Resumo de TEOLOGIA PASTORAL
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA TEOLOGIA PASTORAL.
Trata-se de um dos ramos da educação teológica que se preocupa com os labores pastorais teóricos e práticos. O Ministro vive num mundo de aspectos diversificados, em todos estes aspectos ele necessita exercer seu ministério com integridade.
Primeiramente o Ministro vive num contexto espiritual onde Jesus Cristo é o Senhor Fl 3.8. Neste contexto há três coisas para serem observadas:
-o Ministro conta com a presença do Senhor, Mt 28. 18,19;
-a alma imortal do homem deve ser restaurada e esse é o seu alvo, Rm 1.16; e
-o Ministro tem um inimigo que não se cansa, Ef 6. 10-13; 1ª Pd 5.8.
O Ministro também vive em uma sociedade da qual ele também é cidadão. Neste contexto social há muitas religiões, o Ministro tem o dever de pregar o evangelho completo sem atacar a ninguém e nem ser parcial com a palavra de Deus.
Finalmente o Ministro vive num contexto institucional, sendo o governo a principal instituição.
Deus chama homens para as mais diversas atividades no seu reino, e como Ele é soberano na maneira de fazer as suas coisas não tem um método único para efetuar a chamada, porem, tem um método para cada chamada. A chamada pode ser vista como a implantação da intenção divina dentro do coração da pessoa.
Houve pessoas que foram chamadas diretamente pelo Senhor. São os casos de:
A- NOÉ, Gn. 6.13, em que Deus o chamou para construir uma arca.
B- ABRAÃO, Gn. 12.1, em que Deus o chamou para peregrinar.
C- MOISÉS, Êx. 3.10, em que Deus o chamou para libertar e guiar seu povo.
D- SAMUEL, 1Sm. 3.10, em que Deus o chamou para julgar a Israel.
E- DAVI, 1 Sm. 16. 13, em que Deus o chamou para reinar sobre seu povo.
F- ISAIAS, Is. 6.9, em que Deus o chamou para profetizar para o povo.
G-OS 12 APÓSTOLOS, Mc 4. 13-15, em que o Senhor os chamou para prepará-los para o ministério.
H- PAULO, At. 26.19, em que o Senhor o chamou para evangelizar aos gentios.
Houve pessoas que foram chamadas indiretamente, ou por um método indireto, o que pode envolver pessoas como também circunstâncias:
A- JOSÉ, Gn. 37, em que Deus o chamou para enfrentar as covas da vida, até chegar ao lugar que deveria ocupar.
B- JOSUÉ, Nu. 27. 18-20, que foi o maior exemplo de discipulado do Antigo Testamento, chamado para auxiliar Moisés, e depois substituí-lo.
C- TIMÓTEO, At. 16.1-4, que, separado por Paulo para a obra missionária, tornou-se, no maior cooperador do Apóstolo, Rm 16 21.
O ministério não é uma profissão!
Na antiga aliança, o sacerdócio era privativo dos filhos de Aarão, e os profetas eram chamados pelo Senhor diretamente.
No Novo Testamento, o ministério é um dom, Ele mesmo dá. Ef 4.11.
A certeza da chamada de Deus faz o servo do senhor superar obstáculos considerados impossíveis.
A chamada é acompanhada de uma missão. Ninguém, que é chamado pelo Senhor, anda por aí batendo no ar sem saber o que fazer.
No Novo Testamento, a chamada apresenta as seguintes características:
-É DIVINA: Deus chama, a Igreja reconhece a presença do dom e o ministério ordena. Se não houver uma ação divina, não haverá dom e não haverá ministério.
-É PESSOAL: Deus tem o ministério certo para a pessoa certa, e até o lugar certo em alguns casos. Deus é soberano. É onisciente, só Ele pode saber estas coisas.
-É SOBERANA: O servo do Senhor, ao ter a chamada, deve aceitar com humildade e abnegação, reconhecendo isto como um ato do conhecimento deste Deus soberano. Tem que confiar no Senhor, ainda que algumas coisas não lhe sejam muito claras, Is 55. 8,9, 1Co 2.16.
-É DEFINITIVA: A chamada para o ministério é definitiva. Aquele que é chamado não pode impor condições. Pelo contrário, deve agradecer a Deus o privilegio de ser chamado, Lc 9. 57-62; 1Tm 1.12,13.
O N.T. dá ênfase ao ministério em virtude de sua importância na expansão, edificação e aperfeiçoamento da Igreja de Cristo, Ef 4.15,16; Rm 12.4,5.
