Resumo de PSICOLOGIA PASTORAL
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Resumo sobre Psicologia Pastoral
Para vir ao encontro das necessidades de muitas pessoas que sofrem e procuram por ajuda, surgiu a psicologia pastoral. Trata-se de uma disciplina da teologia pastoral. Ela resultou do diálogo e da cooperação entre médicos e pastores. Por ser uma disciplina nova, suas atribuições e seu campo de competência ainda não estão claramente definidos. Claro está que ela pretende aplicar conhecimentos e recursos da psicologia à prática pastoral.
Neste nosso mundo globalizado, se faz cada vez mais necessário o diálogo interdisciplinar, visando ao bem-estar de todos os homens e do homem como um todo. As pessoas procuram ajuda pastoral nas mais diferentes situações de suas vidas. O individualismo e o isolamento são marcas de um mundo pós-moderno, onde tudo está sujeito às relações, às leis de mercado, até mesmo as leis interpessoais. A consequência é a experiência cada vez maior de solidão e depressão, por isso a necessidade de relações pessoais autênticas é grande.
Não há lugar mais terapêutico do que relações humanas sadias. O objetivo da psicologia pastoral em relação à depressão é mediar algo do amor de Deus, não só através da palavra falada, mas também do gesto e da postura do conselheiro, de modo que o paciente, sentindo a atenção e o carinho do conselheiro, também experimente algo do amor divino.
Segundo Clinebell, a psicologia pastoral é a utilização de uma variedade de métodos de cura para ajudar as pessoas a lidar com seus problemas e crises de uma forma mais conducente e a experimentar a cura de seu quebrantamento.
Na caminhada da evolução científica, mais especificamente da
psicologia e dos saberes da Teologia devemos considerar que as duas áreas são de fundamental importância na assistência e no atendimento das pessoas que apresentam alguma necessidade específica.
Uma relação amistosa entre a psicologia pastoral e o aconselhamento pastoral precisa nortear a caminhada, pois ambos têm o seu valor desde que respeitados os respectivos alcances.
Hoch ressalta: É necessário dizer que falar das possibilidades e dos limites da psicologia significa falar igualmente das possibilidades e dos limites do aconselhamento pastoral. Reconhecer os méritos de uma disciplina não significar desprezar as qualidades da outra. Assim como não queremos exaltar excessivamente a psicologia, também não pretendemos elevar o aconselhamento pastoral como a fórmula última para fazer frente aos problemas que afligem as pessoas.
A contribuição científica da psicologia pastoral na ação do cuidado cristão deve ser entendida e valorizada como um trabalho em conjunto agregando conhecimentos em uma mesma direção. Deve se cuidar para que não se caia no extremo, ou seja, buscar soluções para tudo somente na psicologia, pois dessa forma a Teologia e a graça de Deus de nada serviriam. O devido cuidado também precisa ocorrer no sentido oposto, ou seja, fazer da teologia uma ciência com respostas para tudo, ou mesmo fazer da Bíblia e de Deus escudos para todos os problemas, em que a ciência e os desígnios próprios do ser humano estão sempre sendo minimizados em função de uma fé cega. Atualmente muito se tem abordado sobre as questões da importância do trabalho em equipe e de uma abordagem inter e multidisciplinar tanto na área da educação quanto da saúde.
A teologia deve e pode enriquecer muito sua área do saber buscando nas ciências subsídios que engrandeçam sua ação prática. Para que isso ocorra não se pode fechar se na estreiteza de um olhar fundamentalista. No contraponto a psicologia enquanto ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais de forma nenhuma deve deixar se levar por um prisma tecnicista e esquecer a contribuição peculiar que a teologia oferece no campo do fenômeno religioso.
No diálogo teologia e psicologia, Hoch continua dizendo que: uma postura mais tolerante se tem observado também em escolas psicoterapêuticas mais recentes. A discussão interdisciplinar que se observa em torno da unidade da pessoa humana em sentido físico, psíquico, espiritual e social contribuiu em muito para que o diálogo entre teologia e as ciências sociais de modo geral tenha sido incrementado.
O mundo muda constantemente, e para ficarmos contextualizados na sociedade hoje devemos observar essas mudanças.
Hoje nada deve ser feito de forma aleatória ou sem planejamento prévio e um trabalho interdisciplinar tem de ser sempre considerado para que se possa realizá-lo com maior eficácia. Não se pode e nem se deve olhar o ser humano de forma segmentada, mas sim como um ser completo e contextualizado em sua realidade.
Respeito e compreensão precisam nortear a relação da teologia com a psicologia ou mais especificamente do aconselhamento e a psicologia pastoral.