Resumo de SEITAS E HERESIAS
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Éxegese
É o estudo em todos os aspectos da palavra, procurando ver a escrita por todos os ângulos, seja gramático, histórico, contemporâneo e discernir o sentido total da palavra, esclarecer todos os aspectos até que não haja dúvidas quanto ao que o autor queria exprimir ou pelo pelo menos que se chegue a um consenso.
A exegese é muito útil e necessária pois a Bíblia é um livro de difícil entendimento, precisamos estar sempre estudando e buscando entendê-la, sobre o qual paira muita desconfiança, não da parte dos cristãos, porém daqueles que insistem em desmenti-la incessantemente, há uma necessidade de estar sempre buscando evidências que comprovam sua veracidade para que não haja erros em sua interpretação e assim abra margem para nascimento de seitas e heresias, a exegese traz consigo a confirmação da palavra e de tudo que o autor escreveu e assim é um instrumento eficaz na autenticidade da palavra sã, a exegese corrobora com uma religião forte, que testifica a verdade.
A exegese explica, interpreta, descreve, expõe, a exegese utiliza muito em seu campo a hermenêutica, as duas se confundem, pois a hermenêutica é a arte de interpretar textos e a exegese se utiliza dessa interpretação, na verdade não sabemos onde termina uma e começa outra, são gumes de uma mesma lâmina.
Podemos por assim dizer que a exegese é a alma do texto que a hermenêutica interpretou, pois uma definiu o sentido e a outra o sentimento.
Agora o exegeta deve abster-se de imprimir sua identidade no texto ou palavra para que não se perca o sentido real para o qual foi escrito, o exegeta deve se manter fiel ao texto, à época, ao destinatário, e fazer uma exegese livre de influências pessoais, pesando ao texto somente o que lhe é devido, sabendo que a Bíblia é contemporânea e esse papel pertence ao Espírito Santo, independe de você e de seus comentários, ela venceu os séculos e chegou ao século 21 por força e obra não dos seus escritores e sim de quem a inspirou. A única personalidade que deve estar sempre evidenciada na exegese bíblica é a de Deus pois através dos estudos passamos a conhecê-lo e a sua vontade, assim como seu plano de salvação.
No decorrer dos séculos a história nos apresentou vários exegetas e muitos deles com um grau de importância bem elevada, mas de nenhum deles ficamos escravos, pois a exegese não está acima da palavra, ou o exegeta é mais que o próprio autor e toda inspiração divina, vemos grandes vultos e suas colaborações como Lutero, Calvino, porém maior é o autor e consumador da nossa fé, aquele que foi morto e vive e por essa Palavra se deixa conhecer e por ela temos a certeza de sua volta, guardemos a máxima de que como vimos na apostila a"primeira função de um intérprete é deixar o autor dizer o que ele diz, ao invés de atribuir a ele o que pensamos que ele deveria dizer".
Claro que interpretar a Bíblia não é uma missão muito fácil, pois se trata do livro dos livros, existe todo um contexto histórico, até mesmo místico que envolve sua interpretação e elucidação, temos que nos esforçar para nos manter fiéis ao texto e à todas as influências contidas nele, há um povo, uma raça, uma história, uma data, um porque, existe ali figuras de linguagens, uma gramática diferenciada, então o exegeta deve se posicionar imune aos indícios de se revelar como co-autor dos fatos e se manter como intérprete, narrativo, explicativo, aquele que veio esmiuçar e trazer entendimento a algo vivido não por ele e que está lá no passado e ele apenas está organizando idéias, fatos, explicando à luz das escrituras, de dicionários, da geografia, de estudos mesmos, sem alterar o acontecido no seu âmago. Lembrando sempre que a exegese explica o fato e não muda o acontecido, tudo é preservado tal qual como foi, a opinião particular do exegeta não fica exposta nos estudos, senão a Bíblia há muito não seria mais a Bíblia. O pouco que fica não interfere no final e no sentido dos estudos e do texto, como ciência a exegese é uma ferramenta muito eficaz para que todos cheguem a um profundo conhecimento bíblico, que saibamos usá-la com sabedoria e temor.