O Ministro há de estar:
-VOCACIONADO.
-CAPACITADO.
-COMISSIONADO.
-AUTORIZADO.
A comunicação da palavra de Deus se realiza de três maneiras:
-PREGAÇÃO.
-ENSINO.
-OPERAÇÃO DE MILAGRES.
Os dons estão revelados em três dimensões nas Escrituras:
-Dons de serviço cristão.
-Dons de manifestação do Espírito Santo.
-Dons ministeriais.
Há três tipos de Apóstolos:
-O Apóstolo enviado pelo Pai: Jesus. ( HB 3.1; JO 17.3).
-Os Apóstolos enviados por Jesus: os doze.
-Os Apóstolos enviados pelo Espírito Santo.
Deus disse: Profetas e Apóstolos lhes enviarei: ( LC 11.49).
Os doze Apóstolos dão o estabelecimento inicial da Igreja, e aparecem como o fundamento em Apocalipse: ( 21.14).
Mesmo quando estavam os doze com o Senhor, Ele enviou os setenta dando a entender que haveria um sistema mais abrangente em relação ao mundo da missão Apostólica: (MT 10; LC 10).
Em João 21:15-17, na conversação que Jesus teve com Pedro, ele utilizou os termos para a dupla função de Pastor que são:
-Apascentar; e
-Pastorear.
Como parte da função, o Pastor tem os seguintes encargos:
-Doutrinar os crentes;
-Apascentar o rebanho de Deus;
-Exercer vigilância com amor;
-Admoestar com amor;
-Cuidar dos necessitados;
-Visitar os enfermos; e
-Cumprir o papel de despenseiro.
No Novo Testamento, muitas designações são dadas aos ministros. Essas designações também nos proporcionam conhecer a extensão da atividade ministerial. São elas:
-ANJO DA IGREJA;
-DEFENSOR DA FÉ;
-DESPENSEIRO;
-EMBAIXADOR;
-ESTRELA;
-COOPERADOR;
-HOMEM DE DEUS;
-MINISTRO; e
-SERVO.
Por serem necessárias santidade, transparência, piedade, sinceridade e veracidade, a Bíblia apresenta qualificações espirituais essenciais ao ministro:
-FIDELIDADE;
-OBEDIÊNCIA;
-PRUDÊNCIA;
-EFICIÊNCIA;
-DILIGÊNCIA;
-VIGILÂNCIA;
-INTEGRIDADE;
-HONESTIDADE;
-MODERAÇÃO;
-GOVERNO; e
-CAPACIDADE.
Uma das armas mais eficazes que satanás tem usado contra a igreja de Cristo é desviar os ministros de suas reais prioridades, envolvendo-os em coisas secundárias, ou invertendo a ordem das prioridades. Há pelo menos duas áreas de prioridades que precisam ser bem definidas: as pessoais e as ministeriais.
PRIORIDADES PESSOAIS DO MINISTRO:
-O MINISTRO E SUA VIDA COM DEUS;
-O MINISTRO E SUA VIDA COM A ESPOSA; e
-O MINISTRO E SUA VIDA FAMILIAR.
O serviço pastoral compreende vários aspectos do ponto de vista prático:
-PREGAÇAO;
-ENSINO;
-VISITAÇÃO;
-ACONSELHAMENTO;
-DISCIPLINA;
-ADMINISTRAÇÃO: ESPIRITUAL e DO SERVIÇO MATERIAL.
O sustento pastoral é de legitimidade bíblica, pois a palavra de Deus diz: que quem prega o evangelho viva do evangelho; e que devem ser considerados de duplicada honra aqueles que presidem sobre vós, principalmente os que afadigam no ensino, e ainda diz mais: que o obreiro é digno de seu salário, 1Co 9.14; 1Tm 5. 17,18.
Na antiga aliança, Deus determinou que os sacerdotes e os levitas fossem sustentados para o exercício do ministério.
Na nova aliança, o pastor é sustentado financeiramente para ter tempo integral para a obra de Deus.
O alicerce de toda autoridade é Deus. Sem Deus não há fundamento moral para a autoridade. Sem Deus é impossível estabelecer o que é moralmente certo. Sem Deus tudo é relativo. Sem Deus não existem valores absolutos.
Antes que qualquer coisa viesse à existência, Deus já estava lá. Aquele que nos criou tem o direito de nos dizer o que devemos fazer. Toda autoridade que há no mundo haverá de prestar contas de sua atuação ao próprio Deus. A Bíblia diz que Deus é Rei sobre todas as coisas e o seu reino inclui tudo e todos. (Dn 4.3,34; 6.26; 7.14). Davi disse que Deus é o que governa sobre todos (1 Cr 29.11,12).
