Resumo de PSICOLOGIA DA EDUCACAO
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A Psicologia da Educação procura utilizar os princípios e as informações que as pesquisas psicológicas oferecem acerca do comportamento humano, para tornar mais eficiente o processo ensino-aprendizagem.
A contribuição da Psicologia da Educação abrange dois aspectos fundamentais:
a) Compreensão do aluno
Compreensão de suas necessidades, suas características individuais e seu desenvolvimento, nos aspectos físico, emocional, intelectual e social. O aluno não é um ser ideal, abstrato. É uma pessoa concreta, com preocupações e problemas, defeitos e qualidades. É um ser em formação, que precisa ser compreendido pelo professor e pelos demais profissionais da escola, a fim de que tenha condições de desenvolver-se de forma harmoniosa e equilibrada.
b) Compreensão do processo ensino-aprendizagem
Para o professor, não é suficiente conhecer o aluno. É necessário que ele saiba como funciona o processo de aprendizagem, quais os fatores que facilitam ou prejudicam a aprendizagem, como o aluno pode aprender de maneira mais eficiente, além de outros aspectos ligados à situação de aprendizagem, envolvendo o aluno, o professor e a sala de aula.
Na verdade, além desses dois aspectos existe outro, de fundamental importância para que o professor consiga realizar satisfatoriamente seu trabalho: a compreensão do papel de professor.
2.1 Compreensão do papel do professor
A idéia que fazemos de escola quase sempre inclui o seguinte quadro: um professor tentando ensinar alguma coisa a uma turma de alunos. Na verdade, o professor também aprende enquanto ensina, e aluno, enquanto aprende, também ensina. Se o professor precisa conhecer a si mesmo para poder conhecer os alunos, a abertura ao que os alunos podem ensinar-lhe é um dos passos para esse auto-conhecimento.
O professor não é o senhor absoluto, dono da verdade e dono dos alunos, que manipula a seu bel-prazer. Os alunos são pessoas humanas, tanto quanto ele, e seu desenvolvimento e sua liberdade de manifestação precisam ser respeitados pelo professor. Na medida em que isso acontecer, o professor chegará à conclusão de que não é apenas uma maquininha de ensinar ou um gravador ou qualquer outro aparelho. Como os alunos, ele também é uma pessoa e relaciona-se com eles de forma global, e não apenas como instrutor ou transmissor de ordens e conhecimentos.
Enquanto pessoa humana adulta, o professor costuma ser considerado um exemplo para os alunos. Quase sempre sem ter consciência exata disso, o professor transmite a seus alunos atitudes positivas ou negativas em relação ao estudo e aos colegas, transmite seus preconceitos, suas crenças, seus valores, etc. O aluno às vezes aprende muito mais com o que o professor faz ou deixa de fazer, do que com aquilo que o professor diz. É importante que o professor tenha consciência de que além de mero transmissor de conhecimentos, ele é mais um dos exemplos adultos que os alunos em desenvolvimento poderão vir a imitar.
Outro aspecto importante do papel do professor refere-se à sua participação em atividades escolares extraclasse. Essas atividades são responsáveis por grande parte da aprendizagem dos alunos: é no recreio, em promoções culturais, artísticas, sociais e esportivas que os alunos aprendem a convivência social, o gosto pela cultura e pela arte e a prática de esportes, tão salutares para seu desenvolvimento. O professor deveria participar dessas atividades que contribuem para uma melhor aprendizagem das matérias escolares. Essa participação proporcionaria ao professor oportunidades ótimas de conhecer melhor seus alunos.
A participação do professar em atividades da comunidade onde se situa a escola também é importante para que ele conheça os resultados de seu trabalho e possa orientar as tarefas escolares de acordo com as necessidades e aspirações reais da população. Muitas vezes a escola permanece isolada da comunidade, quando deveria estar a seu serviço, atendendo aos pais e a outros moradores da comunidade, como centro de encontros, reuniões, cursos e promoções artísticas, culturais, esportivas, etc.
Além dos aspectos supracitados, para o sucesso do trabalho educativo, é importante que o professor goste do que faz, acredite que está alcançando os resultados esperados e se sinta satisfeito e realizado.
Na medida em que se sente realizado, o professor tem interesse em evoluir constantemente, em procurar dedicar-se efetivamente a seu trabalho.
É evidente que a realização do professor, enquanto instrutor, orientador e exemplo, enquanto participante das atividades de seus alunos e da comunidade, depende também das condições objetivas de trabalho. Se o professor ganha pouco e seu dinheiro não dá nem para comprar um livro ou ir a um teatro; se é obrigado a trabalhar em várias escolas para sobreviver; se a escola não lhe fornece os recursos necessários a seu trabalho educativo, dificilmente ele poderá contribuir para a realização dos alunos.