Resumo de SEITAS E HERESIAS
Warning: Undefined array key "admin" in /home3/teolo575/public_html/paginas/resumo.php on line 64
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES
CURSO: BACHARELADO LIVRE EM TEOLOGIA
RESUMO DA DISCIPLINA ANGELOLOGIA
Muitas pessoas questionam se existem realmente tais espíritos ou seres, quem são, onde se encontram e o que fazem, a origem, a existência, a natureza, a queda, a classificação, a obra e o destino dos anjos. A palavra de Deus é a única fonte de informação que merece confiança, e que possui respostas para estas perguntas. Ela deixa claro que há outra classe de seres superiores ao homem.
A doutrina dos anjos é fundamentalmente o estudo dos ministros da providência de Deus (são os agentes especiais de Deus).
Mas, como toda doutrina, há uma negligência entre os teólogos, que chega a ser verdadeira rejeição. Considerada pelos estudiosos contemporâneos como a mais notável e difícil das matérias, por isso tem sido marco da implantação de grandes seitas e heresias, do mundo atual.
No princípio do cristianismo, os gnósticos prestavam adoração aos anjos (Cl 2.18); depois então, na Idade Média, com as crenças absurdas dos rituais de bruxarias envolvendo culto aos anjos. A evidência de possessão demoníaca e adoração a demônios de forma veemente em nossos dias. O apóstolo Paulo parece travar grande luta com a grande idolatria que considerava adoração a demônios (1Co 10.19-21).
Também a prática acentuada do espiritismo que crescerá assustadoramente nos últimos dias, conduzindo homens, mulheres e crianças a profundos caminhos de trevas e cegueira espiritual (1Tm 4.1-2). Histórias seculares, histórias religiosas e a arqueologia mostram que quase todas as culturas do mundo aceitam a existência de seres sobrenaturais. Nas tradições pagãs (algumas das quais influenciaram os judeus de tempos posteriores), os anjos eram, às vezes, considerados divinos, e outras vezes, fenômenos naturais.
Posteriormente, os assírios e os gregos deram asas a alguns desses seres semidivinos. Hermes tinha asas nos calcanhares. Eros, “o espírito voador do amor apaixonado”, tinha asas afixadas aos ombros. Num tom bastante divertido, os romanos inventaram Cupido, “o deus do amor erótico”, retratado como um garoto brincalhão que atirava flechas invisíveis para encorajar romances. Platão (cerca de 427- 347 a.C.) também falava de “anjos da guarda”.
Porém, as Escrituras Hebraicas atribuem nomes a somente dois anjos: Gabriel, que iluminou o entendimento de Daniel (Dn 9.21-27), e o arcanjo Miguel, o protetor de Israel (Dn 12.1). Durante o período do Novo Testamento, os fariseus acreditavam que os anjos fossem seres sobrenaturais (At 23.8). Os saduceus diziam: “não há ressurreição, nem anjo, nem espírito” (At 23.8). Nos primeiros séculos depois de Cristo, dedicava-se a outros assuntos referentes à natureza de Cristo. Mesmo assim, todos eles acreditavam na existência dos anjos.
Inácio de Antioquia acreditava que a salvação dos anjos dependia do sangue de Cristo. Dionísio, em o “Areopagita”, retratou o anjo como “uma imagem de Deus. Irineu tconstruiu hipóteses a respeito de uma hierarquia angelical. Depois, Gregório Magno atribuiu aos anjos corpos celestiais. João Calvino acreditava que “os anjos são despenseiros e administradores da beneficência de Deus para conosco. Martinho Lutero, em “Conversas à Mesa”, observou como esses seres espirituais, criados por Deus, servem à Igreja e ao Reino. “Estão em pé diante da face do Pai, perto do sol, mas sem esforço vêm rapidamente socorrer-nos”.
Na Era do Racionalismo alguns céticos resolveram chamar os anjos “personificações de energias divinas, ou princípios bons e maus, ou doenças e influências naturais”. Já em 1918, alguns eruditos judaicos começaram a ecoar a voz liberal, afirmando que os anjos não eram reais, pois desnecessários. Isso não abalou a fé dos evangélicos conservadores que continuam a confirmar a validade dos anjos.
Foi talvez o teólogo liberal Paul Tillich (1886 - 1965) quem postulou o conceito mais radical do período moderno. Considerava os anjos essências platônicas. Karl Barth (1886 - 1968) e Miliard Erickson (1932), entretanto, encorajavam uma abordagem mais cautelosa e sadia. Barth, o pai da neo-ortodoxia, achava o assunto “o mais notável e difícil de todos. Erickson, teólogo conservador, acrescentou que poderíamos ser tentados a omitir, ou negligenciar, o estudo dos anjos, porém “se é para sermos estudiosos fiéis da Bíblia, não temos outra escolha senão falar a respeito deles”.
