Resumo de SUBMISSAO A AUTORIDADE
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA SUBMISSÃO À AUTORIDADE.
DEUS É A FONTE DE TODA AUTORIDADE (Sl 103.19; Rm 13.1; Hb 1.3)
Deus é o único que tem autoridade e o único que pode concedê-la. Isto significa que a autoridade que há no mundo provém de Deus. Deus tem autoridade direta; o homem, só autoridade delegada. No entanto, só obedecerá à autoridade que Deus delegou aquele que reconhece e se submete à autoridade do próprio Deus.
O PRINCÍPIO DA REBELIÃO.
O princípio da rebelião, a insubmissão à autoridade de Deus, se deu com o diabo (Is 14.12-15 e Ez 28.13-17). Ele era um anjo subordinado a Deus, querubim ungido da guarda. Quis colocar seu trono acima do trono de Deus (Is 14.13,14). Colocou-se acima de sua condição de subordinado. Quis ser semelhante a Deus em autoridade.
Após Deus criar Adão e Eva, Satanás passou a tentá-los para terem a mesma atitude que ele teve com Deus – rebelião (Gn 3.5). Eles desobedeceram a Deus e se submeteram ao diabo (Rm 6.16). Decidiram-se pelo princípio da rebeldia, abandonando o princípio da submissão. Com este princípio satânico existente no mundo, o homem se opõe à autoridade espiritual, seja ela direta, isto é, ao Senhor, seja ela delegada, isto é, aos homens (2 Pe 2.10,11; Jd 8,9). O homem tornou-se “filho da desobediência” (Ef 2.1-3).
Em 1 Jo 3.4 temos a definição de pecado: “pecado é a transgressão da lei”. Transgressão = anomia (estar sem lei por ignorância ou desobediência).
“A transgressão é desobediência à autoridade de Deus; e isto é pecado. Pecar é uma questão de conduta, mas transgressão é uma questão de atitude do coração”. A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de servir, pregar, ensinar, fazer ofertas, dar dízimo, etc. A maior das exigências é que obedeça à sua autoridade (1 Sm 15.22,23).
SUBMISSÃO, UM PRINCÍPIO DE DEUS
Submissão não é mera obediência externa, mas é prestar obediência consciente a uma autoridade delegada. Tanto devemos nos submeter à autoridade direta de Deus, como devemos nos submeter às autoridades delegadas por Ele. Deus poderia agir diretamente nos homens, mas Ele escolheu o princípio de delegar sua autoridade. Na parábola dos lavradores maus (Lc 20.9-19), o Senhor Jesus expõe o princípio da autoridade delegada (Mt 10.40-42; Jo 13.20).
Algumas ilustrações de rebelião:
A REBELIÃO DE CAM (Gn 9.20-27)
A REBELIÃO DE NADABE E ABIÚ (Lv 10.1,2)
A REBELIÃO DE ARÃO E MIRIÃ (Nm 12)
A REBELIÃO DE CORÉ, DATÃ E ABIRÃO (Nm 16)
Alguns princípios:
¨ Toda autoridade está debaixo de autoridade. Uns são autoridade, outros vivem debaixo de autoridade.
¨ A autoridade representa Deus. Deus coloca confiança e unção em sua autoridade.
¨ Deus delega autoridade mesmo a homens limitados e fracos.
¨ Ir contra a autoridade é ir contra o próprio Deus. Os que agirem assim, receberão o juízo de Deus.
¨ Quem teme a Deus teme a autoridade por Ele representada.
Exemplos de submissão:
A SUBMISSÃO DE DAVI (1 Sm 24.4-6; 26.6-12)
O EXEMPLO MAIOR: CRISTO (Fp 2.5-11)
O evangelho do reino nos chama à obediência (1 Pe 1.14). Não há salvação sem obediência ao Senhor Jesus e sua palavra (Rm 10.16; 2 Ts 1.8; 1 Pe 1.22).
Paulo ordena para termos o “mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” (Fp 2.5); ou de acordo com o original, a mesma “atitude”, isto é, a obediência a Deus em tudo (1 Jo 2.6).
Obediência parcial = desobediência (1 Sm 15).
AUTORIDADES DELEGADAS
Deus estabeleceu 3 instituições: A Família (Gn 2.18-25), O Governo (Gn 9.1-17) e a Igreja (At 2).
1.AUTORIDADE NO GOVERNO (Rm 13.1-7; 1 Pe 2.17; Cl 3.23-25)
Os governos são estabelecidos por Deus (At 17.24-28; Dn 4.17,28,32; 2.21).
O Senhor Jesus nos deu exemplo de submissão à autoridade do governo (Jo 19.11).
Nós, filhos de Deus devemos honrar as autoridades, isto é, reconhecer que elas são representantes de Deus (1 Pe 2.17).
