Resumo de PSICOLOGIA DA EDUCACAO
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A Psicologia da Educação se centra no processo de ensino-aprendizagem e em tudo o que pode ser um entrave para o fluxo de informação, como os transtornos de déficit de atenção ou a dislexia. Por objetivo central, esta disciplina tenta analisar todos os processos que envolvem a realidade educacional.
A tarefa mais importante da psicologia educacional é verificar, entre os conhecimentos proporcionados pela psicologia científica, quais são os mais importantes para compreender o comportamento das pessoas no ambiente educacional. É o que permitirá poder intervir nele.
A psicologia da educação vai buscar nas teorias do desenvolvimento, recursos para compreender as diferentes fases da vida da pessoa, desde o aprendizado na infância até a vida adulta e velhice.
Através delas é possível descrever habilidades mentais, papéis sociais, linhas de raciocínio, crenças, entre outros fatores, sempre considerando o processo de ensino como pano de fundo.
A Psicologia da Educação é uma disciplina que se baseia nos fundamentos da formação pedagógica, busca compreender e explicar o que se passa no seio da situação de educação. A relação professor-aluno, motivação à aprendizagem, domínios, princípios, fatores da aprendizagem humana e também as teorias da aprendizagem são questões fundamentais ao futuro professor, as quais são abordadas pela Psicologia da Educação. Compreender o que se encontra escondido na formação docente é mais do que urgente, é nesse momento que o imaginário social se torna tão importante e, talvez, possa ser a resposta para muitas das falhas desse processo, que parece tão perfeito teoricamente.
As diferentes concepções da Psicologia da Educação que existem são uma expressão da importância relativa atribuída por cada uma aos componentes psicológicos no esforço de explicar e de compreender os fenômenos educativos. Tais concepções (Coll, 1988, 1990) oscilam desde proposições claramente reducionistas para as quais os estudos das variáveis e dos processos psicológicos é a única via adequada para proporcionar uma base científica à teoria e à prática educativa, para propor que questionem radicalmente mais ou menos a função e a importância dos componentes psicológicos, passando logicamente por toda uma série de proposições intermediárias.
Nessa diversidade, um extremo ocupa as concepções da psicologia da educação como um simples campo de aplicação do conhecimento psicológico, isto é, como uma psicologia aplicada a educação. Estas concepções dominam até por volta do fim dos anos 50, porém até hoje gozam de ampla aceitação.
A presença de Psicólogas (os) nos espaços da Educação Básica tem protagonizado polêmicas de diversas naturezas quer na Psicologia, quer na Educação. Polêmicas cujas raízes são históricas e fundam-se em práticas de ambas as áreas relacionadas ao processo de ensinar e aprender. A proposta deste eixo é trazer elementos para uma reflexão crítica sobre o contexto geral da Educação e o projeto ético-político da Psicologia, base sobre a qual construímos referências como propostas orientadoras ao exercício profissional na Educação Básica (CREPOP 2013). Faz-se necessário pensar um pouco mais sobre esses assuntos uma vez que a crítica à Educação se amplia e a contribuição da psicologia tem sido tanto mais requisitada tanto quanto o respeito pelo seu papel se eleva na sociedade atual.
A Psicologia do Desenvolvimento
A Psicologia do Desenvolvimento é a face da psicologia que mais oferece subsídios para a compreensão do processo educativo, por oferecer material para entender e intervir na cognição e no aprendizado. Além de levantar questões sobre natureza versus educação, passividade versus atividade, continuidade versus descontinuidade, as teorias do desenvolvimento em psicologia se fracionam em pelo menos seis grandes continentes.
