Resumo de PENTATEUCO
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Resumo da disciplina: Pentateuco
CONCEITO GERAL
O Pentateuco, (nome que vem do grego e significa “cinco rolos”) também chamado de Livro da Lei pelos judeus, ou às vezes referido como a Lei de Moisés, este é a famosa TORAH judaica.
As leis no Pentateuco dizem respeito a todas as relações da vida humana, seja com Deus, ou seja, com o próximo. Podemos classificar os temas de cada um dos cinco livros da seguinte forma:
Gênesis – A fundação da nação hebraica;
Êxodo – O Concerto com a nação hebraica;
Levítico – As leis da nação hebraica;
Números – A viagem para a Terra Prometida;
Deuteronômio – As leis da nação hebraica.
Foi escrito durante o período da peregrinação do povo de Deus no deserto do Sinai (ca 1500 anos aC) e é o legado da formação da raça humana e de um povo de forma extraordinária.
As instituições do Concerto do Sinai, as leis, os rituais litúrgicos, etc, capacitaram a nação a viver sua tarefa de serva como povo santo, e através desta santidade atrair a humanidade perdida ao único Deus vivo e verdadeiro.
Gênesis
É o nome do primeiro livro do Pentateuco, o conjunto dos livros que iniciam as Escrituras Sagradas.
Através da história é explicada a origem do povo de Deus; e através da lei, Israel seria a nação, através da qual, Deus redimiria o homem.
O Gênesis indica que Deus trouxe à existência “os céus e a terra”.
José entendeu isto e viu na sua própria viagem ao Egito a preservação divina do seu povo (45.7-8). Deus o havia enviado para lá para salvar o povo da extinção espiritual e física (50.20).
Entretanto, a mensagem teológica do Gênesis vai além da estreita limitação de apenas Israel. A queda da raça humana subverteu o objetivo de bênção e domínio de Deus. O povo de Deus do AT serviu como modelo do Reino do Senhor e agência através da qual Sua obra reconciliadora na terra poderia ser alcançada através do Seu povo do NT.
A teologia do Gênesis está envolta nos propósitos do Reino de Deus que, a despeito dos fracassos humanos, não pode ser impedido no Seu objetivo último de demonstrar Sua glória através de Sua criação e domínio.
A presença salvadora de Deus com Israel resulta na sua libertação da escravatura egípcia. A presença continuada de Deus exige obediência ao compromisso da aliança e de culto.
Êxodo
No Êxodo Deus é revelado como sendo Senhor da história(1.1-7.7), Senhor da natureza (7.8-18.27); Senhor do povo da aliança (19.1-24.14), e Senhor do culto (25.1-40.38).
O Êxodo relata a narrativa de como Israel se tornou o povo de Deus e esclarece os termos do concerto pelos quais a nação deveria viver como povo de Deus.
O Êxodo revela o caráter do Deus santo, fiel, poderoso e salvador que estabelece uma aliança com Israel. O caráter de Deus é demonstrado tanto pelo nome de Deus quanto pelos atos de Deus.
Este livro também revela o caráter de Deus através de Seus atos, preservando a Israel da fome pelo envio de José ao Egito. Os faraós vinham e iam, mas Deus continuava o mesmo preservando o Seu povo através da opressão. Uma grande revelação do caráter amoroso e imutável de Deus.
Levítico
O livro de Levítico é o livro da instituição sacerdotal e litúrgica. Apesar de ser chamado de Levítico – apontando para os levitas (tribo sacerdotal) não são eles a figura central do livro mas sim o povo de Israel e Deus.
O último versículo do livro situa o livro no seu contexto escriturístico (Lv 27.34): “Estes são os mandamentos (obrigações da aliança) que o Senhor (o Deus da Aliança) ordenou a Moisés (o mediador da aliança), para os filhos de Israel (o povo da aliança), no monte Sinai (o lugar da aliança).”
O tema geral do livro de Levítico é o de comunicar a tremenda santidade do Deus de Israel e delinear os meios pelos quais o povo poderia Ter acesso a Ele.
A primeira seção, referente à conduta do povo (18-20), consiste de regulamentos morais para o povo como nação.
Na segunda parte (21-22) a questão da conduta dos sacerdotes é tratada. Esta secção do livro de Levítico fala de maneira muito enfática ao povo de Deus hoje. Aqui temos as 5 festas sazonais do ano hebreu. A Festa da Páscoa (também chamada de festa dos pães ázimos), a Festa do Pentecostes (chamada também de festa das semanas ou dos primeiros frutos), a Festa das Trombetas, o Dia da Expiação, e a Festa dos Tabernáculos (chamada também festa do ajuntamento).
NUMEROS
O estudo do livro de Números pode se tornar extremamente interessante, a despeito das muitas contagens, se tivermos em mente a estrutura histórica e geográfica do livro relativo ao desempenho espiritual do povo. É impressionante notarmos como a história acontece em função da obediência e fé, ou desobediência e falta de fé do povo
O livro de Números também documenta a organização efetiva das tribos em uma estrutura comunitária religiosa e política discernível, em preparação para a conquista e ocupação de Canaã.
A primeira parte – caps 1 a 14 – diz respeito à geração antiga (a que morreu, saiu do Egito e não entrou em Canaã)
Na segunda parte – caps 15 a 20 – temos o período de Transição, a peregrinação no deserto;
Na terceira parte – caps 16 a 36 – vemos a nova geração (a que nasceu no deserto e entrou em Canaã sem conhecer o Egito).
Há um profundo valor teológico nesta história e relatos de Israel, e isto corroborado em diversas passagens no NT, chamando a nossa atenção para o fato de que isto é para nós uma lição (veja I Coríntios 10:1-12) onde destacamos o v.11 – “Ora, tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”.
DEUTERONÔMIO - OS ENSINOS
Consideramos a primeira etapa de três divisões do livro de Deuteronômio, isto é, os capítulos de 1 a 11.
O nome Deuteronômio quer dizer “Segunda Lei” ou “Repetição da Lei”. Isto se fez necessário porque a geração que recebera e ouvira a exposição da Lei Sinaítica já não existia mais. Uma nova geração estava no amanhecer da entrada na Terra Prometida. Deste modo esta nova geração tinha a necessidade de ouvir a exposição renovada da Lei e ouvir o recontar da história do surgimento do povo e da própria Lei. Paralelamente com esta renovada apresentação da história e Lei de Deus, incluiu-se um desafio para decisão diante da obra de Deus (o que será visto na terceira parte deste estudo).
É um livro caracteristicamente de transição, transição marcada por 4 tipo áreas distintas, e que são:
a. uma transição para uma nova geração (a velha, do Sinai já havia desaparecido),
b. que irá ter uma nova possessão (uma peregrinação sem terra para uma ocupação nacional de Canaã),
c. caracterizado por uma nova experiência (casas em vez de tendas, fixação em vez de peregrinação, alimento variado em vez de dieta desértica), e, finalmente,
d. uma nova revelação de Deus – Seu amor (6.5), repetida mais 4 vezes e reafirmada por Jesus aos fariseus (Mat 22.37), que é a base do toda a Lei!