É preciso distinguir entre submissão e obediência. A submissão deve ser absoluta; obedecer a ordens é relativo, somente quando estas não são contrárias às ordens do Senhor Jesus (At 5.29; Ex 1.17,21).
Quando tratamos deste assunto, qual é nossa atitude diante dos incrédulos e dos irmãos? Murmuramos contra o governo? Falamos mal das autoridades? Apoiamos aqueles que maldizem e zombam dos governantes? Rimos dos comentários e piadas que fazem deles?
2.AUTORIDADE NO TRABALHO (Ef 6.5-9; Cl 3.22-4.1; 1 Tm 6.1,2; Tt 2.9,10; 1 Pe 2.18-21).
Os patrões são autoridades delegadas por Deus, e devemos obedecer-lhos (1 Pe 2.18-21). A palavra diz que devemos obedecer “como a Cristo” (Ef 6.5), isto é, obedecendo a eles estamos obedecendo a Cristo.
Interessante observar que a palavra de Deus não faz diferença entre trabalho do Senhor e trabalho secular, pois diz que aquele que assim trabalha está “servindo o Senhor” (Cl 3.24).
Uma grande preocupação que a palavra de Deus nos chama é com a atitude do discípulo no seu trabalho. (Ef 6.5-8; Tt 2.1,9,10). A palavra dá a razão para que o discípulo tenha correto procedimento no trabalho: “... para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados” (1 Tm 6.1,2; Tt 2.10).
Cada um receberá a recompensa, pelo bem ou mal realizado (Ef 6.8; Cl 3.24,25).
3.AUTORIDADE NO LAR (1 Co 11.3; Ef 5.22-33; 6.1-4; Cl 3.18-21; 2 Tm 3.1,2; Tt 2.3-5; 1 Pe 3.1-7).
No lar, Deus constituiu o homem autoridade sobre a esposa e os filhos. A razão é o fato de o homem ter sido criado primeiro. Normalmente, nos ensina a ordem divina na criação que tudo o que vem antes se constitui autoridade (1 Co 11.8-12; 1 Tm 2.11-15). A submissão da mulher não é uma questão de inferioridade, mas de uma disposição que Deus instituiu na família.
As mulheres são exortadas a serem submissas aos seus maridos como Sara foi com seu esposo, Abraão (1 Pe 3.1-6). Quando Eva quando pecou contra Deus, ela saiu de duas coberturas: de Deus e do seu esposo, Adão. Quando ela saiu da autoridade de Deus, imediatamente saiu da autoridade do homem.
Há uma promessa às esposas que têm maridos incrédulos (1 Pe 3.1). Qual deve ser o procedimento delas? Submissão ao próprio marido! A maior pregação para salvação do marido é a obediência.
Os filhos também devem se submeter ao seu pai. Obedecer ao pai é honrá-lo (Ef 6.2); e honrar significa reconhecer a posição de autoridade divina em que Deus o estabeleceu no lar.
Deus quer filhos obedientes, não filhos que fazem parte de uma geração rebelde (Rm 1.30; 1 Tm 3.2). Grandes bênçãos há para os que fazem assim (Cl 3.20; Ef 6.2,3). Maldito o que desonra (Dt 27.16).
Deus respeita as decisões da autoridade delegada (Nm 30).
4.AUTORIDADE NA IGREJA (Hb 13.7,17; 1 Ts 5.12,13; 1 Tm 5.17)
Deus colocou sua autoridade no corpo de Cristo, que é a igreja. Deus instituiu posições de autoridade:
• Os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (Ef 4.11).
• Os ministérios da igreja local, presbíteros e diáconos (Fp 1.1; 1 Ts 5.12,13; At 20.28).
• A todos aqueles que são cooperadores e obreiros (1 Co 16.15,16).
• Aqueles que nos ensinam, os discipuladores (Mt 28.18,19; Gl 6.6; Hb 5.12).
• Os mais velhos na idade (1 Pe 5.5).
Sempre devemos lembrar que Deus colocou autoridade no corpo de Cristo com o propósito de representá-lo em autoridade e de servir. Quanto maior em autoridade maior em serviço, como nosso Senhor Jesus, que disse que veio não para ser servido, mas para servir e dar sua vida (Mt 20.26-28; 2 Co 10.8; 13.10).
Muitos crentes se julgam acima da autoridade, dizendo: “Eu só obedeço a Cristo, o Senhor. Não estou sujeito a nenhum homem!”. É inadmissível declarar obediência a Deus e não às autoridades por Ele delegadas. Obedecer somente quando se concorda não é espírito de submissão. É rebeldia e independência. Importa que obedeçamos de coração e há grande recompensa para os que assim fazem (Jó 36.11,12). Submissão não é motivo para exaltação, mas a obrigação do servo (Lc 17.10).
O conhecimento sobre autoridade não resolve, mas o cumprimento da palavra (Tg 1.22).