Muito se tem escrito no mundo secular e religioso acerca dos anjos, explorando a credulidade de pessoas espiritualmente carentes e supersticiosas, induzindo-as à conceituações erradas e falsas sobre o mundo espiritual. Nesta disciplina, procuraremos aclarar a verdade e a realidade do assunto segundo a revelação feita pela Bíblia Sagrada. Não poucas passagens das Escrituras ensinam que há uma ordem de seres celestiais totalmente distintos da humanidade e da Divindade, que ocupam uma posição exaltada acima da atual posição do homem caído. Estes seres celestiais são mencionados pelo menos 108 vezes no Antigo Testamento e 165 vezes no Novo Testamento, e a partir deste conjunto de Escrituras o estudante pode criar a sua “doutrina dos Anjos”.
Biblicamente, os termos genéricos usados para anjos, geralmente indicam sua atribuição ou função. Alguns destes termos encontrados nas Sagradas Escrituras são:
-Hoste; Se estende a toda formação do exército celestial de Deus (Lc 2.13; Ef 6.12; Hb 12.22); Espíritos (Hb 1.14); Vigias: Como em Dn 4.13,17; Bene Elim: Ou “filhos poderosos”, é traduzido por “poderosos” no SI 29.1; Bene Elohim: Ou “filhos de Deus”, termo que inclui Satanás. (Jó 16; 2.1; Sl 29.1; 89.6).
-Elohim: que, separadamente, é algumas vezes aplicada aos anjos; Estrelas (Ap 12.4); Um sacerdote (Ml 2.7); O sacerdote é chamado de mensageiro, “anjo” do Senhor; Santos (Sl 89.5-7); Os seres celestiais (Sl 29.1; 89.6). Um uso mais amplo ainda inclui também a coluna de nuvem (Êx 14.19). A pestilência (2Sm 24.16,17).Os ventos (Sl 104.4); -As pragas (Sl 78.49. Paulo chamou seu espinho na carne de anjo.. Os sete anjos das sete igrejas da Ásia Menor podem ter sido os sete bispos dessas igrejas que visitaram João na Ilha de Patmos.
-Jesus Cristo diz que tem na Sua mão as sete estrelas (Ap 1.20b). “... As sete estrelas são os anjos das sete igrejas;
-Principados, poderes, tronos, dominações e autoridades (Cl 1.16; Rm 38; 1Co 15.24; Ef 6.12; Cl 2.15); e
-Congregação/ assembléia (Sl 89.6,7).Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.14). “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação”?
Quanto à origem dos anjos, dois fatos devem ser levados em conta:
O primeiro é que os anjos não existem desde a eternidade. Isto por um lado é mostrado pelos versículos que falam de sua criação, Ne 9.6: “Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército” Sl 148.2,5: “Louvai-o todos os seus anjos; louvai-o todas as suas legiões celestes... louvem o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados”. Por outro lado está subentendido na declaração de 1Tm 6.16, onde afirma que Deus é “o único que possui imortalidade”.
O segundo fato diz respeito a época de sua criação. Não é indicada com precisão em parte alguma na Bíblia, contudo é mais provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus em Gn 1.1. Pode ser que Deus os tenha criado imediatamente após ter criado os céus e antes de ter criado a terra, pois de acordo com Jó 38.4-7, “rejubilaram todos os filhos de Deus” quando Ele lançava os fundamentos da terra.
Quanto à sua existência dos anjos é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo, quanto do Novo Testamentos. São inúmeros os textos do Antigo Testamento que comprovam a realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32.1,2; Jz 6.11ss; 1Rs 19.5; Ne 9.6; Jó 1.6; 2.1; Sl 68.17; 91.11; 104.4; Is 6.2,3; Dn 8.15-17. A Bíblia fala da manifestação dos anjos na obra da criação do mundo físico (Jó 38.6,7). Eles estavam presentes quando Moisés recebeu de Deus as tábuas da Lei (Hb 2.2); no nascimento de Jesus (Lc 2.13); quando foram servir ao Senhor Jesus no deserto da tentação (Mt 4.11); na ressurreição de Cristo (Mt 28.2; Lc 24.4,5); na ascensão de Cristo (At 1.10
Quanto à origem dos anjos, a época de sua criação não é indicada com precisão em parte alguma, mas é provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus. Os anjos foram criados para darem glória, honra e ações de graça a Deus; para adorarem a Cristo (Hb 1.6); para cumprirem os propósitos de Deus: proteção de Israel (Dn 12.1), luta contra Satanás (Jd 9; Ap 12.7), anunciar a vinda de Cristo (1Ts 4.16), guardarem o trono de Deus (Ez 10.1-4), se preocuparem com a adoração a Deus perante o Seu Santo Trono (Is 6.2-7), assistirem a Deus em sua obra Soberana (Cl 1.16; 2.10; Ef 1.21; 3.10).
