é necessário saber de antemão que nunca se obterá um sucesso absoluto neste tipo de pesquisa.
Esta disciplina, de certo modo lhe introduzirá em meio a tais sociedades, após cumprir esta disciplina você poderá ler a Bíblia quase como uma pessoa da época, e isto é de suma importância, pois você deve primeiramente compreender o que o texto bíblico dizia ao homem na época, para depois poder compreenderam o que ele diz para o homem contemporâneo.
AS CIDADES E POVOADOS
Nos tempos bíblicos as casas não eram isoladas uma das outras a não ser que fosse em território agrícola, mas a grande maioria delas estavam agrupadas em povoados, sempre localizados próximos a nascentes ou rios.
Hospitalidade
A hospitalidade era uma característica marcante do povo judeu, sempre que chegava uma visita a uma casa judaica esta deveria ser recebida com toda atenção os seus pés deveriam ser lavados coisa que geralmente é feito pela esposa do anfitrião, nas casas de pessoas mais ricas os escravos faziam isso.
FAMILIA
Durante todo o período bíblico de gênesis a apocalipse, a família sempre foi muito valorizada, isto foi tanto influência da lei mosaica quanto dos ensinamentos de Jesus, o cenário mais natural para o judeu era a família constituída pelo pai pela mãe e pelos filhos.
O apóstolo Paulo ao descrever o relacionamento carinhoso que os crentes deveriam ter entre si usou a imagem da família em Gálatas 6:10.
VESTIMENTAS
As vestes já nos tempos do antigo testamento não eram sem graça, mas bonitas e bem elaboradas, desde os tempos de Moises até Jesus o traje hebreu era a túnica, que melhorou de qualidade e aspecto sensivelmente, pois sempre foram muito bonitos.
As vestimentas comum ou popular eram bolsa de dinheiro, xale, calçados, túnica exterior, túnica ou veste interior, cinto, chapéus ou adornos para a cabeça.
ATRIMÔNIO
A maioria das pessoas busca o casamento, porque necessitam da companhia da pessoa amada, porque desejam se satisfazerem sexualmente e também porque desejam constituir família.
Apesar do casamento ser uma instituição estabelecida por Deus, ele tem tido diversos problemas ao longo da história, e tem sido constantemente maculado pela humanidade, pois, muitos traem o cônjuge, e muitos outros casados se tratam mal ou com indiferença.
Poligamia
Nos tempos do AT isto era uma prática comum, todos os homens mais ilustres tinham mais de uma esposa, e os que não tinham era somente por motivos financeiros, porque não podiam sustentar mais de uma família, já que Deus exigia que todas as esposas e os filhos fossem tratados com a mesma dignidade e importância (Deuteronômio 21:15-17; Êxodo 21:10).
O problema não era a poligamia, mas tratar os filhos de uma melhor que os da outra, ou uma ter mais ou melhores mantimentos que a outra, etc. A poligamia era normal e legal Deuteronômio 25:5-10.
O noivado
O noivado geralmente acontecia em um período de um ano, e para que este compromisso fosse oficializado era então feita uma grande festa (de acordo com as possibilidades financeiras dos pais) e uma cerimônia.
Nesta cerimônia também havia uma troca de presentes, e o rapaz que ficasse noivo era dispensado do serviço militar para que não viesse a morrer antes do casamento (Deuteronômio 20:7).
A virgindade
Em sua noite de núpcias, o noivo esperava ver sangue nas roupas de cama e se isto não acontecesse a noiva poderia ser apedrejada, ou o casamento anulado o que iria expor a família da noiva a um terrível constrangimento, por este motivo muitas noivas guardavam seus lençóis de núpcias para mostrar a quem pudesse acusá-las no futuro; esta pratica vem desde os tempos de Moisés (Deuteronômio 22:13-21).
O casamento
Um ano após o noivado outra grade festa acontecia, era o casamento, esta festa era geralmente marcada para o outono (depois da colheita) para que todos pudessem comparecer até os parentes que morassem nos locais mais distantes.
Esta festa poderia durar uma semana ou mais, as testemunhas de ambas as partes eram muito numerosas e o noivo tinha por costume escolher um amigo para ser seu padrinho que o novo testamento chama de “o amigo do noivo” (João 3:29).
Separação
O VT estabelece uma regra geral para o divorcio em Deuteronômio 24:1, mas o caso relatado por esta passagem não engloba todos os motivos que realmente poderiam surgir.
Nos dias Jesus havia duas interpretações acerca desta passagem; A escola do Rabi Shammai interpretava que Deuteronômio 24:1 referia-se somente a casos de adultério, já a escola do Rabi Hillel dizia que Deuteronômio 24:1 permitia ao homem separar-se por qualquer motivo, até mesmo se queimasse a sopa ou simplesmente se encontrasse outra que lhe agradasse mais.