Psicanalítica: Teoria psicossexual de Freud - O comportamento é controlado por poderosos impulsos inconscientes. Teoria psicossocial de Erikson - A personalidade é influenciada pela sociedade e desenvolve-se através de uma série de crises. (Papalia, 2006). Aprendizagem: Aprendizagem Behaviorismo ou teoria da aprendizagem tradicional (Pavlov, Skinner, Watson) - As pessoas são reativas; o ambiente controla o comportamento. Teoria da aprendizagem social (sócio-cognitiva) (Bandura) - As crianças aprendem em um contexto social pela observação e imitação de modelos; a pessoa contribui ativamente para a aprendizagem. (Papalia, 2006). Humanista: Teoria da auto-realização de Maslow - As pessoas têm a capacidade de tomar conta de suas vidas e promover seu próprio desenvolvimento. (Papalia, 2006). Cognitiva: Teoria dos estágios cognitivos de Piaget - Mudanças qualitativas no pensamento ocorrem entre a primeira infância e a adolescência. A Pessoa desencadeia ativamente o desenvolvimento. Teoria do processamento de informações - Seres humanos são processadores de símbolos. (Papalia, 2006). Etológica: Teoria do apego de Bowlby e Ainsworth - Os seres humanos possuem mecanismos para sobreviver; dá-se ênfase aos períodos críticos ou sensíveis; bases biológicas e evolucionistas para o comportamento e predisposição para a aprendizagem são importantes. (Papalia, 2006). Contextual: Teoria bioecológica de Bronfenbrenner - O desenvolvimento ocorre através da interação entre uma pessoa em desenvolvimento e cinco sistemas contextuais de influências circundantes, interligados, do microssistema ao cronossistema. Teoria sociocultural de Vygotsky Crenças Básicas - O contexto sociocultural da criança tem importante impacto sobre o desenvolvimento. (Papalia, 2006). A depender do olhar do profissional envolvido na educação, de como ele consegue se apropriar desses modos de ver o desenvolvimento humano e de como sua interação nesse meio se processa, haverá um conjunto de olhares, práticas e intervenções no âmbito escolar que por sua vez dependerão de como a coletividade dos alunos bem como os seus representantes recebem e respondem a tudo isso que determinarão o desenvolvimento dessa clientela. Considerando por esse ângulo podemos identificar a psicologia do desenvolvimento contribuindo nos castigos ou reforços dados aos alunos. Na compreensão da sexualidade dos mesmos. No valor que se dá à necessidade de trabalhos em grupo e na valorização do contexto social em que eles vivem. Enfim, não se pode negligenciar que esses conceitos já estão impregnados em nossa educação. Aplicação à Educação regular na direção de contribuir para a melhoria da qualidade da educação em todos os níveis, nossas ações devem pautar-se em tornar disponível um saber específico da Psicologia para questões da Educação que envolvam prioritariamente o fortalecimento de uma gestão educacional democrática que considere todos os agentes que participam da comunidade escolar, e de formas efetivas de acompanhamento do processo de escolarização. É possível ao psicólogo que, de posse do "entendimento da dimensão subjetiva do processo ensino-aprendizagem." Proponha temáticas como: desenvolvimento, relações afetivas, prazeres e sofrimentos, comportamentos, ideias e sentimentos, motivação e interesse, aprendizagem, socialização, significados, sentidos e identificações. É possível também que professores, gestores, colaboradores em diversos níveis, e até mesmo alunos e seus responsáveis, utilizem desses temas e das contribuições teóricas da psicologia do desenvolvimento, para incrementar a educação e, assim, contribuírem para "valorizar os sujeitos envolvidos nas relações escolares". (CREPOP 2013). Vale ressaltar com esse resumo a valorização das contribuições da Psicologia da Educação e realçar, sobretudo para aqueles que ainda não atentaram para esse manancial de referências teóricas, que há muito a aprender e muito a melhorar na prática educacional como um todo. O conhecimento da psicologia na compreensão dos processos de ensino e aprendizagem se constitui, desde concepções higienistas até àquelas que analisam esse processo como síntese de múltiplas determinações: pedagógicas, institucionais, relacionais, políticas, culturais e econômicas. As práticas de intervenção, portanto, decorrem dessas concepções. (CREPOP 2013).