Vale dizer que existem anjos bons e anjos maus e várias passagens das Escrituras indicam que há um número muito grande de anjos (Dn 7.10; Mt 26.53; Sl 68.17; Lc 2.13; Hb 12.22), e são repetidamente mencionados como exércitos dos céus ou de Deus; mas a quantidade existente de anjos é única e incontável, porque desde que foram criados não foram aumentados nem diminuídos. Eles não procriam e foram criados de uma vez pelo poder da Palavra de Deus. Não são seres humanos glorificados, não são os filhos de Deus, mas são seres espirituais, porque diferentes dos homens, eles não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e desaparecem, e movimentam-se com uma rapidez imperceptível sem usar meios naturais. Apesar de serem espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença aos sentidos do homem (Gn 19.1-3). São, quase sempre, espíritos invisíveis, possuindo corpos espirituais e participando do exército de Deus. São seres racionais morais e imortais, mas não eternos.
A imortalidade dos anjos está ligada ao sentido de que os anjos bons não estão sujeitos a morte (Lc 20.35-36), além de serem dotados de poder formando o exército de Deus, uma hoste de heróis poderosos, sempre prontos para fazer o que o Senhor mandar (Sl 103.20; Cl 1.16; Ef 1.21; 3.10; Hb 1.14) enquanto que os anjos maus formam o exército de Satanás empenhado em destruir a obra do Senhor (Lc 11.21; 2Ts 2.9; 1 Pe 5.8). Os Anjos não são oniscientes, são inteligentes. E, no caso dos anjos caídos, eles conhecem a sua capacidade de fazer o mal, porque são poderosos, porque seu poder deriva de Deus; porém, esse poder angelical é superior, mas não supremo. Deus simplesmente lhes empresta o seu poder.
Creio que muitos anjos não possuem asas. Eles são “espíritos puros”, não compostos de matéria, mas compostos de essência e existência, de ação e de potencialidade, escreveu Tomás de Aquino. Em religiões não cristãs, a idéia de como são os anjos varia, particularmente com as personalidades angelicais específicas, uma vez que são percebidos, ou imaginados por diferentes grupos. Não estamos sempre atentos à sua presença porque os anjos nem sempre fazem aparições visíveis. Os Anjos “são incomparáveis entre as criaturas, mas nem por isso deixam de ser criaturas”. Uma designação especial no Antigo Testamento é “O ANJO DO SENHOR”. Podemos ler 60 ocorrências no Antigo Testamento, onde sua aparição e autoridade o classifica de forma especial (Gn 16.11; 16.13; 18.2; 18.13-33; 22.11-18; 24.7; 31.11-13; 32.24-30; Êx.3.2-6; Jz.2.1; 6.11-14; 13.21,22).
Quanto ao Arcanjo Miguel, no Novo Testamento, Miguel aparece apenas em duas ocasiões. Em Jd 9, há referência a uma disputa entre Miguel e o diabo com respeito ao corpo de Moisés. Essa passagem é bastante polêmica. Quanto a Gabriel, aparece quatro vezes nas Escrituras como revelador do propósito de Jeová quanto ao futuro de Israel. No Novo Testamento trouxe a Zacarias a mensagem do nascimento João (Lc 1.11-20) e foi ele que veio com a maior de todas as mensagens à Maria quanto ao nascimento de Cristo e o Seu ministério como Rei sobre o trono de Davi (Lc 1.26-33). Há ainda Querubins e os Serafins que significam “ardentes”, “queimadores”, “irradiantes da glória de Deus”, “brilhantes de Deus”, “incandescidos de Deus”. Declaram a glória incomparável de Deus e a sua santidade suprema.
Em tempos remotos, houve rebelião entre os seres espirituais, nos lugares elevados (Jó 4.18; Mt 25.41; 2Pe 2.4). O mais elevado dos anjos “querubim ungido”, encabeçou essa rebelião. Por certo há muitas ordens de seres angelicais, algumas dotadas de grande poder, e outras de poder inferior aos homens, algumas elementares, talvez similares aos animais irracionais, e outras com inteligência ainda inferior aos irracionais.
SATANÁS, O ANJO DECAÍDO, foi um elevado anjo, criado perfeito e bom. Foi designado como ministro junto ao trono de Deus, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principal adversário de Deus e dos homens (Ez 28.12-15). Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos inferiores (Ap 12.4). Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva de Deus.
O império do mal sobre o qual Satanás reina é altamente organizado e exerce autoridade sobre regiões do mundo inferior, os anjos caídos (Ap 12.7), os homens perdidos (Jo 12.31; Ef 2.2) e o mundo em geral (Lc 4.5,6; 2Co 4.4). Satanás não é onipresente, onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da sua atividade é delegada a seus inumeráveis demônios (Ap 16.13,14).
