Resumo de TEOLOGIA PASTORAL
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Resumo da disciplina Psicologia Pastoral
Conceito
A psicologia pastoral, na sua essência e na sua tarefa, é ciência auxiliar da teologia pastoral e, como esta serve diretamente à assistência espiritual e prática.
Olhando desse ponto de vista, devemos admirar como a ciência da alma humana, do caráter, do temperamento, das peculiaridades da vida psíquica segundo a idade, o sexo e as condições de vida.
Deixando de lado esta questão, impõe-se o conhecimento exato das diversidades psíquicas do homem e da mulher. A atitude psíquica fundamental, o caráter e a mentalidade do homem são, sob tantos aspectos, tão diferentes dos da mulher, que se chegaria a pensar que o homem não deve ter a mesma alma que a mulher.
A distinção psíquica dos sexos é querida por Deus, portanto, deve conservar-se e cuidar-se também na ordem sobrenatural.
Sexo e Personalidade
A capacidade criadora do homem confere o senso da grandeza, vastidão e profundidade. A tudo isto vem juntar-se a generosidade, a tendência a atingir o fundo das questões, dos acontecimentos da natureza e da técnica. Ao contrário, a mulher tem mais compreensão do que está próximo, recolhido, íntimo. “A obscuridade misteriosa que existe no fundo de cada alma de mulher, não se abre completamente ao olhar do homem, nem mesmo depois de muitos anos de íntimo intercâmbio espiritual, estende-se também à religiosidade específica do sexo feminino” (Rademacher). Dada essa grande impenetrabilidade da vida psíquica da mulher, ao olhar da própria consciência explica-se porque até hoje não há uma exposição científica da vida psíquica feminina redigida por uma mulher. “A mulher ainda nos é devedora da ciência, inteira relativa ao seu sexo; ela, como representante do próprio sexo, é ainda hoje um livro com sete selos” (Hedwig Dransfeid).
Sexo e Vida Religiosa
A têmpera espiritual diferente do homem e da mulher reflete-se naturalmente na tonalidade diversa da vida religiosa. “A falta da materialidade e a imensa distância do objeto dificultam ao homem a idéia da personalidade, do ser em si, da natureza divina; atinge no máximo, o impessoal, a que atribui existência e uma soma de qualidades” (Zimmermann).
A essas dificuldades, acrescentam-se numerosas outras, que derivam da praxe da vida religiosa. Isto, porém, para o homem, que na vida social está habituado a dar, a ordenar, a agir, torna-se incomparavelmente mais difícil do que para a mulher. Devemos acrescentar ainda a menor exuberância do sentimento e da fantasia masculina. Além disso, sua auto-suficiência, afirmada freqüentemente no campo natural, faz com que não sinta desejo tão ardente do Deus pessoal, como sente a mulher. Nem podemos menosprezar a influência relevante, ao menos no campo religioso, do respeito humano, do medo da zombaria e do desprezo pelo cumprimento dos deveres religiosos.
Sexo e Vida Moral
O homem sente-se senhor e coroamento da criação. O impulso afetivo, mais desenvolvido na mulher, é mais fraco no homem; ao contrário, o instinto físico, normalmente mais desenvolvido, pretende impetuosamente a satisfação. Por isso a continência pré-matrimonial exige, sem comparação, maior abnegação no homem do que na mulher, pois reclama, além do sacrifício sentimental, também o físico. Da tarefa fisiológica, da força e da vitalidade do instinto físico masculino, resulta que o homem não pode cumprir o ato sexual sem satisfação física. Naturalmente, nesse caso, trata-se de forma não natural da relação conjugal que, com ou sem culpa do marido, pode levar mais cedo ou mais tarde a perturbações físicas e até psíquicas graves na mulher.
O sentimento de justiça encontra origem na forma mentis objetiva e positiva do homem.
Psicologia Pastoral no Cuidado das Almas Femininas
A psicologia da mulher caracteriza-se antes de tudo pela força e profundeza de sentimento. Dessa ligação com o pessoal, tão forte na alma feminina, resulta também a facilidade de sentir-se segura na proteção, no amor e na misericórdia de Deus, de chegar ao amor ardente e entusiasta por Cristo. O exercício da humildade e da confiança, tão indispensáveis para a vida cristã, é menos fatigante para a mulher do que para o homem. Da mesma forma, para a mulher é mais fácil abrir a alma.
Psicologia da Vida Sexual
Na época do materialismo ateu, consideravam a função sexual dos homens apenas como meio de satisfação da libido, cujas conseqüências naturais podiam ser evitadas com violações arbitrárias das leis da natureza. Diante desse conceito de vida sexual, contrário à dignidade humana, perguntamos qual seja o significado e o alvo da sexualidade, desejado por Deus e digno do homem. Da resposta a essa pergunta aparentemente teórica, resultam conseqüências para a psicologia e para a prática da cura pastoral. Indica-se em geral a geração de nova vida e a propagação da espécie como objetivo da sexualidade humana.
Para compreender a atração recíproca dos sexos ajuda o conceito da chamada polaridade. Cada pastor de alma, que vive no meio do mundo, o sabe por experiência.
Cada educador e pastor de alma deve visar à criação de uma união definitiva só nas criaturas, que não se amam unicamente com amor sexual, mas sobretudo do profundo da alma. A parte que mais sofre é a mulher que, também no matrimônio aparentemente feliz, obtém em geral muito menos amor por parte do marido do que espera e merece em consideração ao grande sacrifício de mãe.