PEDAGOGIA

É a ciência que trata da educação dos jovens, que estuda os problemas relacionados com o seu desenvolvimento como um todo.
A educação para surtir os desejados efeitos, tem de ser metódica, coordenada, progressiva, contínua e operante.
Na verdade quem comanda e dá forma à vida social é o Estado orientando e moldando.
É ele quem lhes define os direitos e quem lhes marca os deveres, que considera a vida social num plano superior ao plano dos interesses individuais, e determina, dentro desse plano, o que é lícito e o que é ilícito, considerando os princípios religiosos, morais, filosóficos e econômicos que informam e moldam cada época.
O Estado é o agente geral de Educação por excelência não somente pelo que é dito, mas por ser ele o instituidor, mantenedor e fiscalizador da própria organização escolar.
A ele compete, promover e proteger a atividade e as iniciativas das diversas instituições educadoras e suprir e completar as insuficiências e lacunas destas instituições, sem, de forma alguma, se lhes substituir.
Quanto ao professor, o verdadeiro, digno do nome, deve ser ao mesmo tempo educador.
Educador é aquele que, pela palavra, pelo exemplo, pela ação – e em todas as emergências ou circunstâncias da vida – ministra conhecimentos, proporciona modelos e exerce sugestões eficazes sobre um indivíduo imaturo ou até sobre um grupo;
Professor é aquele que limita a ensinar oralmente, numa aula, a matéria em que é especialista.
Pode ser-se pedagogo, pelo fato de se conhecer outra ciência, que tenha afinidades com a Pedagogia. Assim ocorre com muitos filósofos, psicólogos e sociólogos.

A Pedagogia não é uma ciência exata, e este fato contribui, de maneira poderosa, para tornar difuso o seu âmbito e transcendente o seus estudo.
A Pedagogia tem, na sua frente, o homem, que é o mais instável dos elementos: e tem, além do mais, que considerar esse homem, na vida individual, familiar, profissional e social.
Compreendendo isto mesmo, a Pedagogia vale-se de todos os elementos que, de longe ou de perto, possam esclarecer o enigma humano, e permitir encontrar soluções para o problema fundamental das sociedades, qual é educação das gerações imaturas.
A Pedagogia experimental deve, ser usada com o máximo de cautela, a fim de não se confundir com a própria Psicologia experimental: os inquéritos, as estatísticas experiências, embora com feição psicológica, devem obedecer a objetivos e a métodos também pedagógicos.
A Biologia é de grande interesse ao pedagogo, por se tratar de um conjunto de ciências, visando ao estudo da estrutura, da atividade, da gênese, da classificação, das relações e da posição dos seres vivos no espaço e no tempo.
A Biologia, foi quem lançou nova e magnifica luz sobre a função biológica da infância, ensinado que este estágio da vida serve para adquirir experiência vital: “O que importa destacar na atitude da Pedagogia, em face da criança, é a submissão ao aspecto biológico como o primário e o básico”.
A Medicina tem papel importante dentro da Pedagogia, mas isso não quer dizer que ela reivindique a um inconveniente domínio. O médico não pode nem deve pretender substituir o pedagogo.
Conclui-se que a Pedagogia deve considerar o problema educativo também sob o ponto de vista social.
“A primeira coisa que o educador deve ter com clareza, é aquilo que propõe, qual é o seu fim e sua inspiração. Averiguar esta idéia não corresponde à Psicologia, mas à vida: é um problema social e ético, mais do que psicológico”.
De tudo isto, conclui-se que a Pedagogia do deixar correr deve ser substituída por uma Pedagogia firme, capaz de selecionar e de marcar um caminho ao educando de uma forma que valorize as qualidades, abafar defeitos, canalizar ou sublimar instintos, desenvolver inclinações favoráveis.