Deus, o Pai, deu autoridade especial a seu Filho Jesus (Jo 17.2). A autoridade de Jesus afeta muitas áreas de nossa vida. No casamento, Cristo é o cabeça do marido; e o marido, o cabeça da mulher. Na igreja, Cristo é o cabeça.
A AUTORIDADE DE DEUS ESTÁ REVELADA NAS ESCRITURAS NAS SEGUINTES DECLARAÇÕES: “Assim diz o Senhor”; e “E veio a mim a palavra do Senhor”.
A Bíblia é o supremo manual em termos de autoridade.
O planejamento é o processo por meio do qual buscamos maneiras (meios) de atingir os nossos alvos. O planejamento precisa tanto de tempo quanto de previsão. Devemos nos antecipar, pensar à frente dos acontecimentos.
No planejamento, estão envolvidos:
-O PESSOAL;
-OS RECURSOS;
-OS OBSTÁCULOS; e
-AVALIAÇÃO.
DIRETRIZES e ESTRATÉGIAS: POR QUE PRECISAMOS?
As diretrizes nos conservam no trilho certo, fiéis aos nossos compromissos originais. Algumas diretrizes que ilustram o que elas são e como elas afetam uma organização (igreja) cristã:
-Coisa alguma será feita, que viole algum princípio da palavra de Deus.
-A ênfase deve recair sobre as pessoas, e não sobre as tarefas a serem cumpridas. É mais importante edificar espiritualmente uma pessoa do que usar uma pessoa para realizar uma tarefa.
-Todas as atividades devem ser avaliadas à luz dos nossos objetivos.
-O método de treinamento deve partir de poucos (grupos pequenos) para atingir a muitos.
-Todas as posições de liderança e serviço devem estar baseadas sobre um estilo de vida piedosa.
-Dons, habilidades ou talentos devem ser confirmados por outras pessoas do corpo de crentes, (igreja local) antes de uma pessoa ser posta em posição de liderança.
-A pessoa deve ser recomendável (At 6).
A ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO: O crescimento sugere aumento e produtividade. E isso também envolve números. O fator básico do crescimento de uma igreja é a soberania de Deus (1 Co 3.6-8).
-CRESCIMENTO NUMÉRICO: O Novo Testamento menciona números, não obstante, não fale de relatórios ou estatísticas. O crescimento numérico se dá através da proclamação do evangelho, que resulta nas decisões para Cristo, batismo em águas e membros responsáveis. Uma boa estratégia, com base no ensino bíblico, haverá de considerar o crescimento numérico como parte dessa estratégia. (At 2.41,47; 5.14; 6.1; 9.31; 11.24; 16.5). Em todos esses textos encontram-se as expressões: --agregaram-se;
-acrescentava;
-crescia cada vez mais;
- crescendo o número;
-se multiplicavam;
-muita gente se uniu ao Senhor; e
-a cada dia cresciam em número...
-CRESCIMENTO ESPIRITUAL: 2 Pedro 3.18 exorta-nos a crescer na graça e no conhecimento. O crescimento espiritual, por meio de líderes espiritualmente dotados que equipem as igrejas mediante a pregação e o ensino bíblico, membros que usem os seus dons espirituais para edificação mútuas. Elementos do crescimento espiritual (Cl 1.9-12):
-“transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade”;
-“viverdes de modo digno do Senhor”;
-“para Seu inteiro agrado”;
-“frutificando em toda a boa obra”;
-“crescendo no pleno conhecimento de Deus”;
-“fortalecidos com poder”;
-“em toda perseverança e longanimidade”; e
-“com alegria, dando graças”...
A ESTRATÉGIA E A GRANDE COMISSÃO:
-Autoridade: “Assim como o pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21).
-Habilidade: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (At 1.8).
-Propósito: “Fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19,20).
-Ação: “Ide por todo o mundo” (Mc 16.15,16).
-Abordagem: “Pregai o evangelho” e “sereis minhas testemunhas” (Lc 24.47-49).
-Área: “Todas as nações”, “todo o mundo” e até os confins da terra”.
-Garantia: “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”
Finalizando, os elementos fundamentais para o ministério cristão são:
-de que Deus te chamou;
-de que você é detentor das virtudes necessárias; e
-da aprovação da Igreja que você pertence.