Jesus veio à terra a fim de destruir as obras de Satanás (1Jo 3.8), de estabelecer o reino de Deus e de livrar o homem do domínio de Satanás (1Jo 3.8), Lc 4.19; 13.16; At 26.18). Cristo, pela sua morte e ressurreição, derrotou Satanás e ganhou a vitória final de Deus sobre ele (Hb 2.14). No fim da presente era, Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). Depois disso será solto, após o que fará uma derradeira tentativa de derrotar Deus, seguindo-se sua ruína final, que será o seu lançamento no lago do fogo (Ap 20.7-10).
Satanás atualmente guerreia contra Deus e seu povo (Ef 6.11-18), procurando desviar os fiéis da sua lealdade a Cristo (2Co 11.3) e fazê-los pecar e viver segundo o sistema do mundo (1Tm 5.15). O cristão deve sempre orar por livramento do poder de Satanás, para manter-se alerta contra seus ardis e tentações (Ef 6.11), e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé (Ef 6.10-18).
Satanás é um ser inteligente, hostil e traiçoeiro. A Bíblia inteira o apresenta resistindo a Deus e perturbando a paz das nações com guerra, destruição e misérias. As Escrituras se referem a este ser poderoso através de substantivos próprios e pronomes pessoais diferentes, como: a) Satanás (1Cr 21.1; Jó 1.6; Lc 10.18; Ap 20.2 etc.); b)- Diabo (Mt 13.39; Jo 13.2 etc.); c) Dragão (Is 51.9; Ap 12.3,7 etc.). d)- A Antiga serpente (Gn 3.1; Is 27.1 etc.); e)-Belzebu (Mt 10.25; 12.24,27; f)- Belial ou Beliar (2Co 6.15); g)- Lúcifer; h)- Maligno (Mt 13.19,38; 2Co 6.15 etc); i)- Tentador (Gn 3.1; Jó 2.7; Mt 4.3; Mc 1.13; Jo 13.2 etc.); j)- deus deste século (2Co 4.4); k)- Príncipe da potestade do ar (Ef 2.2; 6.12;. l)- Príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; m)- O Adversário (1Pe 5.8; Ap 7.17; 20.2).
O termo “demônio” aparece somente três vezes no Velho Testamento (Dt 32.17; Sl 106.37; Lv 17.7). No Novo Testamento, a palavra “demônio” (gr. daimon ou daimonion) assumiu o sentido de malignidade, pois eles são seres espirituais, inteligentes, impuros e com poder para afligir e contaminar os homens moral e espiritualmente. O termo daimon ocorre em Mt 8.31; e daimoniodes apenas em Tg 3.15. Os demônios são espíritos sem corpos de habitantes de uma raça pré-adâmica. Satanás é um anjo, e é chamado príncipe dos demônios (Mt 12.24), indicando que os demônios são anjos e não uma raça pré-adâmica. Além disso, Satanás tem uma hierarquia bem organizada de anjos (Ef 6.11-12), e é razoável supor que estes sejam demônios.
Na Bíblia, os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (Mt 4.10 nota). Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (1Co 10.20).
O Novo Testamento mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás (Jo 12.31; 2Co 4.4; Ef 6.10-12). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (Ef 6.12). Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à destruição. Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13). Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (isto é, feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão demoníaca (At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).
Jesus derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou o poder do reino de Deus.
As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o Espírito Santo, pode ficar endemoninhado; isto é, o Espírito e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (2Co 6.15,16). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16.23; 2Co 11.3,14). Portanto, os demônios não são coisas impensantes, mas conhecem a Jesus e até falam dele como “o filho do Altíssimo” (Mc 5.6,7). Tiago escreveu que os demônios crêem e estremecem (Tg 2.19).
Quanto à natureza moral dos demônios é inegável que eles se corromperam indo após Lúcifer, praticando toda a sorte de perversão e depravação espiritual. Por isso, eles são chamados “espíritos imundos” (Mt 10.1; Mc 1.27; 3.11; Lc 4.36; At 8.7, Ap 16.13). Na rebelião promovida por Lúcifer, este arrastou consigo uma grande multidão de seres angelicais (Mt 25.41; Ap 12.4). Depois, ele organizou sua própria corte com os anjos que o seguiram, distinguindo-os em “principados, potestades e dominadores das trevas e hostes espirituais da maldade” (Ef 6.12).
Os anjos que trocaram a sua habitação pela oferta do rebelde Lúcifer,foram banidos da presença de Deus e seguiram a liderança de Lúcifer. Assim, para terminar, todos os demônios serão lançados juntamente com Satanás para dentro do lago de fogo. “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).